Para Sentir

“Só devemos dizer aquilo que o coração pode testificar mediante atos sinceros, porque, de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia.”

Texto extraído do livro BOA NOVA, Lição 10 – O Perdão - Psicografia de Francisco Cândido Xavier, por Humberto de Campos

quinta-feira, 20 de março de 2014

USUFRUTO E PACIÊNCIA

Ante as leis da Terra, a propriedade, pertença ao grupo social ou ao indivíduo, é sempre credora de respeito; entretanto, perante a Criação Divina, a idéia do usufruto é grande fator de paciência ao coração.

Se raciocinas em termos de vida eterna, lembrar-te-ás, decerto, que os teus mais valorosos ascendentes vieram à Terra, desfrutaram-lhe os bens e voltaram à Espiritualidade que se nos faz o campo de origem.

Reflete nisso par que os abalos da desvinculação no mundo não te comprometam equilíbrio e saúde.

Os entes mais queridos buscaram-te a companhia ou buscaste a companhia deles, no entanto, surgirá o momento em que se despedirão de ti ou no qual te despedirás deles, sob os imperativos das leis de mudança construtiva, conquanto o amor permanece intacto, prenunciando as alegrias do reencontro.

Os bens que, porventura, reuniste se transferirão de teu nome para outros, sejam esses familiares que se te ligam na consangüinidade ou companheiros diferentes que te conferirão continuidade ao trabalho.

Poder que detenhas, por muito se te demore nas mãos, passará para mãos alheias, considerando-se as transformações inevitáveis.

Influência que possuas cederá com o tempo.

Determinadas faculdades da inteligência, tê-las-ás no Plano Físico, enquanto puderes sustentar-te em corpo relativamente robusto, à maneira do violinista que apenas se manterá em alta forma, enquanto conseguir dispor da integridade do instrumento.

Atentos à realidade de que todos usufruímos recursos que, na essência, não nos pertencem, estejamos alertas, amando sem possessão e servindo sem apego.

Considera a posição de usufrutuário em que te encontras na experiência terrestre e sejam quais forem as circunstâncias adversas em que te vejas no mundo, a paciência não te faltará.

Livro: CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)

quarta-feira, 19 de março de 2014

TÓPICOS DA IRRITAÇÃO

Se a irritação já se te fez um hábito, pensa nas desvantagens dela para que te livres de semelhante desajuste espiritual.

Ora, pedindo à Divina Providência a força precisa a fim de que te resguardes na tolerância.

Imagina o azedume como sendo um espinheiro magnético, arremessando raios de energia destruidora em todas as direções.

A intemperança mental nunca auxilia a ninguém.

Uma frase carregada de aspereza, na maioria dos casos, pode ser figurada como sendo murro no rosto das melhores oportunidades que te procuram.

Ânimo violento apenas agrava situações e complica problemas.

O costume de enraivecer-se é um predisponente a moléstias de trato difícil.

Condenação não edifica.

Ainda que o coração se te mostre ferido, conversa com serenidade e esclarece com paciência.

Um gesto de gentileza opera prodígios.

Livro: CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)

SOFRENDO REPROVAÇÕES

Estarás, possivelmente, sofrendo reprovações que te pareceram injusto espancamento espiritual.

Inicialmente adota o silêncio sem fazer comentários.

Ora, pedindo inspiração à Divina Providência.

Se não tens culpa alguma em relação aos erros que te foram atribuídos,não dês resposta alguma e continua nas tarefas que a vida te confiou, desculpando quaisquer ofensas.

Se as críticas sofridas guardam algum fundamento, procura analisar o próprio comportamento em referência ao assunto.

Agradece em pensamento aos teus censores, procurando retificar os pontos nos quais te observes em desacerto.

Nada reclames contra quem te aponte a verdade, porquanto se agem com exagero contra os enganos de que, porventura, te inculpes, a vida se incumbirá de esclarecê-los em momento oportuno.

Não te defendas nem acuses a ninguém perante censuras recebidas.

Continua trabalhando com sinceridade, cortando as atitudes que desaproves em ti mesmo.

