Para Sentir

“Só devemos dizer aquilo que o coração pode testificar mediante atos sinceros, porque, de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia.”

Texto extraído do livro BOA NOVA, Lição 10 – O Perdão - Psicografia de Francisco Cândido Xavier, por Humberto de Campos

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Dificuldades do ego

Característica iniludível de imaturidade psicoló­gica do indivíduo, é a sua preocupação em projetar o próprio ego.

Atormentado pela ausência de valores pessoais, quão inseguro no comportamento, apega-se às atitu­des afugentes da autopromoção, passando a viver em contínua inquietação, porque sempre insatisfeito.

Afirmou Freud que o sofrimento é inevitável, con­siderando os grandes problemas que aturdem os se­res nas várias expressões em que se exteriorizam.

De fato, a transitoriedade da vida física responde pela morte rápida da ilusão e pela destruição dos seus castelos, produzindo lamentáveis estados emocionais naqueles que se lhes agarram com todas as veras. Logo percebem-se de mãos vazias, sem qualquer base em que apóiem e firmem as aspirações que acalentam.

As diversas enfermidades e as variadas frustra­ções, que se radicam no ego, têm, porém, uma historiografia muito larga, transcendendo a existência atual, remontando ao passado espiritual do ser.

Não conhecendo a gênese das mesmas, o indiví­duo centraliza, nas necessidades de afirmação da per­sonalidade, os seus anseios, derrapando nas valas da projeção indébita do ego.

Quando não se consegue aparecer através das realizações edificantes, mascara-se, e promove situ­ações que vitaliza no íntimo, desde que chame a aten­ção, faça-se notar.

Em alguns casos, vitimado por conflitos rudes, elabora estados narcisistas e afoga-se na contempla­ção da própria imagem, em permanente estado de alienação do mundo real e das pessoas que o cer­cam.

Patologicamente sente-se inferiorizado, e oculta o drama interior partindo para o exibicionismo, como mecanismo de fuga, sustentando-se em falsos pedestais que desmoronam e produzem danos psicológicos irreparáveis.

A criatura que não se conhece, atende ao ego, buscando tornar-se o centro das atenções mediante tricas e malquerenças, que estabelece com rara ha­bilidade, ou envolvendo-se nos mantos que a tornam vítima, para, desse modo, inspirar simpatia, coliman­do o objetivo de ser admirada, tida em alta conta.

Toda preocupação que se fixa, conduzindo a au­topromoção, constitui sinal de alarme, denunciando manifestação dominadora do ego em desequilíbrio, que logo gerará problemas.

A conscientização da transitoriedade da existên­cia física conduz o ser ao cooperativismo e à natural humildade, tendo em vista as realizações que devem permanecer após o seu desaparecimento orgânico.

Por outro lado, o autodescobrimento amadurece o ser, facultando-lhe compreender a necessidade da dis­crição que induz ao crescimento interior, à plenitude.

Toda vez que alguém se promove, chama a aten­ção, mas não se realiza. Pelo contrário, agrada o ego e fica inquieto observando os competidores eventuais, pois que, em todas as pessoas que se destacam vê inimigos, face ao próprio desequilíbrio, assim engen­drando novas técnicas para não ficar em segundo pla­no, não passar ao esquecimento.

O tormento se lhe faz tão pungente e perturbador que, em determinadas áreas das artes, criou-se o bro­cardo: Que se fale mal de mim; mas que se fale, numa asseveração de que a evidência lhes preenche o ego, mesmo quando é negativa.

A Psicologia Transpessoal, diante de tal estado, propõe uma revisão dos conteúdos da personalidade, do ego, estabelecendo, como fator essencial no pro­cesso da busca da saúde, a conquista do ser pleno, realizador, identificando-se preexistente ao corpo e a ele sobrevivente, sem o que a vida se lhe torna, real­mente, um sofrimento inevitável.

Nas faixas da evolução mais densa, em que esta­gia a grande mole humana, o sofrimento campeia, por ser uma forma de malho e de bigorna que trabalham o indivíduo, nele insculpindo o anjo e arrancando-lhe o demônio do primitivismo aí predominante.

