Para Sentir

“Só devemos dizer aquilo que o coração pode testificar mediante atos sinceros, porque, de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia.”

Texto extraído do livro BOA NOVA, Lição 10 – O Perdão - Psicografia de Francisco Cândido Xavier, por Humberto de Campos

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

 Acalma os anseios de mudanças constantes. Deus te colocou no melhor lugar para o teu progresso moral e espiritual. O lar que tens, o trabalho em que te encontras, a cidade onde resides, são oportunidades de treinamento para a tua evolução. "Pedra que rola não cria limo" - afirma o brocardo popular. Quem sempre está de mudança não amadurece nem realiza bem coisa alguma. Cumpre a tarefa onde estejas, e, no momento próprio, após acurada meditação, toma o teu rumo definitivo.


(Joanna de Ângelis, in Vida Feliz)

 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Coerência e Firmeza

 

Comporta-te com a mesma firmeza e dignidade, quando a sós ou na multidão, no lar ou fora dele.

O homem de bem é sempre o mesmo, não possuindo duas faces morais.

Trabalhando-te interiormente, fixarás os ideais de enobrecimento nos atos, que se exteriorizarão, sempre iguais, nas mais variadas situações.

O homem consciente das suas responsabilidades tem uma só conduta, seja na vida privada ou na pública, caracterizando-se pela retidão, que lhe expressa a grandeza do ideal esposado.

Se adquires o hábito da dissimulação, em breve derraparás na hipocrisia e na pusilanimidade.

Exercitando-te na concentração dos pensamentos superiores, eles fluirão pelos teus atos no lar, no serviço e nas horas de recreio.

O lar é a sociedade miniaturizada nas fronteiras domésticas.

Aí se forjam os valores indispensáveis para o crescimento intelecto-moral do indivíduo, preparando-o para o mundo.

 

*

 

Sê refratário à lisonja.

Prefere uma verdade ácida a uma mentira adocicada.

O lisonjeador é desonesto com aquele a quem elogia.

Interrompe-lhe a insinuação perturbadora, que te atribui valores que não possuis.

Sê, então, coerente, em todos os atos, não amparando o vício, nem passando recibo em favor da fraude, das posturas reprocháveis.

Talvez não mudes o mundo.

Se, no entanto, te tornares melhor, o mundo se terá renovado com disposições superiores para o fanal da fraternidade e da paz.


(texto nº 38 do livro Episódios Diários de Divaldo P. Franco e Joanna de Ângelis)

Siga Feliz

 

Viva em paz com a sua consciência.
Sempre que você se compare com alguém, evite orgulho e desprezo, reconhecendo que em todos os lugares existem criaturas, acima ou
abaixo de sua posição. Consagre-se ao trabalho que abraçou
realizando com ele o melhor que você possa, no apoio ao bem comum.
Trate o seu corpo na condição de primoroso instrumento, ao qual
se deve a maior atenção no desempenho da própria tarefa.
Ainda que se veja sob graves ofensas, não guarde ressentimento,
observando que somos todos, os espíritos em evolução na Terra,
suscetíveis de errar.
Cultive sinceridade com bondade para que a franqueza agressiva
não lhe estrague belos momentos no mundo. Procure companhias que
lhe possam doar melhoria de espírito e nobreza de sentimentos.
Converse humanizando ou elevando aquilo que se fala.
Não exija da vida aquilo que a vida ainda não lhe deu, mas siga
em frente no esforço de merecer a realização dos seus ideais.
E, trabalhando e servindo sempre você obterá prodígios, no tempo,
com a bênção de Deus.


(André Luiz - psicografado por Chico Xavier em 17/01/77)

 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

A Mágoa

 

À semelhança de ácido que corrói a superfície na qual se encontra, a mágoa desgasta, a pouco e pouco, as peças delicadas das engrenagens orgânicas do homem, destrambelhando-lhe os equipamentos muito delicados da organização psíquica.

A mágoa é conselheira impiedosa e artesã de males cujos efeitos são imprevisíveis.

Penetra no âmago do ser e envenena-o, impedindo-lhe o recebimento dos socorros do otimismo, da esperança e da boa vontade em relação aos fatores que o maceram.

Instalando-se, arma a sua vítima de impiedade e rancor, levando-a a atitudes desesperadas, desde que lhe satisfaça a programação vil.

Exala amargura e desconforto, expulsando as pessoas que intentam contribuir para a mudança de estado, graças às altas cargas vibratórias negativas, que exteriorizam mau humor e azedume.

