No transcurso
de um dia, não faltam motivos para revides, agressões, quedas morais. Uma pessoa
desatenta choca-se contigo e não se desculpa.
Outra,
irreverente, diz-te um doesto e segue, sorrindo.
Mais alguém,
em desequilíbrio, não oculta a animosidade que lhe inspiras.
Outrem mais,
de quem sabes que te censura, e, mentindo contra ti, acusa-te, levianamente...
Tens vontade
de reagir.
“Também sou
humano” — costumas pensar.
Somente que
reações semelhantes àquelas não resolvem o problema.
Deves
nivelar-te às pessoas, pelas suas conquistas e títulos de enobrecimento, numa
linha superior, e não pela sua mesquinhez.
Ninguém
passa, na Terra, sem provar a taça da incompreensão.
Cada qual
julga os outros pelos próprios critérios, mediante a sua forma de ser, como é
natural.
O que se não
possui, é desconhecido; portanto, difícil de identificado noutrem.
*
Não é
necessário que se te despersonalizes evitando apresentar-te conforme és.
Faz-se mister
que te superes vencendo a parte negativa do teu caráter, aquela que censuras
nos outros.
Lapidando as
tuas arestas, tornar-te-ás melhor e mais feliz.
Aqueles que
são exigentes, que gostam de aclarar tudo, resolver as situações que lhes
surgem, padecem de distúrbios emocionais, sofrem ulcerações gástricas e
duodenais, vivem indispostos.
Será que
esses perturbadores e insolentes do caminho merecem que te desarmonizes?
Segue em paz,
durante todo o teu dia, e arrima-te na filosofia da compreensão e da
solidariedade, ajudando-os, sem reagires contra eles.
Isto será
melhor para ti e para todos.
(texto nº 26 do livro Episódios Diários de Divaldo P. Franco e espírtito Joanna de Ângelis)