Para Sentir

“Só devemos dizer aquilo que o coração pode testificar mediante atos sinceros, porque, de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia.”

Texto extraído do livro BOA NOVA, Lição 10 – O Perdão - Psicografia de Francisco Cândido Xavier, por Humberto de Campos

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Inveja

Remanescente dos atavismos inferiores, a inveja é fraqueza moral, a perturbar as possibilidades de luta do ser humano.

Ao invés de empenhar-se na autovalorização, o paciente da inveja lamenta o triunfo alheio e não luta pelo seu; compete mediante a urdidura da intriga e da maledicência; aguarda o insucesso do adversário, no que se compraz; observa e persegue, acoimado por insidiosa desdita íntima.

Egocêntrico, não saiu da infância psicológica e pretende ser o único centro de atenção, credor de to­dos os cultos e referências.

Insidiosa, a inveja é resultado da indisciplina men­tal e moral que não considera a vida como patrimônio divino para todos, senão, para si apenas. Trabalha, por inveja, para competir, sobressair, destacar-se. Não tem ideal, nem respeito pelas pessoas e pelas suas árduas conquistas.

Normalmente moroso e sem determinação, resul­tado da sua morbidez inata, o enfermo de inveja nun­ca se alegra com a vitória dos outros, nem com a alheia realização.

A inveja descarrega correntes mentais prejudiciais dirigidas às suas vítimas, que somente as alcançam se estiverem em sintonia, porém cujos danos ocor­rem no fulcro gerador, perturbando-lhe a atividade, o comportamento.

A terapia para a inveja consiste, inicialmente, na-cuidadosa reflexão do eu profundo em torno da sua destinação grandiosa, no futuro, avaliando os recur­sos de que dispõe e considerando que a sua realidade é única, individual, não podendo ser medida nem com­parada com outras em razão do processo da evolução de cada um.

O cultivo da alegria pelo que é e dos recursos para alcançar outros novos patamares enseja o despertar do amor a si mesmo, ao próximo e a Deus, como meio e meta para alcançar a saúde ideal, que lhe facultará a perfeita compreensão dos mecanismos da vida e as diferenças entre as pessoas, formando um todo holís­tico na Grande Unidade.

do livro O SER CONSCIENTE de Divaldo P. Franco pelo espírito Joanna d´Ângelis

terça-feira, 15 de maio de 2012

Cuidados de Deus

O hábito de reclamar é muito difundido.

Em toda parte, as criaturas reclamam.

Filhos em relação aos pais, cônjuges entre si, patrões e empregados, vizinhos, amigos e meros conhecidos.

Reclamões não faltam.

Já pessoas genuinamente gratas são um tanto raras.

Quem presta atenção no que falta costuma não notar o que tem.

Esse mau hábito é especialmente triste em se tratando da Divindade.

Porque Deus é o Senhor do Universo.

Dele procedem todas as bênçãos e oportunidades.

Ele cria todos os Espíritos e lhes viabiliza existências incontáveis a fim de que se aprimorem.

Cerca-os dos mais ternos cuidados.

Providencia-lhes corpos, vidas e amores.

Inclusive cuida de boicotar seus desatinos mais graves, para que não se compliquem em excesso.

Entretanto, curiosamente, os homens ainda se sentem no direito de reclamar do Eterno.

Imaginam ter direito a mais do que recebem.

Desejam tranquilidade, riqueza, poder, fama e beleza.

Contudo, nesse querer fantasioso, esquecem-se de notar e agradecer o muito que recebem.

Olvidam a bênção dos tempos de paz, nos quais podem perseguir seus sonhos.

Não valorizam a família na qual nasceram.

Os pais que lhes cercaram os primeiros passos de cuidados.

As escolas nas quais foram matriculados.

Os professores que os instruíram.

A saúde do corpo, a existência em um país pacífico, os amigos...

Acham natural possuir tantos tesouros.

Ocorre que nem todos podem desfrutar simultaneamente dos mesmos dons.

A vida na Terra constitui uma estação de aprendizado.

Nela, as experiências variam ao Infinito.

Há os que experienciam a saúde, enquanto outros vivem a enfermidade.

Os com facilidades materiais e os de vida mais modesta.

As posições se alternam no curso dos séculos.

O papel de cada homem é ser digno e fraterno na posição em que se encontra.

Utilizar os tesouros que recebeu da vida, a fim de crescer em talentos e virtudes.

E, especialmente, entender que o próximo é um irmão de caminhada.

Ele também deseja ser feliz e viver em paz.

É igualmente um filho de Deus.

Tendo isso em mente, urge repensar os próprios hábitos.

Identificar os inúmeros cuidados recebidos de Deus.

Ser grato por todos eles e cessar de reclamar por bobagens.

Quanto à gratidão, ela tem uma forma muito especial de se manifestar.

Consiste no amparo ao semelhante em estado de sofrimento ou abandono.