Ciúme, ressentimento, inveja, ódio, maledicência e um largo cortejo de emoções perturbadoras são os filhos diletos do ego, que deseja dominação e, na ân­sia de promover-se, nada mais logra do que projetar a própria sombra, profundamente prejudicial, iníqua.

A superação dessa debilidade moral, dessa ima­turidade psicológica ocorrerá, quando o paciente, de início, vigiar as nascentes do coração, conforme pro­pôs Jesus, o Psicoterapeuta Excelente, realizando um trabalho de crescimento emocional e uma realização pessoal plenificadores.

Qualquer escamoteamento da situação mórbida constitui risco para o comportamento, face aos peri­gos que são produzidos pelos problemas do ego do­minador.

do livro O SER CONSCIENTE de Divaldo P. Franco pelo espírito Joanna d´Ângelis

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Êxito e fracasso

O estado normal da criatura é o de saúde, no qual o bem-estar e o equilíbrio proporcionam clima respi­rável de satisfação.

Elaborada para um ritmo harmônico de vida, a maquinaria fisiopsiquica obedece a automatismos pre­cisos, dos quais resultam a saúde e as disposições emocionais, para galgar-se patamares reais elevados nos processos das aspirações idealistas.

Ser pensante, destaca-se a criatura na escala zoo­lógica, compreendendo os mecanismos da vida e aplicando o conhecimento para os logros da auto-rea­lização e da autoplenificação que lhe constituem o ápice da saúde.

Saúde seria, portanto, um fenômeno natural. Não fossem, do ponto de vista biopsicológico, as heranças genéticas, os fatores psicossociais, as ocorrências fa­miliares e o convívio do lar, o ser não atravessaria os caminhos difíceis dos distúrbios e doenças perturba­doras.

Considerado o ser apenas como uma máquina, te­ríamos a vida sem finalidade nem objetivo, porqüanto ele já nasceria sob os estigmas dos ancestrais — no que diz respeito às heranças genéticas, ao lar condicionador e à sociedade — no caso das distonias e anormalidades, das síndromes degenerativas e dos fenômenos patoló­gicos vários, que determinam as desgraças de uns, e, por outro lado, os propiciatórios para a felicidade, a saúde e a beleza de reduzida faixa dos demais.

Sem dúvida, tal colocação falha pela ausência de uma sustentação lógica, considerando todas as ocorrências como procedentes do acaso fatalista e absurdo...

A análise transpessoal do ser concede-lhe digni­dade causal e destinação final, mediante a travessia do percurso que lhe cumpre trilhar, gerando os meios felicitadores, ou desditosos, que são efeitos das suas realizações precedentes.

Passo a passo, desenvolvem-se os atributos da personalidade, ampliando-se os conteúdos da indivi­dualidade e aprimoram-se as aptidões latentes que são o germe da presença divina em todos.

Possuidor de recursos e potências não dimensio­nadas, o ser desabrocha e cresce sob as condições que lhe são inerentes, cabendo-lhe seguir o heliotro­pismo superior que o leva à sua destinação gloriosa.

Impregnado pelas partículas e moléculas materi­ais que o vestem, enquanto reencarnado, não raro a visão do êxito apresenta-se-lhe distorcida, caracteri­zando-se como o deleite contínuo, resultante dos pra­zeres hedonistas que a posição social relevante e o poder político-econômico proporcionam, enseja ando um prolongado desfrutar.

Esquecendo-se da impermanência de tudo e da fugacidade do tempo — pelo qual apenas transita, na sua dimensão de eternidade — desgasta-se, en­velhece, adoece e morre... O imprevisível surpreen­de-o, e surgem-lhe a saturação, o desinteresse, os sentimentos apaixonados e os frustrados, proporci­onando desequilíbrios interiores que se expressarão em tormentos para si e para os outros no inter-rela­cionamento pessoal.

Na busca do êxito, o ser, psicologicamente ima­turo, investe todos os valores, e na competição en­contra o estímulo para galgar os degraus do desta­que, descendo moralmente, na escala dos padrões, à medida que ascende na aparência.

Essa dicotomia de ocorrências — a interna e a ex­terna — resultará em infelicitá-lo, perturbando-lhe o senso de avaliação e de consideração da realidade, talvez ferindo profundamente a pessoa.

