Para Sentir

“Só devemos dizer aquilo que o coração pode testificar mediante atos sinceros, porque, de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia.”

Texto extraído do livro BOA NOVA, Lição 10 – O Perdão - Psicografia de Francisco Cândido Xavier, por Humberto de Campos

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Pela Boca

Aquilo que sai da boca - diz-nos o Evangelho - precisa merecer-nos tratamento especial.

As viandas com que o homem, muitas vezes, ameaça a própria saúde, prejudicam apenas a ele mesmo, quando a frase contundente ou o grito de cólera podem alcançar toda uma assembléia de corações, determinando enfermidade e desequilíbrio.

É pela boca que vazamos da alma desprevenida os tóxicos da maledicência e é ainda por ela que arrojamos de nosso desespero os espinhos da discórdia que levantam trincheiras sombrias, entre irmãos chamados por Jesus à sementeira do amor.

É da boca que saltam de nosso sentimento mal conduzido as serpentes invisíveis da calúnia, envenenando a vida por onde passam e é ainda por intermédio dela que operamos o exame insensato das consciências alheias, apressando julgamentos da esfera exclusiva d'Aquele Justo Juiz que preferiu a morte na cruz para não condenar-nos em toda a extensão de nossas fraquezas.

Mas, também é pela boca que exteriorizamos a ternura e a compreensão que restauram e fortalecem e é ainda por ela que externamos a fraternidade que nos imanta uns aos outros, à frente da Lei.

É pela boca que aprendemos a auxiliar aos nossos semelhantes e é ainda por ela que clamamos para o Céu, suplicando socorro e misericórdia.

Vejamos, assim, o que fazemos da palavra para que a palavra não nos destrua.

Mobilizemos nossos valores verbalisticos na exaltação do bem, com esquecimento de todo o mal.

A língua revela o conteúdo do coração.

Saibamos, então, modular nossa voz na bênção da serenidade e elevar nossa frase sobre o pedestal do amor que nos cabe estender ao próximo.

Caridade que não sabe começar pela boca dificilmente se expressará com segurança, através das mãos.

Entronizemos o verbo respeitoso e digno em nosso campo intimo e estruturemos nossa frase no santo estimulo ao melhor que possuímos, para que possamos receber dos outros o melhor que possuem e estaremos com Jesus, construindo pela nossa conversação os sólidos alicerces de nossa alegria e de nossa paz.

Vale-te das bênçãos do olvido temporário e dos valores potenciais de cada dia, trabalhando em favor da própria elevação, porque, mais tarde, a memória ser-te-á restaurada no santuário interno e abençoarás a dor e a luta de agora por preciosos recursos de reajuste, concórdia e sublimação.

Do livro Indulgência, de Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Editora Instituto de Difusão Espírita - IDE

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