A bondade para com o próximo é uma forma de gratidão que o homem pode oferecer ao seu Criador.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita em 14.05.2012

Ressentimento

Entre os tormentos psicológicos alienadores, a presença do ressentimento na criatura humana tem lugar de destaque.

Injustificável, sob todos os pontos de vista, ele se instala, enraizando-se no solo fértil das emoções em descontrole do paciente, aí engendrando males que terminam por consumir aquele que lhe dá guarida.

A vida expressa-se em padrões sociais, resulta­do da condição evolutiva das criaturas que se inter-relacionam. Como é natural, porque há uma larga va­riedade de biótipos emocionais, culturais e religiosos ou não, as suas são reações compatíveis com os ní­veis de consciência em que se encontram, exteriori­zando idéias e comportamentos que lhes correspon­dem ao estado no qual se demoram.

A convivência humana é feita por meio de episó­dios conflitivos, por falta de maturação geral que fa­voreça o entendimento e a transação psicológica em termos de bem-estar para todos os parceiros. Predo­minando a natureza animal em detrimento dos valo­res espirituais e éticos, a competição e o atrevimento armam ciladas, nas quais tombam os temperamen­tos mais confiantes e ingênuos, que se deixam, logo após, mortificar.

Descobrindo-se em logro, acreditando-se traído, o companheiro vitimado recorre ao ego e equipa-se de ressentimento, instalando, nos painéis da emotivida­de, cargas violentas que terminarão por desarmoni­zar-lhe os delicados equipamentos e se refletirão na conduta mental e moral.

O ressentimento, por caracterizar-se como expres­são de inferioridade, anela pelo desforço, consciente ou não, trabalhando por sobrepor o ego ferido ao con­ceito daquele que o desconsiderou.

No importante capítulo da saúde mental, indis­pensável ao equilíbrio integral, o ressentimento pode ser comparado a ferrugem nas peças da sensibilida­de, transferindo-se para a organização somática, re­fletindo-se como distúrbios gástricos e intestinais de demoradas conseqüências.

Gastrites e diarréias inex­plicáveis procedem dos tóxicos exalados pelo ressen­timento, que deve ser banido das paisagens morais da vida.

As pessoas são, normalmente, competitivas, no sentido negativo da palavra, desejando assenhorear­se dos espaços que lhes não pertencem e, por se en­contrarem em faixas primitivas da evolução, fazem-se injustas, perseguem, caluniam. É um direito que têm, na situação que as caracterizam. Aceitar-lhes, porém, os petardos, vincular-se-lhes às faixas vibratórias de baixo teor, no entanto, é opção de quem não se resolve por preservar a saúde ou não deseja crescer emocio­nalmente.

Quando o ressentimento exterioriza as suas ma­nifestações, deve ser combatido, mental e racionalmente, eliminando a ingerência do ego ferido e ense­jando a libertação do eu profundo, invariavelmente esquecido, relegado a plano secundário.

O indivíduo, através da reflexão e do auto-encon­tro, deve preocupar-se com o desvelamento do si, identificando os valores relevantes e os perniciosos. sem conflito, sem escamoteamento, trabalhando aqueles que são perturbadores, de modo a não fa­cultar ao ego doentio o apoio psicológico neles, para esconder-se sob o ressentimento na justificativa de buscar ajuda para a autocompaixão.

O processo de evolução é incessante, e as mudan­ças, as transformações fazem-se contínuas, impulsio­nando à conquista dos recursos adormecidos no imo, o Deus interno que jaz em todos os seres.

A liberação do ressentimento deve ser realizada através da racionalização, sem transferências nem compensações egóicas.

À medida que a experiência fixa aprendizados, esse terrível gigante da alma se apequena e se dilui, desaparece, a partir do momento em que deixa de re­ceber os alimentos de manutenção pela idéia fixa e mediante o desejo de revidar, de sofrer, de ser vítima...

do livro O SER CONSCIENTE de Divaldo P. Franco pelo espírito Joanna d´Ângelis

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Gigantes da alma

Envolto na pequenez das aspirações egóícas, o ser move-se sob as injunções das necessidades de projeção da imagem, por sentir-se incapaz de supe­rar a sombra, manifestando a força do eu real, ima­gem e semelhança de Deus.

Gerado para alcançar o Infinito e a Consciência Cósmica, é deus em germe, que as experiências evo­lutivas desenvolvem e aprimoram.

O ego, projetando-se em demasia, compõe os qua­dros de aflição em que se refugia e, negando-se a lu­tar, desenvolve os fantasmas gigantes que o protegem, quais cogumelos venenosos que desabrocham em terrenos úmidos e férteis, medrando no seu psiquismo atormentado e passando ao domínio escravizador.

Entre os terríveis gigantes da alma, que têm pre­domínio em a natureza humana, destacam-se: os res­sentimentos, os ciúmes e as invejas que entorpecem os sentimentos, açulam a inferioridade e terminam por vencer aqueles que os vitalizam, caso não se resol­vam enfrentá-los com hercúlea decisão e pertinaz in­sistência.

do livro O SER CONSCIENTE de Divaldo P. Franco pelo espírito Joanna d´Ângelis

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Queixas

O golfo de Corinto, na Grécia, é região de beleza ímpar. As suas águas, em tonalidade azul-turquesa, parecem um espelho, emoldurado pelas montanhas que lhes resguardam a tranqüilidade multimilenaria.

