“A língua também é fogo.” – Tiago, 3:6.
A desídia das criaturas justifica as amargas considerações de Tiago, em sua epístola aos companheiros.
O início de todas as hecatombes no Planeta localiza-se, quase sempre, no mau uso da língua.
Ela está posta, entre os membros, qual leme de embarcação poderosa, segunda lembra o grande apóstolo de Jerusalém.
Em sua potencialidade, permanecem sagrados recursos de criar, tanto quanto o leme de proporções reduzidas foi instalado para conduzir.
A língua detém a centelha divina do verbo, mas o homem, de modo geral, constuma desviá-la de sua função edificante, situando-a no pântano de cogitações subalternas e, por isto mesmo, vemo-la à frente de quase todos os desvarios da humanidade sofredora, cristalizada em propósitos mesquinhos, à mingua de humildade e amor.
Nasce a guerra da linguagem dos interesses criminosos, insatisfeitos. As grandes tragédias sociais se originam, em muitas ocasiões, da conversação dos sentimentos inferiores.
Poucas vezes a língua do homem há consolado e edificado os seus irmãos; reconheçamos, porém, que a sua disposição é sempre ativa para excitar, disputar, deprimir, enxovalhar, acusar e ferir desapiedadamente.
O discípulo sincero encontra nos apontamentos de Tiago uma tese brilhante para todas as suas experiências. E, quando chegue a noite de cada dia, é justo interrogue a si mesmo: – “Terei hoje utilizado a minha língua, com Jesus utilizou a dele?”
do livro Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Ed. FEB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário