Para Sentir

“Só devemos dizer aquilo que o coração pode testificar mediante atos sinceros, porque, de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia.”

Texto extraído do livro BOA NOVA, Lição 10 – O Perdão - Psicografia de Francisco Cândido Xavier, por Humberto de Campos

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A Cegueira da Vaidade

Tento entender essa personalidade que carrega um fardo tão pesado munido de uma máscara que para os que passam, adoram, mas para os que ficam, se assustam (para não dizer que se apavoram).

Para o vaidoso – também conhecidos como personalista, ou egoísta – são muitas suas formas de comportamento, mas para ele é algo normal a ponto de acreditar que seu mundo é tão real quanto o chão que pisa, e para manter tudo isso acarretam quase sempre em perturbações no seu grupo de convívio pois não aceitam em hipótese alguma criticas mesmo que fundamentadas em amor e intenções de boa educação.

A indisciplina reina absoluta e seus interesses devem ser  atendidos de imediato. Jamais aceitam suas obrigações mesmo que perante a lei e  se revoltam se questionados dos deveres não cumpridos já que são contra todos àqueles que o advertem – tudo em nome da postura, mesmo que viva entre escombros que vão se acumulando após tempos de falsa glória.

Quando se deparam com as portas fechadas, bajulam os queridos na certeza que serão ajudados, e realmente são pois para os queridos, nada mais é do que um ato de caridade.

O amor dos queridos é amparo, é bem querer, é cuidar deste mesmo que perdido em meio a tanta ilusão, eles não desamparam. Mas para um vaidoso é apenas mais uma chance de benefício próprio e crer num falso poder que continua a acumular ainda mais escombros e desta vez, trazendo consigo injustamente aqueles que estendem a mão ao menor pedido.

É exaustivo assistir incansáveis voltas ao redor do nada – se é que podemos chamar de “nada” pois as consequências são muito reais, trazem lições que mesmo escancaradas, não são aprendidas ou são ignoradas, e ainda vemos queridos dispostos a continuar cooperando e alimentando um castelo de ilusões.

Como é possível fazer do amor um circo dos horrores como num pesadelo que nunca termina?

Me faz crer que um personalista não sabe de fato o que o amor, pois este, verdadeiro como conhecemos do Coríntios XIII, de fato não tem nada a ver com isso. O amor respeita os limites, o próximo, preza a gratidão e o entendimento mutuo do meio que se convive. O amor é caridoso, é bondoso e não tem nada a ver com as atitudes inconseqüentes de uma mente vaidosa. Não há o que justifique sacrificar uma vida inteira de esforços e privações em nome de uma postura falsa e completamente sem fundamentos, e mais triste ainda, é ver este ego alimentado da inocência dos que amam de verdade.

No entanto,  por mais que se esforce para manter a máscara e a postura intacta, a Vida providencia os ensinamentos necessários, e quanto mais insistir em viver nas sombras das ilusões, mais distante ficará da paz que mora nos corações dos que buscam o entendimento. Aqueles que tem coragem de olhar para dentro de si mesmo, providenciam a auto-educação fundamentada nos ideais de Cristo. É nosso dever fazer a nossa parte.

(inspirado de trechos extraídos dos textos do Livro: CIRURGIA MORAL, JOÃO NUNES MAIA Espírito: LANCELLIN, e “Personalismo”, de Ney P. Peres)

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