No monte Parnaso, em lugar de destaque, erguia-se o santuário de Delfos, o mais importante da épo­ca, onde se cultuava Apolo, o deus da razão, da cul­tura, da luz.

Na mitologia grega arcaica, Apolo era o símbolo do conhecimento, eqüacionador dos enigmas e dos conflitos. Para o seu templo, em conseqüência, acorri­am multidões aturdidas e ansiosas em busca de orientação, de segurança emocional, de solução para os problemas.

Psicanaliticamente, era um reduto onde nasciam as identificações inconscientes do ser, organizadoras do eu. Ali, as sibilas, que transmitiam as repostas do deus evocado, desempenhavam papel importante no comportamento dos consulentes, bem como das cida­des-estados que lhes buscavam ajuda, inspiração.

Era o santuário no qual se sucediam os apelos, e se multiplicavam as queixas dos desesperados, dos que necessitavam de soluções imediatas para a so­brevivência moral, financeira, social, emocional...

Hoje, reduzido a escombros, ainda permanece a sua mensagem no inconsciente da criatura, herdeira do arquétipo arcaico, que prossegue buscando solu­ções fáceis, miraculosas, sem o contributo do esforço pessoal, que deve ser desenvolvido.

Permanecendo na infância psicológica, aquele que de tudo se queixa tem a personalidade desestrutura­da, permanecendo sob constantes bombardeios do pessimismo, do azedume e dos raios destruidores da mente rebelde.

A queixa de que se faz portador é reação mental e emocional patológica, refletindo-lhe a insegurança e a perturbação, responsáveis pelas ocorrências nega­tivas que procura ignorar ou escamotear.

Ocultando os conflitos perturbadores, transfere para as demais pessoas as causas dos seus insuces­sos, sem conseguir enunciá-las, porque destituídas de lógica, passando as acusações para os tempos nos quais vive, às autoridades governamentais, à má sorte, aos fados perversos, assim acalmando-se e tor­nando-se vítima, no que se compraz.

Os mitos trágicos, que remanescem no inconsci­ente, assomam-lhe, e personificam-se nas criaturas, que passa a detestar ou nas circunstâncias, que são denominadas como aziagas.

Certamente, há fatores humanos e ocasionais que respondem pelas dificuldades e problemas humanos. São, no entanto, a fragilidade e a insegurança do paci­ente que ocasionam o insucesso, que poderia ser transformado em êxito, caso, no qual, abandonando a queixa, perseverasse na ação bem direcionada.

Não consideramos sucesso apenas o triunfo eco­nômico, social, político, religioso, artístico, quase sem­pre responsável por expressões de profundo desequi­líbrio no comportamento, gerador de estados neuróti­cos e de perturbações lastimáveis, que se agravam com as queixas.

Referimo-nos a sucesso, quando o indivíduo, em qualquer circunstância, mantém a administração dos seus problemas com serenidade, conserva-se em har­monia no êxito social ou na dificuldade, sem nenhuma perturbação ou desagregação da personalidade, atra­vés dos bem aceitos recursos de evasão da responsa­bilidade.

Por isso, o santuário de Delfos ensinava o conhe­ce-te a ti mesmo como psicoterapia relevante, e medi­ante esta contribuição o ser amadureceria, crescen­do interiormente, assegurando-se da sua fatalidade histórica, a plenitude.

A queixa, como ferrugem na engrenagem do psi­quismo, é cruel verdugo de quem a cultiva.

Substitui-la pela compreensão, perante os fenô­menos da vida, constitui mecanismo valioso de saúde psicológica.

Diante de quaisquer injunções perturbadoras, o enfrentamento tranqüilo com as ocorrências deve ser a primeira atitude a ser tomada, qual se se buscasse Apoio — o discernimento —, deixando-se conduzir pela razão lúcida — a sibila — e descobrisse a real finalidade de todos os fatos existenciais.

do livro O SER CONSCIENTE de Divaldo P. Franco pelo espírito Joanna d´Ângelis

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Autocompaixão

Psicologicamente, o homem que cultiva a autopi­edade desenvolve tormentos desnecessários que o deprimem na razão direta em que a eles se entrega.

Reflexões sobre dificuldades pessoais constituem fenômeno auxiliar para ações dignificadoras, facultan­do a identificação dos recursos disponíveis, bem como avaliação das atitudes que redundaram em insuces­so ou desequilíbrio, a fim de as evitar no futuro ou corrigi-las quanto antes.

Toda aprendizagem assenta-se nos critérios do erro e do acerto, selecionando as experiências consi­deradas saudáveis, benéficas, que se fixam pela na­tural repetição.

Desse modo, os insucessos são patamares que propiciam avanços para que se alcancem degraus mais elevados.

