Para Sentir

“Só devemos dizer aquilo que o coração pode testificar mediante atos sinceros, porque, de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia.”

Texto extraído do livro BOA NOVA, Lição 10 – O Perdão - Psicografia de Francisco Cândido Xavier, por Humberto de Campos

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Chico e os Animais: ´mais um pouco de história

Publiquei algumas histórias de Chico Xavier q contam como ele conviva com os nossos queridos animais, e uma amiga do GE_JoannaDeAngelis (no Yahoo Grupos), a Emirce, me passou a autoria dos textos e os livros, e carinhosamente citou mais histórias q seguem! Obrigada Emirce!

“Quantas vezes o vimos chegar às três horas da manhã, após haver atendido mais de mil pessoas, pegar seus gatos ou cachorros no colo, acariciá-los, para depois lhes preparar a comida com imenso carinho. Seus gatos, cachorros e até um coelho, animais irracionais de diferentes espécies, viviam harmoniosamente sob o mesmo teto e nós, seres racionais, da mesma espécie, do mesmo sangue, nem sempre conseguimos viver em paz dentro de nossos lares. O amor que ele dedica aos animais é alguma coisa que vai além de nossa compreensão” – comenta o escritor, relatando o porquê dessa sua conclusão.
Chico chegava a dizer à senhora que cuidava da sua casa:
– A mesma carne que comprar para nós, compre também para os nossos animais e, se o dinheiro não der, deixe de comprar a nossa, mas não a deles.
Adelino perguntou-lhe qual o animal mais evoluído espiritualmente e dele anotou a resposta:
– É o cão. O cão desperta muito amor e é modelo de fidelidade. As pessoas que amam e cultivam a convivência com os animais, especialmente os cães, se observarem com atenção, verificarão que os vários espécimes são portadores de qualidades que consideramos quase humanas, raiando pela prudência, paciência, disciplina, obediência, sensibilidade, inteligência, improvisação, espírito de serviço, vigilância e sede de carinho, infundindo-nos a idéia de que, quanto mais perto se encontram das criaturas humanas, mais se lhes assemelham, preparando-se para o estágio mais próximo da hierarquia espiritual.
Chico tinha uma cachorra de nome Boneca, que sempre o esperava, fazendo grande festa ao avistá-lo. Pulava em seu colo, lambia-lhe o rosto como se estivesse beijando-o. Ele falava:
– Ah!, Boneca, estou com muitas pulgas...
Imediatamente, ela começava a coçar o peito dele com o focinho. O cãozinho morreu velho e doente e o médium sentiu muito sua partida. Um casal amigo, que presenciara várias vezes essa cena, adquiriu para lhe oferecer, numa visita que ele fazia a São Paulo, uma filhotinha da mesma raça. O animalzinho estava envolto num pequeno cobertor, pois fazia frio e, quando Chico chegou, lhe foi passado aos braços e começou a lamber-lhe o rosto, ouvindo dele:
– Ah!, Boneca, estou com muitas pulgas...
Prontamente, ela esfregou o focinho no seu peito, como se estivesse atrás das pulgas. Em meio à emoção que se formou, surgiu esta explicação do recém-chegado:
– Quando amamos nosso animal e lhe dedicamos sentimentos sinceros, ao partir, os espíritos amigos o trazem de volta, para que não sintamos tanto sua falta. Assim, a Boneca está aqui, ensinando a esta filhotinha hábitos que lhe davam alegria. Nós, seres humanos, encontramo-nos na Natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos ajudar.
Certa vez, o médium, que trabalhava como escriturário na Fazenda Modelo, fora da cidade de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, onde nascera e viveu até 1958, seguia apressado para o batente e uma cobra o parou na estrada, dando a impressão que tentava lhe impedir a passagem. A primeira coisa que qualquer um de nós faria seria apanhar uma pedra ou um pau para matá-la. Chico, ao contrário, começou a falar-lhe:
– Olhe, minha irmã, estou indo para o serviço e preciso que você me deixe passar.
O réptil avançou em sua direção e ele:
– Olhe, minha irmã, estou vindo mais cedo porque se pagar uma passagem de ônibus o dinheiro me fará falta no fim do mês, pois cuido de uma família numerosa (eram oito irmãos do primeiro casamento do seu pai). O ônibus já deve estar saindo de Pedro Leopoldo e vai me encontrar aqui, porque coragem de matá-la não tenho. Aí você certamente será esmagada e eu não gostaria que isso acontecesse.
Entendendo ou não, o ofídio foi embora.
Chico cultivava em sua modesta casa, entre outras plantas, roseiras que deixavam seu quintal numa festa de cores e perfumes. De repente, as formigas atacaram e se descobriu ali um gigantesco formigueiro. Quando souberam, amigos lhe trouxeram formicida para dar um basta na devastação. Matar, nunca. Como de costume, ele fez uma prece antes de agir e tomou a decisão de lançar-lhes um manifesto que, nos três dias seguintes, leu em voz alta para os milhares de insetos que, aparentemente indiferentes, cortavam e carregavam suas plantas:
– Comunico às minhas irmãs formigas que, embora admire muito o seu trabalho, não posso permitir que continuem aqui. Ali perto há uma pequena mata para aonde, sem que ninguém as aborreça, poderão se mudar, trabalhar e viver melhor ainda. Muito obrigado pela compreensão.
No dealbar do quarto dia, o formigueiro estava vazio. Só ficara uma formiguinha que Chico, usando uma expressão comum naquele tempo, fazendo graça, chamou de subversiva.

(Adelino da Silveira era amigo e frequentador da casa de Chico e em 2 de seus livros ele cita essas histórias: CHICO, DE FRANCISCO e KARDEC PROSSEGUE)

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