Se te notares no centro de culpas, pelas quais te sintas inegavelmente responsável, prossegue agindo e servindo, quanto possível, mesmo assim, na certeza de que todos somos filhos de Deus e que Deus te concederá recursos e abrirá caminhos novos pra que a paz de consciência te retome a vida e ilumine o coração.

Livro: CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)

terça-feira, 18 de março de 2014

SILENCIA E ESPERA

No tumulto das inquietações da Terra, é provável encontres igualmente os desafios que se erigem por testes de compreensão e serenidade, no caminho de tantos companheiros de experiência.

Quanto possível, habitua-te a entesourar paciência, com a qual disporás de suficientes recursos para adquirir as forças espirituais de que necessitarás, talvez, para a travessia de grandes provas, sem risco de soçobro nas correntes do desespero.

Provavelmente ainda agora estarás suportando a incompreensão de pessoas queridas, em forma de prevenções e censuras indébitas; entretanto, se o assunto diz respeito unicamente ao teu brio pessoal, cala-te e espera.

Se amigos de ontem transformara-se em adversários de tuas melhores intenções, tolera as zombarias e remoques de que te vês objeto e de nada te queixes.

Diante de criaturas que te golpeiem conscientemente a vida, impondo-te embaraços e desilusões, desculpa e esquece, renovando os próprios pensamentos na direção dos objetivos superiores que pretendas alcançar.

E ainda mesmo que agressões e ofensas te firam nos recessos da alma, sugerindo-te duros acertos de conta, à face da manifesta injustiça com que te tratem, não passes recibo nas afrontas que te sejam endereçadas e nada reclames em teu favor.

Não piores situações em que alguém te coloque, não te revoltes, nem te lastimes.

Silencia e espera, porque Deus e o Tempo tudo esclarecem, restabelecendo a verdade, e, para que os irmãos enganados ou enrijecidos na ignorância se curem das ilusões e das crueldades a que se entregam, bastar-lhes-á simplesmente viver.

Livro: CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)

segunda-feira, 17 de março de 2014

SERENIDADE E PACIÊNCIA

No sentido de preservar a própria paz, é indispensável nos disponhamos a manter criteriosa atenção sobre nós mesmos.

O conflito de resultados inavaliáveis pode surgir da explosão de sentimentos descontrolados; entretanto, não se obtém a paz sem esforço.

Quem acredite no imaginário valor da  desinibição despropositada, no intuito de garantir o equilíbrio próprio, observe a força elétrica desorientada ou o trânsito sem disciplina.

Ninguém possui uma serenidade que não construiu. Daí, o impositivo da vigilância em nós próprios.

Não se trata de prevenção contra ninguém e sim de auto-governo.

Para semelhante realização, ser-nos-á justo enfileirar certas obrigações primordiais que se nos mostram por alicerces da consciência tranqüila.

Compreendamos que somos colocados, uns à frente dos outros, a fim de aperfeiçoar-nos.

Abracemos as iniciativas de concórdia sem esperar que determinadas pessoas venham a promovê-las.

Pelos erros alheios que claramente nos  preocupem, examinemos os nossos com a sincera resolução de corrigi-los.

Não nos aborreçamos com o trabalho que a vida nos confia, de vez que, através dele, é que atingiremos a promoção justa na escala de valores da vida.

Nunca nos esqueçamos de que a eficiência não se harmoniza com a pressa, mas não se fará vista sem apoio da diligência.

Convém lembrar que os nossos ouvidos podem ser transformados em extintores do mal, todas  as vezes em que o mal nos procure.

Aceitemos a realidade de que o próximo não tem a nossa formação e saibamos respeitar cada  criatura na posição em que se encontre.

Em suma, a serenidade não é uma aquisição espiritual que se faça em toque de mágica e sim, através do trabalho, muitas vezes, duro e áspero da paciência em ação.

Livro: CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)

sexta-feira, 14 de março de 2014

SEGURANÇA ÍNTIMA

Ante os impactos emocionais do cotidiano, estimarias construir a segurança íntima, a fim de que a serenidade se te faça constante cidadela defensiva e podes, indiscutivelmente, construir semelhante refúgio.