Quando, porém, o indivíduo elege a posição de vítima da vida, assumindo a lamentável condição de infelicidade, encontra-se a um passo de perturbações emocionais graves, logo derrapando em psicopato­logias devastadoras.

A mente, conforme seja acionada pela vontade, torna-se cárcere sombrio ou asas de libertação, e nin­guém se lhe exime à influência.

Conduzida pelos escuros corredores da lamenta­ção, desatrela condicionamentos que aprisionam o ser demoradamente.

Por isso mesmo, o cultivo da autocompaixão, me­diante a insistente reclamação em torno dos aconteci­mentos da vida, demonstrando insatisfação sistemá­tica, transforma-se em mecanismo masoquista de perturbadora presença no psiquismo. A pseudo-afli­ção mantida converte-se em motivo de alegria, reali­zando um mecanismo de valorização pessoal, cujo desvio comportamental plenifica o ego.

Todo aquele que se faculta a autocompaixão neu­rótica é portador de insegurança e de complexo de inferioridade, que disfarça, recorrendo, inconscientemente, às transferências da piedade por si mesmo, sem qualquer respeito pelas demais pessoas. Desenvolve os sentimentos de indiferença pelos problemas dos outros, fechando-se no círculo diminuto da personali­dade mórbida.

No seu atormentado ponto de vista, somente a sua é uma situação dolorosa, digna de apoio e solidarie­dade. E, quando essas expressões de socorro lhe são dirigidas, reage, recusando-as, a fim de permanecer na postura de infelicidade que o torna feliz.

Aquele que se entrega à autocompaixão nunca se satisfaz com o que tem, com o que é, com os valores de que dispõe e pode movimentar. Não raro, encon­tra-se mais bem aquinhoado do que a maioria das pessoas no seu grupo social; no entanto, reclama e convence-se da desdita que imagina, encarcerando-se no sofrimento e exteriorizando mal-estar à volta, com que contamina as pessoas que o cercam ou que se lhe acercam.

Os grandes vitoriosos do mundo lutaram com te­nacidade para romper os limites, os problemas, as enfermidades, os desafios. Não nasceram fortes; tor­naram-se vigorosos no fragor das batalhas travadas. Não se detiveram na lamentação, porque investiram na ação todo o tempo disponível.

Milton, o poeta cego, prosseguiu escrevendo ex­celentes poemas, ao invés de lamentar-se; Beethoven continuou compondo, e com mais beleza, após a sur­dez total; Chopin, tuberculoso, deu seguimento às músicas ricas de ternura, entre crises de hemoptises, e Mozart, na miséria, sofrendo competições ultrizes, traduziu para os ouvidos humanos as belas melodias que lhe vibravam na alma...

Epícteto, escravo e doente, filosofava, estóico; Demóstenes, gago, recorreu a seixos da praia, colo­cando-os sobre a língua, para corrigir a dicção; Stein­metz, aleijado, contribuiu para o engrandecimento da Quimica...

Franklin D. Roosevelt, vitimado pela poliomielite, tornou-se presidente da América do Norte e colabo­rou grandemente para a paz mundial durante a Se­gunda Guerra; Helen Keller, cega, surda e muda, co­moveu o mundo com a sua coragem, cultura, e amor a Deus, ao próximo, à vida e a si própria...

A galeria é expressiva e iluminada pelo gênio e pela coragem desses homens e mulheres extraordi­nários.

Quando se mantém a autocompaixão, extermina-se o amor, não se amando, nem tampouco a ninguém.

O homem tem o dever de aprofundar meditações em torno das aflições e dos seus problemas, a fim de os superar.

A desenvolvimento saudável do ser psicológico impele-o à confiança e o induz à atividade para a aqui­sição do sentido da vida, da sua finalidade.

Quem de si se compadece, recusa-se a crescer e não luta, estagiando na amargura com a qual se com­praz.

Fator de desintegração da personalidade, a auto-compaixão deve ser rechaçada sempre e sem qualquer consideração, cedendo espaço mental para os tenta­mes que levam à vitória, à saúde emocional e à har­monia íntima.

do livro O SER CONSCIENTE de Divaldo P. Franco pelo espírito Joanna d´Ângelis

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Dificuldades do ego

Característica iniludível de imaturidade psicoló­gica do indivíduo, é a sua preocupação em projetar o próprio ego.

Atormentado pela ausência de valores pessoais, quão inseguro no comportamento, apega-se às atitu­des afugentes da autopromoção, passando a viver em contínua inquietação, porque sempre insatisfeito.

Afirmou Freud que o sofrimento é inevitável, con­siderando os grandes problemas que aturdem os se­res nas várias expressões em que se exteriorizam.

De fato, a transitoriedade da vida física responde pela morte rápida da ilusão e pela destruição dos seus castelos, produzindo lamentáveis estados emocionais naqueles que se lhes agarram com todas as veras. Logo percebem-se de mãos vazias, sem qualquer base em que apóiem e firmem as aspirações que acalentam.

As diversas enfermidades e as variadas frustra­ções, que se radicam no ego, têm, porém, uma historiografia muito larga, transcendendo a existência atual, remontando ao passado espiritual do ser.

Não conhecendo a gênese das mesmas, o indiví­duo centraliza, nas necessidades de afirmação da per­sonalidade, os seus anseios, derrapando nas valas da projeção indébita do ego.

Quando não se consegue aparecer através das realizações edificantes, mascara-se, e promove situ­ações que vitaliza no íntimo, desde que chame a aten­ção, faça-se notar.

Em alguns casos, vitimado por conflitos rudes, elabora estados narcisistas e afoga-se na contempla­ção da própria imagem, em permanente estado de alienação do mundo real e das pessoas que o cer­cam.

Patologicamente sente-se inferiorizado, e oculta o drama interior partindo para o exibicionismo, como mecanismo de fuga, sustentando-se em falsos pedestais que desmoronam e produzem danos psicológicos irreparáveis.

A criatura que não se conhece, atende ao ego, buscando tornar-se o centro das atenções mediante tricas e malquerenças, que estabelece com rara ha­bilidade, ou envolvendo-se nos mantos que a tornam vítima, para, desse modo, inspirar simpatia, coliman­do o objetivo de ser admirada, tida em alta conta.

Toda preocupação que se fixa, conduzindo a au­topromoção, constitui sinal de alarme, denunciando manifestação dominadora do ego em desequilíbrio, que logo gerará problemas.

A conscientização da transitoriedade da existên­cia física conduz o ser ao cooperativismo e à natural humildade, tendo em vista as realizações que devem permanecer após o seu desaparecimento orgânico.

Por outro lado, o autodescobrimento amadurece o ser, facultando-lhe compreender a necessidade da dis­crição que induz ao crescimento interior, à plenitude.

Toda vez que alguém se promove, chama a aten­ção, mas não se realiza. Pelo contrário, agrada o ego e fica inquieto observando os competidores eventuais, pois que, em todas as pessoas que se destacam vê inimigos, face ao próprio desequilíbrio, assim engen­drando novas técnicas para não ficar em segundo pla­no, não passar ao esquecimento.

O tormento se lhe faz tão pungente e perturbador que, em determinadas áreas das artes, criou-se o bro­cardo: Que se fale mal de mim; mas que se fale, numa asseveração de que a evidência lhes preenche o ego, mesmo quando é negativa.

A Psicologia Transpessoal, diante de tal estado, propõe uma revisão dos conteúdos da personalidade, do ego, estabelecendo, como fator essencial no pro­cesso da busca da saúde, a conquista do ser pleno, realizador, identificando-se preexistente ao corpo e a ele sobrevivente, sem o que a vida se lhe torna, real­mente, um sofrimento inevitável.

Nas faixas da evolução mais densa, em que esta­gia a grande mole humana, o sofrimento campeia, por ser uma forma de malho e de bigorna que trabalham o indivíduo, nele insculpindo o anjo e arrancando-lhe o demônio do primitivismo aí predominante.

Ciúme, ressentimento, inveja, ódio, maledicência e um largo cortejo de emoções perturbadoras são os filhos diletos do ego, que deseja dominação e, na ân­sia de promover-se, nada mais logra do que projetar a própria sombra, profundamente prejudicial, iníqua.

A superação dessa debilidade moral, dessa ima­turidade psicológica ocorrerá, quando o paciente, de início, vigiar as nascentes do coração, conforme pro­pôs Jesus, o Psicoterapeuta Excelente, realizando um trabalho de crescimento emocional e uma realização pessoal plenificadores.

Qualquer escamoteamento da situação mórbida constitui risco para o comportamento, face aos peri­gos que são produzidos pelos problemas do ego do­minador.

do livro O SER CONSCIENTE de Divaldo P. Franco pelo espírito Joanna d´Ângelis

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Êxito e fracasso

O estado normal da criatura é o de saúde, no qual o bem-estar e o equilíbrio proporcionam clima respi­rável de satisfação.

Elaborada para um ritmo harmônico de vida, a maquinaria fisiopsiquica obedece a automatismos pre­cisos, dos quais resultam a saúde e as disposições emocionais, para galgar-se patamares reais elevados nos processos das aspirações idealistas.

Ser pensante, destaca-se a criatura na escala zoo­lógica, compreendendo os mecanismos da vida e aplicando o conhecimento para os logros da auto-rea­lização e da autoplenificação que lhe constituem o ápice da saúde.

Saúde seria, portanto, um fenômeno natural. Não fossem, do ponto de vista biopsicológico, as heranças genéticas, os fatores psicossociais, as ocorrências fa­miliares e o convívio do lar, o ser não atravessaria os caminhos difíceis dos distúrbios e doenças perturba­doras.

Considerado o ser apenas como uma máquina, te­ríamos a vida sem finalidade nem objetivo, porqüanto ele já nasceria sob os estigmas dos ancestrais — no que diz respeito às heranças genéticas, ao lar condicionador e à sociedade — no caso das distonias e anormalidades, das síndromes degenerativas e dos fenômenos patoló­gicos vários, que determinam as desgraças de uns, e, por outro lado, os propiciatórios para a felicidade, a saúde e a beleza de reduzida faixa dos demais.

