Por Emmanuel
Não bastará desculpar aos que nos ofendem, simples-mente com os lábios. É imprescindível que o nosso coração participe de semelhante atitude.
Não bastará, porém, que o sentimento se associe ao trabalho do perdão. É preciso esquecer todo o mal.
Contudo, não basta, ainda, que olvidemos o assalto, a pedrada, a calúnia, o golpe, a incompreensão ou a ingratidão. É necessário agir com o bem, auxiliando direta ou indiretamente aos que nos feriram...
Através da prece que ajuda em silêncio...
Por intermédio de nova sementeira de fraternidade e simpatia...
Pelas referências amigas ou pelo estímulo edificante...
Através da compreensão.
Por intermédio da boa vontade.
Pela demonstração de entendimento e confiança.
O inimigo, em qualquer caso, é terreno que precisamos recuperar para o plantio de nossa felicidade porvindoura.
A discórdia é espinheiro.
A desarmonia é perturbação.
O ódio é veneno.
A antipatia é delituosa displicência.
Não basta, pois, que nos desvencilhemos daqueles que nos incomodam, através da caridade fácil ou da palavra brilhante. É indispensável saibamos caminhar com eles, incentivando-lhes o soerguimento ou a elevação, a fim de que estejamos efetivamente no desempenho da Vontade do Senhor, onde estivermos.
Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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