Inicia a edificação da própria paz, observando que todos necessitamos pensar por nós mesmos, embora sabendo que somos influenciáveis pelas idéias alheias.

Aceitando-nos na condição de parcelas da imensa família humana, verificaremos que as nossas dificuldades não são maiores que as dos outros.

Integrando a comunidade terrestre, suscetível de adotar numerosos enganos em razão do aprendizado em que nos encontramos, somos impelidos a entender que não estamos isentos de cometer determinados erros e que isso é compreensível, à maneira do sinal vermelho, no trânsito comum, convidando-nos a parar, de modo a seguirmos adiante, em espaço imune de riscos.

Alertados pelo impositivo de atender ao caminho que nos seja próprio, aprenderemos que a estrada dos entes mais queridos pode ser muito  diferente da nossa.

Admitindo cada criatura por transeunte ou viajor no carro da própria existência, saberemos zelar por nossas diretrizes, sem interferir na condução do próximo.

Partilhando a realidade de todos, ser-nos-á fácil reconhecer que, os contratempos que nos ocorram, talvez igualmente aconteçam na marcha dos seres que amamos, competindo-nos auxilia-los, tanto quanto desejamos ser auxiliados na solução de nossos problemas.

A convicção de que todos nos achamos em caminho, buscando realizações mais ou menos idênticas entre si, sob riscos análogos, nos podará qualquer impressão de privilégio, à frente dos companheiros da Humanidade, com os quais precisamos estar em paz, na garantia da própria segurança.

Reflete nisso e concluirás que esse ou aquele viajor no mundo tem necessidade de proteger a viatura que lhe diga respeito, de maneira a não suscitar desastres  que ameacem aos outros e a si mesmo.

A serenidade habitará conosco, na Terra, quando aí compreenderemos que toda criatura irmã tem o seu próprio corpo, com os sonhos, compromissos, realizações e iniciativas a que se associe, o que nos afastará dos julgamentos precipitados e das condenações indébitas, para que estejamos em plena vivência da regra áurea, cuja prática é o coração da felicidade a fim de que estejamos na felicidade do coração.

Livro: CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)

quinta-feira, 13 de março de 2014

RUSGAS DOMÉSTICAS

De pequena rusga doméstica pode nascer extensa caudal de rixas e aversões.

Aprender a ouvir sem contradizer, para aclarar qualquer ponto obscuro em momento adequado, é sinal evidente de compreensão e sabedoria.

Auxilia à criança, não apenas a sorrir, mas também a se educar.

Respeitar os parentes do coração, que se nos ligam nas experiências terrestres, é valioso preservativo contra desajustes positivamente desnecessários.

Evita criticar essa ou aquela minudência menos agradável no ambiente caseiro, cooperando em silêncio para que os senões desapareçam.

Nada censures, colaborando para que os problemas sejam resolvidos sem alterações e reproches.

Silenciar sobre questões nevrálgicas em família impede a explosão de conversas ofensivas ou inúteis.

Não revivas os mal-entendidos de ontem ou de qualquer fase do passado, para que faltas e erros no lar sejam realmente esquecidas.

Aprendamos a não gritar e sim conversemos.

Não te esqueças: a união começa de casa, mas a calma geral começa em ti mesmo.

Livro: CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)

RIQUEZA PREMATURA

Desapareceram documentos e objetos de valor que talvez te abastecessem de recursos materiais para muito tempo.

Perdeste a oportunidade de garantir uma pensão sólida nos dias do futuro em que teu corpo, talvez, não mais te auxiliasse a trabalhar pela própria manutenção, unicamente em face da desatenção  de alguém ou porque a memória não te auxiliasse a recordar minudências alusivas ao assunto.

Não te permitas destrambelhar o pensamento por isso.

Possivelmente amigos espirituais, zelosos e atentos, te houvessem auxiliado a perder essas vantagens em teu próprio benefício.

Indaga de ti, se estarias efetivamente em condições de trabalhar, caso estivesses com a vida escorada no dinheiro excessivo.

Medita na situação dos parentes aos quais talvez o excesso de recursos financeiros afastasse da obrigação de servir, com a agravante de induzi-los aos perigos da ociosidade dourada.