Caça-se o êxito como se fosse, na floresta huma­na, o objetivo essencial à vida, confundindo-se triunfo de fora com realização de harmonia interior.

Denigre-se então o adversário, que não o sabe, tornado assim por estar à frente ou mais alto; segue-se-lhe o passo, ocupando-lhe o lugar imediatamente inferior por ele deixado, até emparelhar-se-lhe e der­rubá-lo, assumindo-lhe a posição.

Inevitavelmente, porque não permanecem espa­ços vazios nos relacionamentos humanos, enquanto, por sua vez ascende, deixa o degrau aberto que logo esta­rá ocupado por aqueloutro que lhe será o substituto.

O triunfo de hoje é o prólogo do desencanto e das lágrimas de amanhã; sorrisos se tornarão esgares, e aplausos far-se-ão apedrejamentos, considerando-se, na população humana, as mesmas aspirações e os equivalentes conflitos.

A criatura são as suas necessidades.

O psicólogo americano pragmatista, William Ja­mes, classificou os biótipos humanos em espíritos fra­cos e fortes, enquanto Ernesto Kretschmer, psiquiatra alemão, considerou as personalidades de acordo com a compleição do indivíduo em pícnico, ou pessoa re­donda; atlético, ou pessoa quadrada; e o astênico, pes­soa delgada. Face a tal conclusão, afirmou que há espí­ritos esquizóides e ciclotímicos, enquanto Carlos Gusta­vo Jung os considerou introvertidos e extrovertidos.

Em todos há uma ânsia comum: os fracos fortale­cerem-se, os ciclotímicos harmonizarem-se e os intro­vertidos exteriorizarem-se.

As psicoterapias são aplicadas conforme as reve­lações do inconsciente, arrancando dos arquivos do psiquismo os fatores que geraram os traumas e deter­minaram os conflitos, interpretando as ocorrências dos sonhos nos estados oníricos e as liberações catársi­cas nas demoradas análises.

Nem sempre, porém, serão encontradas as ma­trizes de tais patologias, que estão profundamente registradas no Espírito, como decorrência de condu­tas, de atividades, dos sucessos das reencarnações passadas.

Somente a sondagem cuidadosa dos arcanos do ser pretérito enseja o encontro das causas passadas, geradoras dos problemas atuais.

Uma análise transpessoal libera-o dos tabus, in­clusive, da visão distorcida da realidade, que deixa de ser a exclusiva expressão terrena, para transportá-la para a vida imortal, precedente ao corpo e a ele sobrevivente, demonstrando que o êxito, o triunfo, o fra­casso, o insucesso, não se apresentam conforme a proposta social imediatista, porém outra mais signi­ficativa e poderosa.

Convém determinar-se que o êxito material pode significar fracasso emocional, espiritual, e, às vezes, o insucesso, a aparente falta de triunfo constitui a ple­na vitória sobre si mesmo, suas paixões e pequene­zes, uma forma de opção para o crescimento interior, ao invés do empenho pelo amealhar de moedas e reu­nião de títulos que não acalmam as emoções nem tranqüilizam as ambições.

Certamente, a criatura deve possuir e dispor de recursos necessários para uma vida saudável, con­sentânea com o grupo social no qual se encontra. No entanto, o êxito não pode ser medido em contas ban­cárias, prestígio na comunidade e destaque político. Da mesma forma, não é factível definir-se por fracas­so a ausência desses troféus.

Os homens e mulheres plenos, vitoriosos de to­dos os tempos, venceram-se, completaram-se e, sem qualquer tipo de conflito, optaram pela realização in­terior, respeitando todas as aspirações e direitos dos demais indivíduos, porém, a eles próprios impondo-se a auto-realização que lhes propiciou saúde — mes­mo quando enfermos —, felicidade — embora perse­guidos algumas vezes — e êxito — isto é, a vitória no que anelavam, apesar de levados ao martírio.

A visão transpessoal do êxito e do fracasso está ínsita na pessoa interior, real, a criatura harmonizada consigo mesma, com as outras pessoas, com a natu­reza e a vida.

Êxito é encontro, enquanto fracasso é domínio pelo ego.

O êxito gera paz, e o fracasso inquieta.