 

*

 

Quem acumula mágoas, coleciona lixo mental.

Reage às tentativas de alojamento da mágoa nos teus sentimentos.

Não estás, no mundo, por acaso, antes, com  finalidades adredemente estabelecidas que deves atender.

Acompanha a marcha do Sol, e enriquece-te de luz, não mergulhando na sombra dos ressentimentos destrutivos.

Sorri ante o infortúnio, agradecendo a oportunidade de superá-lo através dos valores éticos e educativos que já possuis, poupando-te à consumpção de que é portadora a mágoa.


(texto nº 22 do livro Episódios Diários de Divaldo P. Franco e espírito Joanna de Ângelis)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Não Lamente!

Você foi injustiçado no passado?  

Esqueça! Levante-se! Caminhe!  

Não adianta ficar lamentando o leite derramado. 

Enquanto você lamenta, o tempo vai passando, e sua vida fica parada.  

Não queira ser eterna vítima, para atrair a compaixão e o consolo dos outros. 

Assim você não atrai ninguém. 

Pelo contrário: perde até os amigos. 

Seja inteligente!  Aceite os desafios. 

Reconstrua sua vida. 

Vencer não é passar pela vida sem ter obstáculos, mas superar os obstáculos. 

Não desanime. 

Cada manhã é nova esperança.


(P. Luis Cechinato)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Ante a Calúnia

  

É inevitável ser vítima da calúnia, que faz parte do orçamento moral de muitas pessoas, a fim de ser apresentada no mercado da leviandade humana.

Muitos se comprazem em urdi-la e desferi-la, por inveja, ciúme ou, simplesmente, por doença moral.

Outros se encarregam de divulgá-la, alegrando-se em fazê-lo, porque também atormentados.

 

*

 

Não sintonizes com aqueles que vivem nessa faixa.

Igualmente não te permitas atingir pelas farpas caluniosas que te arrojam.

Vive de tal forma, que o caluniador fique desmoralizado por falta de provas.

Cada dia é lição que se transforma em vida, ao longo do teu caminho eterno.

Diariamente surgem episódios de calúnia, intentando alcançar alguém.

Assim, perdoa o caluniador. Ele não fugirá de si mesmo.

 

*

 

Contam que uma caluniadora buscou o seu confessor e narrou, arrependida, a sua insensatez.

Pedindo a absolvição para o triste delito, perguntou ao ouvinte atento qual era a sua penitência.

Aquele reflexionou e pediu-lhe que fosse ao lar e trouxesse uma almofada de plumas, subisse à torre da igreja e dali as espalhasse ao vento com máximo cuidado, e, após, viesse receber a competente liberação.

Tão logo terminou de fazê-lo, a confessa retornou e perguntou:

— E agora?

— Volta lá — respondeu o sacerdote — recolhe todas as plumas e refaze a almofada.

A calúnia são plumas ao vento que vão sempre adiante para a amargura do caluniador.


(texto nº 30 do livro Episódios Diários de Divaldo P. Franco e espirito Joanna de Ângelis)

sábado, 13 de fevereiro de 2021

A Vivência

Nós somos todos enfermos e poucos têm vontade de curar-se.

Alegam a cruz pesada nos ombros, porém, permanecem parados, e aí ela pesa mais.

O movimento é princípio de libertação.
Andemos com os nossos fardos sem reclamar, que eles se tornarão leves. Mesmo que as dores nos imobilizem em cima de um catre, mostremos fortaleza espiritual e deixemos, nas nossas conversações, transparecer o amor e a gratidão por todos os que estão nos ajudando a melhorar.
A dor, os problemas, enfim, todos os tipos de infortúnios, vêm nos provar o que aprendemos.

Estamos constantemente com a cabeça cheia de teorias de todas as formas. Estamos com os ouvidos carregados de conceitos e com a consciência amontoando um celeiro de advertências.

Entretanto, esquecemo-nos da melhor parte: A VIVÊNCIA.
E quando ela demora a aparecer, surge na pauta da nossa vida a dor, com inúmeras modalidades, para que despertemos o jovem dentro do ancião.

 

"Cirurgia Moral" -  Lancellin/João Nunes Maia

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Necessário e Dispensável

 

O consumismo atual responde por muitos problemas.

As indústrias do supérfluo apresentam no mercado da vacuidade um sem-número de produtos desnecessários, que aturdem os indivíduos.