Recorda aqueles a quem a despreparação para conservar o dinheiro e administrá-lo situou em ruinosa segregação ante o medo de perder a suposta superioridade em que passariam a viver.

Pensa nos avanços indébitos da inveja e do despeito sobre os teus dias, por parte daqueles que ainda não aprenderam a respeitar a vida dos semelhantes, caso mantivesses a fortuna fora da circulação e do trabalho, sem utilidade para ninguém.

Lembra as discórdias e demandas de testamentos e inventários, promovidos por teus próprios descendentes, na hipótese da tua morte inesperada, ante os bens materiais que, porventura, deixasses sem justa e proveitosa destinação.

Aceita a vida laboriosa que Deus te concedeu, reconhecendo que a fortuna estará em tuas mãos quando souberes dirigi-la, sem permitir que ela te escravize.

Livro: CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)

quarta-feira, 12 de março de 2014

RELACIONAMENTO

Se dificuldades e provações te visitam, no relacionamento com o próximo, não te permitas requentar mágoas no coração.

Deixa que a confiança na Sabedoria Divina te dissipe qualquer sombra do pensamento, lembrando o Sol a desfazer nuvens diariamente para vitalizar e revitalizar os processos da vida.

Para isso, é imperioso que a compreensão te presida os impulsos. E a compreensão te fará saber que os outros são criaturas autônomas, gravitando sempre na direção de objetivos diferentes dos teus.

A certeza disso te livrará da solidão negativa, capaz de induzir-te a desânimo e desespero.

A verdade nos ensina que ninguém realiza o bem e nem caminha para o bem, sem os outros, mas porque isso aconteça, ninguém pode exigir que os outros lhe carreguem a existência, nas sendas a percorrer.

Os outros serão nossos cooperadores, intérpretes, associados e companheiros, enquanto isso se lhes faça possível, ocorrendo o mesmo conosco, em relação a eles.

À vista disso, ama aos amigos sem prendê-los.

Esse terá sido o sustentáculo de tuas esperanças, por muito tempo; entretanto, é possível surja um dia em que não consiga permanecer inteiramente ao teu lado, em face de novas tarefas que lhe despontam na senda.

Outro te entendia os propósitos, até ontem; no entanto, experiências, que se lhe fizeram necessárias, alteraram-lhe provisoriamente os raciocínios.

Aceita-os quais se mostram, continuando a agir no exercício do bem e seguindo adiante na construção da vida melhor em ti mesmo.

Ninguém aprende algo de bom e nem melhora a si mesmo, sem os outros, mas ninguém pode depender totalmente dos outros nas realizações que demande.

Nos momentos de mudanças e renovação para aqueles a quem mais amas, afasta de ti a idéia de separação e não te lastimes.

Prossegue trabalhando, porque, pelos Desígnios da Vida Superior, outros virão ao teu encontro para a execução das tarefas que o mundo te conferiu e os que se afastam de ti voltarão depois, com mais força de amor, a fim de te auxiliarem ou serem auxiliados.

A verdade não se deteriora.

Somente perde os seres queridos aquele que possessivamente os procura, quando se fazem distantes, porquanto quem ama, ama sempre, e de tal modo que, ainda mesmo quando os corações amados se distanciam, o coração que ama prossegue amando-os e abençoando-os, sabendo conscientemente que, pelas forças do espírito, jamais deles se afastará.

Livro: CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)

terça-feira, 11 de março de 2014

PREVENÇÕES NEGATIVAS

Mantenhamos a idéia clara e positiva do bem para que a prevenção negativa não nos perturbe.

Não mentalizes sofrimentos suscetíveis de surgir amanhã, porque talvez jamais aconteçam.

Doença em casa ou em ti mesmo? Aflição não substituirá providência ou medicação que exigem serenidade para o êxito devido.

Provações de familiares e amigos?

Lamentação não fará o que a fortaleza de ânimo e a coragem poderão realizar em favor deles com a tua palavra iluminada de confiança e compreensão.

Parentes difíceis? Queixas e reproches não tomarão o lugar da bondade e da aceitação com que se te fará possível auxiliá-los e melhorar-lhes a vida.