Auto-analisando-se, cada qual se descobre, as­sim dando-se conta do triunfo ou do insucesso, po­dendo recomeçar para alcançar o êxito, nunca o fra­casso.

do livro O Ser Consciente, de Divaldo P. Franco pelo espírito Joanna d´Ângelis

terça-feira, 24 de abril de 2012

O Ser Consciente

DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

Esmagado por conflitos que não amainam de intensida­de, o homem moderno procura mecanismos escapistas, em vãs tentativas de driblar as aflições transferindo-se para os setores do êxito exterior, do aplauso e da admiração social, embora os sentimentos permaneçam agrilhoados e ferretea­dos pela angústia e pela insatisfação.

As realizações externas podem acalmar as ansiedades do coração, momentaneamente, não, porem, erradica-las, razão por que o triunfo externo não apazigua interiormente.

Condicionado para a conquista das coisas, na concepção da meta plenificadora, o indivíduo procura soterrar os conflitos sob as preocupações contínuas, mantendo-os, no entanto, vivos e pulsantes, até quando ressumam e sobre­poem-se a todos os disfarces, desencadeando novos sofrimentos e perturbações devastadoras.

O homem pode e deve ser considerado como sendo sua própria mente.

Aquilo que cultiva no campo íntimo, ou que o propele com insistência a realizações, constitui a sua essência e legitimidade, que devem ser estudadas pacientemente, a fim de poder enfrentar os paradoxos existenciais — parecer e ser —, as inquietações e tendências que o comandam, estabelecendo os paradigmas corretos para a jornada, liberado dos cho­ques interiores em relação ao comportamento externo.

Ignorar uma situação não significa elimina-la ou supera-la. Tal postura permite que os seus fatores constitutivos cresçam e se desenvolvam, até o momento em que se tornam insustentáveis, chamando a atenção para enfrenta-los.

O mesmo ocorre com os conflitos psicológicos. Estão presentes no homem, que, invariavelmente, não lhes dá valor, evitando deter-se neles, analisar a própria fragilidade, de modo a encontrar os recursos que lhe facultem diluí-los.

Enraizados profundamente, apresentam-se na consciência sob disfarces diferentes, desde os simples complexos de inferioridade, os narcisismos, a agressividade, a culpa, a ti­midez, até os estados graves de alienação mental.

Todo conflito gera insegurança, que se expressa multi­facetadamente, respondendo por inomináveis comportamen­tos nas sombras do medo e das condutas compulsivas.

Suas vítimas padecem situações muito afugentes, tom­bando no abandono de si mesmas, quando as resistências disponíveis se exaurem.

O ser consciente deve trabalhar-se sempre, partindo do ponto inicial da sua realidade psicológica, aceitando-se como é e aprimorando-se sem cessar.

Somente consegue essa lucidez aquele que se auto-ana­lise, disposto a encontrar-se sem máscara, sem deterioração. Para isso, não se julga, nem se justifica, não se acusa nem se culpa. apenas descobre-se.

À identificação segue-se o trabalho da transformação interior para melhor, utilizando-se dos instrumentos do auto-amor, da auto-estima, da oração que estimula a capacidade de discernimento, da relaxação que libera das tensões, da meditação que faculta o crescimento interior.

O auto-amor ensina-o a encontrar-se e desvela os po­tenciais de força íntima nele jacentes.

A auto-estima leva-o à fraternidade, ao convívio saudá­vel com o seu próximo, igualmente necessitado.

A oração amplia-lhe a faculdade de entendimento da existência e da Vida real.

A relaxação proporciona-lhe harmonia, horizontes lar­gos para a movimentação.

A meditação ajuda-o a crescer de dentro para fora, rea­lizando-se em amplitude e abrindo-lhe a percepção para os estados alterados de consciência.

O auto-conhecimento se torna uma necessidade priori­tária na pro gramática existencial da criatura. Quem o pos­terga, não se realiza satisfatoriamente, porque permanece perdido em um espaço escuro, ignorado dentro de si mesmo.

Foi necessário que surgissem a Psicologia Transpesso­al e outras áreas doutrinárias com paradigmas bem definidos a respeito do ser humano integral, para que se pudesse propor à vida melhores momentos e mais amplas perspecti­vas de felicidade.