Estimulados pela propaganda bem elaborada, desejam comprar, mesmo sem poder, o que vêem, o que lhes é apresentado, numa volúpia crescente.

Objetos e máquinas que são o último modelo, em pouco tempo passam para o penúltimo lugar, até ficarem esquecidos em armários ou depósitos de coisas sem valor.

No entanto, se não fossem adquiridos, naquela ocasião, a vida perderia o sentido para quem os não comprasse.

Consumismo é fantasia, transferência do necessário para o secundário.

O consumidor que não reflete antes de adquirir, termina consumido pelas dívidas que o atormentam.

 

*

 

Muita gente faz compras, por mecanismos de evasão.

Insatisfeitas consigo mesmas, fogem adquirindo coisas mortas, e mais se perturbando.

Enquanto grande número de indivíduos se afogam no oceano do supérfluo, multidões inteiras não possuem o indispensável para uma vida digna.

Abarrotados, uns, com coisas nenhumas, e outros vitimados por terrível escassez.

São os paradoxos do século e do comportamento materialista-utilitarista da atualidade.

 

*

 

Confere a necessidade legítima, antes de te permitires o consumismo.

Coisas de fora não equacionam estados íntimos. Distraem a tensão por um momento, sem que operem real modificação interior.

Quando o excesso te visite, reparte-o com a escassez ao teu lado.

Controla e dirige a tua vontade, a fim de não seres uma vítima a mais do tormento consumista.

 

(texto nª 25 do livro Episódios Diários de Divaldo P. Franco e o espírito Joanna de Ângelis)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Filosofia e Compreensão

             No transcurso de um dia, não faltam motivos para revides, agressões, quedas morais.  Uma pessoa desatenta choca-se contigo e não se desculpa.

Outra, irreverente, diz-te um doesto e segue, sorrindo.

Mais alguém, em desequilíbrio, não oculta a animosidade que lhe inspiras.

Outrem mais, de quem sabes que te censura, e, mentindo contra ti, acusa-te, levianamente...

Tens vontade de reagir.

“Também sou humano” — costumas pensar.

Somente que reações semelhantes àquelas não resolvem o problema.

Deves nivelar-te às pessoas, pelas suas conquistas e títulos de enobrecimento, numa linha superior, e não pela sua mesquinhez.

Ninguém passa, na Terra, sem provar a taça da incompreensão.

Cada qual julga os outros pelos próprios critérios, mediante a sua forma de ser, como é natural.

O que se não possui, é desconhecido; portanto, difícil de identificado noutrem.

 

*

 

Não é necessário que se te despersonalizes evitando apresentar-te conforme és.

Faz-se mister que te superes vencendo a parte negativa do teu caráter, aquela que censuras nos outros.

Lapidando as tuas arestas, tornar-te-ás melhor e mais feliz.

Aqueles que são exigentes, que gostam de aclarar tudo, resolver as situações que lhes surgem, padecem de distúrbios emocionais, sofrem ulcerações gástricas e duodenais, vivem indispostos.

Será que esses perturbadores e insolentes do caminho merecem que te desarmonizes?

Segue em paz, durante todo o teu dia, e arrima-te na filosofia da compreensão e da solidariedade, ajudando-os, sem reagires contra eles.

Isto será melhor para ti e para todos.

 

(texto nº 26 do livro Episódios Diários de Divaldo P. Franco e espírtito Joanna de Ângelis)

Acréscimo

 

O ensinamento do Cristo "e aquele que mais possuir, mais lhe será acrescentado" indubitavelmente é a enunciação de uma das leis mais simples que nos regem a existência.
O princípio da reciprocidade vibra em todos os acontecimentos e em todas as coisas.
Tudo tende a crescer, depois de começado.
Pensai no Bem, materializando-o em vossa estrada e os patrimônios do Bem crescerão em vosso caminho.
Procurai o direito, cada dia, e a justiça vos coroará a existência.
Desenvolvei os vossos cabedais de simpatia e gradativamente o barco de vossas experiências navegará sobre o admirável rio da solidariedade.
Colaborai de boa vontade e a cooperação de muitos ou de todos virá em vosso auxílio.
Buscai o aprendizado e o tesouro da sabedoria vos enriquecerá de cultura e felicidade.
Mas, também, se acreditardes na doença, os males do vosso corpo se dilatarão indefinidamente.
Se vos detiverdes no mal, não conseguireis enxergar o Bem.
Se vos internardes pelo terreno baldio da queixa, em breve, vos achareis mergulhados no charco de compridas lamentações.
Se apenas contemplardes os maus homens, depressa convivereis com os piores exemplares da espécie humana.
Se a dúvida é a vossa atitude de cada dia, rapidamente alcançareis a noite fria da negação.
Se vos confiardes ao mal, sem perda de tempo, o mal vos dominará.
Tudo seguirá amanhã como iniciamos hoje.
A vida nos responde segundo os nossos desejos.
Qualquer realização será levada a efeito conforme pensamos.
Acautelemo-nos, portanto, com a nossa imaginação e com os nossos propósitos, porque, de conformidade com o nosso "agora", seremos acrescentados "depois".