Sem dúvida, tal colocação falha pela ausência de uma sustentação lógica, considerando todas as ocorrências como procedentes do acaso fatalista e absurdo...

A análise transpessoal do ser concede-lhe digni­dade causal e destinação final, mediante a travessia do percurso que lhe cumpre trilhar, gerando os meios felicitadores, ou desditosos, que são efeitos das suas realizações precedentes.

Passo a passo, desenvolvem-se os atributos da personalidade, ampliando-se os conteúdos da indivi­dualidade e aprimoram-se as aptidões latentes que são o germe da presença divina em todos.

Possuidor de recursos e potências não dimensio­nadas, o ser desabrocha e cresce sob as condições que lhe são inerentes, cabendo-lhe seguir o heliotro­pismo superior que o leva à sua destinação gloriosa.

Impregnado pelas partículas e moléculas materi­ais que o vestem, enquanto reencarnado, não raro a visão do êxito apresenta-se-lhe distorcida, caracteri­zando-se como o deleite contínuo, resultante dos pra­zeres hedonistas que a posição social relevante e o poder político-econômico proporcionam, enseja ando um prolongado desfrutar.

Esquecendo-se da impermanência de tudo e da fugacidade do tempo — pelo qual apenas transita, na sua dimensão de eternidade — desgasta-se, en­velhece, adoece e morre... O imprevisível surpreen­de-o, e surgem-lhe a saturação, o desinteresse, os sentimentos apaixonados e os frustrados, proporci­onando desequilíbrios interiores que se expressarão em tormentos para si e para os outros no inter-rela­cionamento pessoal.

Na busca do êxito, o ser, psicologicamente ima­turo, investe todos os valores, e na competição en­contra o estímulo para galgar os degraus do desta­que, descendo moralmente, na escala dos padrões, à medida que ascende na aparência.

Essa dicotomia de ocorrências — a interna e a ex­terna — resultará em infelicitá-lo, perturbando-lhe o senso de avaliação e de consideração da realidade, talvez ferindo profundamente a pessoa.

Caça-se o êxito como se fosse, na floresta huma­na, o objetivo essencial à vida, confundindo-se triunfo de fora com realização de harmonia interior.

Denigre-se então o adversário, que não o sabe, tornado assim por estar à frente ou mais alto; segue-se-lhe o passo, ocupando-lhe o lugar imediatamente inferior por ele deixado, até emparelhar-se-lhe e der­rubá-lo, assumindo-lhe a posição.

Inevitavelmente, porque não permanecem espa­ços vazios nos relacionamentos humanos, enquanto, por sua vez ascende, deixa o degrau aberto que logo esta­rá ocupado por aqueloutro que lhe será o substituto.

O triunfo de hoje é o prólogo do desencanto e das lágrimas de amanhã; sorrisos se tornarão esgares, e aplausos far-se-ão apedrejamentos, considerando-se, na população humana, as mesmas aspirações e os equivalentes conflitos.

A criatura são as suas necessidades.

O psicólogo americano pragmatista, William Ja­mes, classificou os biótipos humanos em espíritos fra­cos e fortes, enquanto Ernesto Kretschmer, psiquiatra alemão, considerou as personalidades de acordo com a compleição do indivíduo em pícnico, ou pessoa re­donda; atlético, ou pessoa quadrada; e o astênico, pes­soa delgada. Face a tal conclusão, afirmou que há espí­ritos esquizóides e ciclotímicos, enquanto Carlos Gusta­vo Jung os considerou introvertidos e extrovertidos.

Em todos há uma ânsia comum: os fracos fortale­cerem-se, os ciclotímicos harmonizarem-se e os intro­vertidos exteriorizarem-se.

As psicoterapias são aplicadas conforme as reve­lações do inconsciente, arrancando dos arquivos do psiquismo os fatores que geraram os traumas e deter­minaram os conflitos, interpretando as ocorrências dos sonhos nos estados oníricos e as liberações catársi­cas nas demoradas análises.

Nem sempre, porém, serão encontradas as ma­trizes de tais patologias, que estão profundamente registradas no Espírito, como decorrência de condu­tas, de atividades, dos sucessos das reencarnações passadas.

Somente a sondagem cuidadosa dos arcanos do ser pretérito enseja o encontro das causas passadas, geradoras dos problemas atuais.

Uma análise transpessoal libera-o dos tabus, in­clusive, da visão distorcida da realidade, que deixa de ser a exclusiva expressão terrena, para transportá-la para a vida imortal, precedente ao corpo e a ele sobrevivente, demonstrando que o êxito, o triunfo, o fra­casso, o insucesso, não se apresentam conforme a proposta social imediatista, porém outra mais signi­ficativa e poderosa.

Convém determinar-se que o êxito material pode significar fracasso emocional, espiritual, e, às vezes, o insucesso, a aparente falta de triunfo constitui a ple­na vitória sobre si mesmo, suas paixões e pequene­zes, uma forma de opção para o crescimento interior, ao invés do empenho pelo amealhar de moedas e reu­nião de títulos que não acalmam as emoções nem tranqüilizam as ambições.

Certamente, a criatura deve possuir e dispor de recursos necessários para uma vida saudável, con­sentânea com o grupo social no qual se encontra. No entanto, o êxito não pode ser medido em contas ban­cárias, prestígio na comunidade e destaque político. Da mesma forma, não é factível definir-se por fracas­so a ausência desses troféus.

Os homens e mulheres plenos, vitoriosos de to­dos os tempos, venceram-se, completaram-se e, sem qualquer tipo de conflito, optaram pela realização in­terior, respeitando todas as aspirações e direitos dos demais indivíduos, porém, a eles próprios impondo-se a auto-realização que lhes propiciou saúde — mes­mo quando enfermos —, felicidade — embora perse­guidos algumas vezes — e êxito — isto é, a vitória no que anelavam, apesar de levados ao martírio.

A visão transpessoal do êxito e do fracasso está ínsita na pessoa interior, real, a criatura harmonizada consigo mesma, com as outras pessoas, com a natu­reza e a vida.

Êxito é encontro, enquanto fracasso é domínio pelo ego.

O êxito gera paz, e o fracasso inquieta.

Auto-analisando-se, cada qual se descobre, as­sim dando-se conta do triunfo ou do insucesso, po­dendo recomeçar para alcançar o êxito, nunca o fra­casso.

do livro O Ser Consciente, de Divaldo P. Franco pelo espírito Joanna d´Ângelis

terça-feira, 24 de abril de 2012

O Ser Consciente

DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

Esmagado por conflitos que não amainam de intensida­de, o homem moderno procura mecanismos escapistas, em vãs tentativas de driblar as aflições transferindo-se para os setores do êxito exterior, do aplauso e da admiração social, embora os sentimentos permaneçam agrilhoados e ferretea­dos pela angústia e pela insatisfação.

As realizações externas podem acalmar as ansiedades do coração, momentaneamente, não, porem, erradica-las, razão por que o triunfo externo não apazigua interiormente.

Condicionado para a conquista das coisas, na concepção da meta plenificadora, o indivíduo procura soterrar os conflitos sob as preocupações contínuas, mantendo-os, no entanto, vivos e pulsantes, até quando ressumam e sobre­poem-se a todos os disfarces, desencadeando novos sofrimentos e perturbações devastadoras.

O homem pode e deve ser considerado como sendo sua própria mente.

Aquilo que cultiva no campo íntimo, ou que o propele com insistência a realizações, constitui a sua essência e legitimidade, que devem ser estudadas pacientemente, a fim de poder enfrentar os paradoxos existenciais — parecer e ser —, as inquietações e tendências que o comandam, estabelecendo os paradigmas corretos para a jornada, liberado dos cho­ques interiores em relação ao comportamento externo.

Ignorar uma situação não significa elimina-la ou supera-la. Tal postura permite que os seus fatores constitutivos cresçam e se desenvolvam, até o momento em que se tornam insustentáveis, chamando a atenção para enfrenta-los.

O mesmo ocorre com os conflitos psicológicos. Estão presentes no homem, que, invariavelmente, não lhes dá valor, evitando deter-se neles, analisar a própria fragilidade, de modo a encontrar os recursos que lhe facultem diluí-los.

Enraizados profundamente, apresentam-se na consciência sob disfarces diferentes, desde os simples complexos de inferioridade, os narcisismos, a agressividade, a culpa, a ti­midez, até os estados graves de alienação mental.

Todo conflito gera insegurança, que se expressa multi­facetadamente, respondendo por inomináveis comportamen­tos nas sombras do medo e das condutas compulsivas.

Suas vítimas padecem situações muito afugentes, tom­bando no abandono de si mesmas, quando as resistências disponíveis se exaurem.

O ser consciente deve trabalhar-se sempre, partindo do ponto inicial da sua realidade psicológica, aceitando-se como é e aprimorando-se sem cessar.

Somente consegue essa lucidez aquele que se auto-ana­lise, disposto a encontrar-se sem máscara, sem deterioração. Para isso, não se julga, nem se justifica, não se acusa nem se culpa. apenas descobre-se.

À identificação segue-se o trabalho da transformação interior para melhor, utilizando-se dos instrumentos do auto-amor, da auto-estima, da oração que estimula a capacidade de discernimento, da relaxação que libera das tensões, da meditação que faculta o crescimento interior.

O auto-amor ensina-o a encontrar-se e desvela os po­tenciais de força íntima nele jacentes.

A auto-estima leva-o à fraternidade, ao convívio saudá­vel com o seu próximo, igualmente necessitado.

A oração amplia-lhe a faculdade de entendimento da existência e da Vida real.

A relaxação proporciona-lhe harmonia, horizontes lar­gos para a movimentação.