Amigos que se afastam? Reprovação não trará nenhum de volta e, se realmente estão eles em tua estima, é justo reconhecer que necessitam muito mais de bênção, que de reprovação.

Acidentes reclamando socorro? Desespero não se te fará útil, mas o espírito de iniciativa e de apoio fraternal conseguirá o concurso providencial de tua presença.

Boatos? Usa o teu arquivo de silêncio.

Acusações contra alguém? Eis chegado um grande momento para o exercício da caridade.

Em qualquer crise do cotidiano, recordemos que a Criação de Deus está iluminada pela eficiência, mas sem qualquer marca de pressa.

Livro: CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)

segunda-feira, 10 de março de 2014

PODANDO IRRITAÇÕES

Se ainda trazes, porventura, o hábito de encolerizar-te e se já consegues reconhecer-lhe os prejuízos, podes claramente erradicá-la, atendendo à própria renovação.

Inicia as atividades diárias, pensando em Deus e agradecendo as tuas possibilidades de fazer o bem.

Medita, raciocinadamente, ante o clima de conhecimento superior que já possuis, na certeza de que te encontras na ocasião de expressar o melhor de ti mesmo.

Pensa nos companheiros até agora capazes de induzir-te ao azedume, por irmãos nossos com qualidades, por enquanto, imperfeitas tanto quanto as nossas.

Se algum traço de amargura se te fixa no coração relativamente ao comportamento infeliz de alguém, através de ações que consideres lesivas aos teus ensinamentos, desculpa a esse alguém, procurando esquecer-lhe a falta naturalmente impensada.

Pondera que se os outros erram, também nós erramos, bastas vezes, na condição de espíritos, ainda ligados às múltiplas faixas da evolução terrestre.

Não te aceites por infalível, a fim de entenderes com indulgência aqueles que, acaso, te falharem à confiança.

Reflete na intimidade do coração que ninguém consegue algo realizar sem o concurso de alguém, para que aproveites os valores maduros dos colaboradores que a Divina Providência te confiou, sem estragar-lhes os valores ainda verdes.

Abstém-te de lastimar fracassos e dificuldades que já passaram e entrega-te à reconstrução da própria paz, em bases de serviço e discernimento.

Não nos esqueçamos de que, nas mais complicadas circunstâncias, a vida nos requisita a prática do bem e que, por isso mesmo, qualquer ocasião, para cada um de nós, é tempo de compreender e abençoar, auxiliar e servir.

Livro: CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)

quarta-feira, 5 de março de 2014

PETIÇÃO E RESPOSTA

Quando te dirijas à Divina Providência rogando algo, não te permitas o mergulho na aflição improdutiva, capaz de conturbar-te o ambiente, retardando a concessão que desejas.

Entenderás isso facilmente, nas lições mais simples da vida prática.

Se requisitas do carro uma velocidade mais ampla em face daquela que o trânsito recomenda, sob o pretexto de pressa, inclinas-te, indiscutivelmente para o desastre.

Na hipótese de exigires da ponte o transporte de carga determinada com o peso muito superior à capacidade de resistência em que se estrutura, com a desculpa de urgência, é provável que a desmanteles.

Quando espancas um vegetal, impiedosamente, a fim de senhorear-lhe algum fruto, sob o pretexto da fome, estarás reduzindo muitas das futuras possibilidades da árvore em teu prejuízo próprio.

Em te debruçando num poço, agitando-lhe o fundo, com a desculpa da sede, unicamente lhe turvas o líquido, tornando-o inadequado à própria saúde.

Em teus requerimentos à Vida Maior, formulando-os com cuidado e continua no trabalho que o mundo te conferiu, esperando pela manifestação do Poder Divino, através das circunstâncias do caminho em que te encontras.

Inquietação desnecessária atrasa o socorro previsto.

Sejam quais forem os obstáculos que te surjam à frente, na expectativa do apoio que solicitas dos Céus, não desesperes, nem esmoreças.

Se a resposta do Mais Alto aos pedidos que fizeste parece demorar excessivamente, é que a tua rogativa decerto reclama análises mais profundas,  a fim de que, futuramente, não te voltes contra as leis da vida, alegando haver caído na imprevidência que terá nascido de ti mesmo e não do Senhor que, sabiamente, nos reserva sempre o melhor.