(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel, in: Mentores e Seareiros)

 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Adversidades e Insucessos


Todos nos encontramos sujeitos ao que se convencionou chamar adversidade.

Uma tragédia, uma ocorrência marcante pela dor que produz, um acontecimento nefasto, a perda de uma pessoa querida, constituem infortúnios que maceram.

Prejuízos financeiros, danos morais, enfermidades catalogadas como irreversíveis, são adversidades desastrosas em muitas existências.

No entanto, se fosse encarada a vida sob o ponto de vista espiritual, o homem compreenderia a razão de tais insucessos e não se entregaria a desastres mais graves, quais a loucura e o suicídio, a fuga pelo álcool ou pelos tóxicos...

A existência física não transcorre qual nau sem rumo em mar encapelado.

Os atos anteriores e a conduta atual são-lhe mapa e rota para chegar ao destino pelo qual o indivíduo opta.

Realmente desastrosos são os males que se praticam em relação ao próximo, pois que eles irão fomentar as adversidades de amanhã, que são os inadiáveis resgates do infrator.

 

*

 

Trabalha para te impedires infortúnios, especialmente os atuais, que defluem da insensatez, da malversação de valores, da malquerença. Entretanto, se fores colhido por insucesso de qualquer natureza ou algum sinistro, assume um comportamento de equilíbrio e enfrenta-os com serenidade.

Tudo passa, às vezes, mais rápido do que se espera.

Contorna os danos causados e, se estiveres ferido no sentimento, confia no tempo, que te pensará a chaga, ajudando-te a sair do embate mais forte e com visão mais clara a respeito da vida.

Em qualquer circunstância, projeta-te mentalmente na direção do amanhã, vendo-te feliz como gostarás de estar.

Com essa imagem positiva avança, superando o primeiro momento inditoso e o próximo, passo a passo, e te surpreenderás vitorioso, no alvo almejado.


(Texto nº 34 do livro Episódios Diarios de Divaldo P. Franco pelo espírito Joanna de Ângelis)

  

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Na Arena da Evolução

Sob a infecção mental do pessimismo, afirma-te, por vezes, irremediavelmente, cansado, à frente da luta e proclamas, tanta vez, em desânimo e desespero, que a Terra se converteu em charco de podridão; que a sociedade é um jogo de máscaras; que a honestidade foi banida do mundo; que os maus tripudiam, impunes, sobre o amor dos bons; que a crueldade é a norma da vida; que cataclismos diversos tombarão no horizonte, incendiando a atmosfera de que os homens se nutrem e dizes desalentado que te apartaste da confiança, que perdeste a fé; que não tornarás ao prazer de servir; que não te estenderás o coração ao culto do amor e que te retirarás da arena qual soldado rebelde, fugindo à própria luta.

*

         Entretanto, ao contrário de tua assertiva, a Eterna providência não descrê de nossa alma e renova-nos, cada dia, a oportunidade de crescimento e sublimação.

*

         Cada manhã, volves ao corpo que te suporta a intemperança e recebes a bênção do sol que te convida ao trabalho, a palavra do amigo que te induz à esperança, o apoio constante da Natureza, o reencontro com os desafetos pata que aprendas a converte-los em laços de beleza e harmonia,e, sobretudo, a graça de lutar, por teu próprio aprimoramento, a fim de que o tempo te erga à vitória do Bem.

*

         Não te rendas, portanto, ao derrotismo e à dúvida que te lançam na sombra, porque, além do tormento a que o homem se atira, teimoso e imprevidente, Deus permanece em paz, acendendo as estrelas e unindo as gotas d’água para que todos nós possamos elevar-nos dos abismos da treva para os Cimos da Luz.

        

De "Alma e Luz", de Francisco Cândido Xavier

Emmanuel