A contribuição da Parapsicologia, da Psicobiofísica, da Psicotrônica, ampliou os horizontes do homem, propiciou-lhe o encontro com outras dimensões da vida e possibilida­des extrafísicas de realização, que permaneciam soterradas sob os escombros do inconsciente profundo, ou adormecidas nos alicerces da Consciência.

Antes, porém, de todas essas disciplinas psicológicas e doutrinas parapsíquicas, o Espiritismo descortinou para a criatura a valiosa possibilidade de ser consciente, concitan­do-a ao auto-encontro e à autodescoberta a respeito da vida além dos estreitos limites materiais.

Perfeitamente identificado com os elevados objetivos da existência terrestre do ser humano, Allan Kardec questionou os Espíritos Benfeitores. “Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?”

Eles responderam: “— Um sábio da Antigüidade vo-lo disse. Conhece-te a ti mesmo.”(*)

Comentando a resposta, Santo Agostinho, Espírito, en­tre outras considerações explicitou: “... O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual. Mas, direis, como há de alguém julgar-se a si mesmo? Não está aí a ilusão do amor-próprio para atenuar asfaltas e torná-las desculpáveis? O avarento se considera apenas econômico e previdente; o orgulhoso julga que em si só há dignidade. Isto é muito real, mas tendes um meio de verificação que não pode iludir-vos. Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis se prati­cada por outra pessoa... “ “E prosseguiu: “... dê balanço no seu dia moral para, a exemplo do comerciante, avaliar suas perdas e seus lucros, e eu vos asseguro que a conta destes será mais avultada que a daquelas. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida.”

Na análise diária e contínua dos atos, o auto e o alo­-amor serão decisivos para a avaliação. A oração e a medita­ção irão constituir recurso complementar para afixação das conquistas.

Quem ora, fala; quem medita, ouve, dispondo dos re­cursos para exteriorizar-se e interiorizar-se.

Há, no entanto, estruturas psicológicas muito frágeis ou assinaladas por distúrbios de comportamento grave. Nes­ses casos, urge o concurso da Ciência Espírita, com as tera­pias

(*) O Livro dos Espíritos. 29ª edição da FEB. Questão 919.

profúndas que dispõe; e, de acordo com a intensidade do distúrbio, torna-se necessária a ajuda do psicoterapeuta, conforme a especificidade do problema, que será eqüacionado pela Psicologia, pela Psicanálise ou pela Psiquiatria.

Em muitos conflitos humanos, entretanto, ocorrem interferências espirituais variadas, gerando quadros de obses­sões complexas, para os quais somente as técnicas espíritas alcançam os resultados desejados, por se tratarem, esses agentes perturbadores, de Entidades extracorpóreas, porém portadores dos mesmos potenciais das suas vítimas: senti­mentos e emoções, inteligência e lucidez, experiências e vidas.

*

O ser consciente é austero, mas sem carranca; é jovial, porém sem vulgaridade; é complacente, no entanto sem co­nivência; é bondoso, todavia sem anuência com o erro. Aju­da e promove aquele que lhe recebe o socorro, seguindo adi­ante sem cobrar retribuição.

É responsável, e não se permite o vão repouso enquanto o dever o aguarda. Conhecendo suas possibilidades, coloca­-as em ação sempre que necessário, aberto ao amor e ao bem.

Só o amadurecimento psicológico, através das experi­ências vividas, libera a consciência do ser; e, ao consegui-la, ei-lo feliz, conquistando a Terra da Promissão bíblica.

*

Este modesto livro, que ora trazemos à análise do caro Leitor, pretende, sem presunção, auxiliá-lo na conquista da consciência.

Não apresenta qualquer técnica nova ou milagrosa. Estuda algumas problemáticas humanas à luz da Quar­ta Força em Psicologia, colocando uma ponte na direção da Doutrina Espírita, que é portadora de uma visão profunda e integral do ser.

Confiamos que será útil a alguém que se encontre aflito ou fugindo de si mesmo, ajudando-o na solução do seu pro­blema, e isto nos Compensará plenamente.

Salvador, 19 de maio de 1993.

Joanna de Ângelis

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O ser consciente

Este final de mês e durante todo o mês de maio, postarei alguns trechos do livro O SER CONSCIENTE, de Divaldo Franco pelo espírito de Joanna d´Angelis, e espero q a leitura seja proveitosa!