"Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, amor e moderação." - Paulo. (II TIMÓTEO, 1:7.)
Não faltam recursos de trabalho espiritual a todo irmão que deseje reerguer-se, aprimorar-se, elevar-se.
Lacunas e necessidades, problemas e obstáculos desafiam o espírito de serviço dos companheiros de fé, em toda parte.
A ignorância pede instrutores, a dor reclama enfermeiros, o desespero suplica orientadores.
Onde, porém, os que procuram abraçar o trabalho por amor de servir?
Com raras exceções, observamos, na maioria das vezes, a fuga, o pretexto, o retraimento.
Aqui, há temor de responsabilidade; ali, receios da crítica; acolá, pavor de iniciativa a benefício de todos. Como poderá o artista fazer ouvir a beleza da melodia se lhe foge o instrumento? Nesse caso. temos em Jesus o artista divino e em nós outros, encarnados e
desencarnados, os instrumentos dEle para a eterna melodia do bem no mundo. Se algemamos o coração ao medo de trabalhar em benefício coletivo, como
encontrar serviço feito que tranqüilize e ajude a nós mesmos? como recolher felicidade que não semeamos ou amealhar dons de que nos afastamos suspeitosos? Onde esteja a possibilidade de sermos úteis, avancemos, de ânimo forte, para a
frente, construindo o bem, ainda que defrontados pela ironia, pela frieza ou pela
ingratidão, porque, conforme a palavra iluminada do apóstolo aos gentios, "Deus não nos
deu o espírito de temor, mas de fortaleza, amor e moderação". 38 32 EM NOSSA LUTA "Segundo o poder que o Senhor me deu para edificação, e não para destruição." - Paulo. (II CORÍNTIOS, 13:10.) Em nossa luta diária, tenhamos suficiente cuidado no uso dos poderes que nos
foram emprestados pelo Senhor. A ideia de destruição assalta-nos a mente em ocasiões incontáveis. Associações de forças menos esclarecidas no bem e na verdade? Somos tentados a movimentar processos de aniquilamento. Companheiros menos desejáveis nos trabalhos de cada dia? Intentamos abandona-los de vez. Cooperadores endurecidos? Deixa-los ao desamparo. Manifestações apaixonadas, em desacordo com os imperativos da prudência evangélica?
Nossos ímpetos iniciais resumem-se a propósitos de sufocação violenta.
Algo que nos contrarie as ideias e os programas pessoais?
Nossa intolerância cristalizada reclama destruição.
Entretanto, qual a finalidade dos poderes que repousam em nossas mãos, em nome do Divino Doador?
Responde-nos Paulo de Tarso, com muita propriedade, esclarecendo-nos que recebeu faculdades do Senhor para edificar e não para destruir.
Não estamos na obra do mundo para aniquilar o que é imperfeito, mas para completar o que se encontra inacabado.
Renovemos para o bem, transformemos para a luz.
O Supremo Pai não nos concede poderes para disseminarmos a morte. Nossa missão é de amor infatigável para a Vida Abundante.
do livro Vinha de Luz – Psicografia: Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Ed. FEB.
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