A meditação ajuda-o a crescer de dentro para fora, rea­lizando-se em amplitude e abrindo-lhe a percepção para os estados alterados de consciência.

O auto-conhecimento se torna uma necessidade priori­tária na pro gramática existencial da criatura. Quem o pos­terga, não se realiza satisfatoriamente, porque permanece perdido em um espaço escuro, ignorado dentro de si mesmo.

Foi necessário que surgissem a Psicologia Transpesso­al e outras áreas doutrinárias com paradigmas bem definidos a respeito do ser humano integral, para que se pudesse propor à vida melhores momentos e mais amplas perspecti­vas de felicidade.

A contribuição da Parapsicologia, da Psicobiofísica, da Psicotrônica, ampliou os horizontes do homem, propiciou-lhe o encontro com outras dimensões da vida e possibilida­des extrafísicas de realização, que permaneciam soterradas sob os escombros do inconsciente profundo, ou adormecidas nos alicerces da Consciência.

Antes, porém, de todas essas disciplinas psicológicas e doutrinas parapsíquicas, o Espiritismo descortinou para a criatura a valiosa possibilidade de ser consciente, concitan­do-a ao auto-encontro e à autodescoberta a respeito da vida além dos estreitos limites materiais.

Perfeitamente identificado com os elevados objetivos da existência terrestre do ser humano, Allan Kardec questionou os Espíritos Benfeitores. “Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?”

Eles responderam: “— Um sábio da Antigüidade vo-lo disse. Conhece-te a ti mesmo.”(*)

Comentando a resposta, Santo Agostinho, Espírito, en­tre outras considerações explicitou: “... O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual. Mas, direis, como há de alguém julgar-se a si mesmo? Não está aí a ilusão do amor-próprio para atenuar asfaltas e torná-las desculpáveis? O avarento se considera apenas econômico e previdente; o orgulhoso julga que em si só há dignidade. Isto é muito real, mas tendes um meio de verificação que não pode iludir-vos. Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis se prati­cada por outra pessoa... “ “E prosseguiu: “... dê balanço no seu dia moral para, a exemplo do comerciante, avaliar suas perdas e seus lucros, e eu vos asseguro que a conta destes será mais avultada que a daquelas. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida.”

Na análise diária e contínua dos atos, o auto e o alo­-amor serão decisivos para a avaliação. A oração e a medita­ção irão constituir recurso complementar para afixação das conquistas.

Quem ora, fala; quem medita, ouve, dispondo dos re­cursos para exteriorizar-se e interiorizar-se.

Há, no entanto, estruturas psicológicas muito frágeis ou assinaladas por distúrbios de comportamento grave. Nes­ses casos, urge o concurso da Ciência Espírita, com as tera­pias

(*) O Livro dos Espíritos. 29ª edição da FEB. Questão 919.

profúndas que dispõe; e, de acordo com a intensidade do distúrbio, torna-se necessária a ajuda do psicoterapeuta, conforme a especificidade do problema, que será eqüacionado pela Psicologia, pela Psicanálise ou pela Psiquiatria.

Em muitos conflitos humanos, entretanto, ocorrem interferências espirituais variadas, gerando quadros de obses­sões complexas, para os quais somente as técnicas espíritas alcançam os resultados desejados, por se tratarem, esses agentes perturbadores, de Entidades extracorpóreas, porém portadores dos mesmos potenciais das suas vítimas: senti­mentos e emoções, inteligência e lucidez, experiências e vidas.

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O ser consciente é austero, mas sem carranca; é jovial, porém sem vulgaridade; é complacente, no entanto sem co­nivência; é bondoso, todavia sem anuência com o erro. Aju­da e promove aquele que lhe recebe o socorro, seguindo adi­ante sem cobrar retribuição.

É responsável, e não se permite o vão repouso enquanto o dever o aguarda. Conhecendo suas possibilidades, coloca­-as em ação sempre que necessário, aberto ao amor e ao bem.

Só o amadurecimento psicológico, através das experi­ências vividas, libera a consciência do ser; e, ao consegui-la, ei-lo feliz, conquistando a Terra da Promissão bíblica.

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Este modesto livro, que ora trazemos à análise do caro Leitor, pretende, sem presunção, auxiliá-lo na conquista da consciência.

Não apresenta qualquer técnica nova ou milagrosa. Estuda algumas problemáticas humanas à luz da Quar­ta Força em Psicologia, colocando uma ponte na direção da Doutrina Espírita, que é portadora de uma visão profunda e integral do ser.

Confiamos que será útil a alguém que se encontre aflito ou fugindo de si mesmo, ajudando-o na solução do seu pro­blema, e isto nos Compensará plenamente.

Salvador, 19 de maio de 1993.

Joanna de Ângelis

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O ser consciente

Este final de mês e durante todo o mês de maio, postarei alguns trechos do livro O SER CONSCIENTE, de Divaldo Franco pelo espírito de Joanna d´Angelis, e espero q a leitura seja proveitosa!