Livro: CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)

terça-feira, 4 de março de 2014

PESSOAS QUERIDAS

Claro que já compreendes que a pessoa querida é um mundo a parte, muitas vezes, com sentimentos e raciocínios muito diversos dos teus.

Entendamos a situação de cada individualidade, dentro do contexto de necessidades e provas de que se faça portadora e respeitemo-la na problemática que apresente.

Incentivemos os familiares queridos a fazerem o melhor de si mesmos, sem, no entanto, desconsiderar-lhes a vocação para as tarefas mais simples.

Atendemos ao imperativo do diálogo construtivo em que as nossas sugestões de melhoria possam ser plenamente enunciadas.

Se os nossos roteiros mais nobres não forem atendidos, desde que estejamos tratando com criaturas a quem as leis humanas já conferiram os direitos da maioridade, seria violência de nossa parte encarcerá-las em nossos pontos de vista.

Planejamos a ventura conjugal para nossos filhos, enquanto na Terra, entretanto, na hipótese de haverem nascido para uniões de resgate difícil, seria perigoso compeli-los à fuga do caminho a percorrer.

Estimaríamos honorificar descendentes amados com os títulos acadêmicos do mais alto porte, todavia muitos terão vindo até nós, quando no Plano Físico, para os mais rudes encargos, cabendo-nos respeitá-los.

Se almas queridas jazem caídas no erro, quando terão vindo ao mundo com a promessa de superar induções à queda, não as reprovemos ou condenemos de modo algum e sim saibamos deixar-lhes o caminho livre, tanto quanto possível, para fazerem da vida que lhes é própria o que melhor lhes pareça.

Não obrigues ninguém a viver, conforme os teus padrões de comportamento, de vez que não suportarias imposições alheias em teu modo de ser.

Em suma: conserva serenidade ante as escolhas do próximo e vive a própria vida, deixando aos outros a liberdade de viver a existência que Deus lhes concedeu.

Livro: CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)

segunda-feira, 3 de março de 2014

PELO LADO MELHOR

Para que a paz te abençoe a vida, abre as portas íntimas do entendimento a fim de que a misericórdia se te instale no coração.

Ninguém nega o mérito da crítica construtiva, nascida nos mananciais da Justiça, contudo, quanto puderes, deixa que a compreensão nascida do Amor te presida as manifestações.

Conquanto estejamos todos submetidos aos princípios de causa e efeito, não olvidemos que Deus é Amor, concedendo-nos os recursos de que careçamos para a integração com as Leis Universais que nos farão felizes para sempre. 

Para que a misericórdia te ilumine os sentimentos, considera os nossos irmãos, em Humanidade, pelo lado melhor em que estimariam estar agindo.

Esse companheiro abandonou as tarefas que lhe competiam na seara do bem, no entanto, provavelmente, adotou essa medida, não por espírito de infidelidade aos compromissos assumidos e sim por lhe ter faltado a precisa resistência.

Outro que entrou na sombra da delinqüência, não terá falhado porque a crueldade lhe dominasse o espírito, mas por não haver conseguido ainda senhorear a própria natureza, suscetível de queda, nas tramas da obsessão.

Aquele outro que desertou das obrigações domésticas, não haverá fugido aos próprios deveres por falta de amor aos familiares e sim por lhe esmorecerem as forças, no trato com as responsabilidades da vida.

Outro ainda deslanchou para esse ou aquele hábito infeliz, não porque assim o desejasse, mas temendo resvalar na criminalidade a que se sentia impelido pela insistência de longas tentações.

Deixa que a misericórdia te auxilie em todas as ocorrências, a fim de que possas tudo interpretar pelo lado melhor das pessoas e situações do caminho, de modo a que o lado melhor de teus problemas próprios seja também visto.

Lembremo-nos de que Deus nos governa a cada um pelas forças da Justiça, mas nos compreende e espera a todos com o Infinito Amor; de nossa parte, uns diante dos outros, saibamos igualmente compreender e esperar.

Livro: CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)