Por Agar
Esqueçamos nossos desejos, muitas vezes perniciosos e perturbadores, a fim de que a luta edificante se processe, como quer o Senhor, à distância de nossa inoportuna interferência.
Surge a noite tenebrosa, mas para que novo dia apareça no firmamento.
Ruge a tempestade, mas para que a atmosfera se purifique.
Caem marteladas sobre a pedra, mas para que a pedra se transforme em utilidade e beleza.
Formam-se nuvens no céu, mas para que a chuva nos alimente e beneficie.
As águas do aluvião se represam, além do rio, dando lugar a pântanos infelizes, mas para que a terra seja adubada e enriquecida.
Manifesta-se a doença no corpo, mas para curar as extravagâncias de nossa alma imprevidente.
Busquemos a vontade do Senhor, aprendendo a não perturbá-la.
A ignorância e a miséria, a maldade e a incompreensão vos visitam a porta, a fim de que pratiquemos o bem, segundo os ditames da Providência Divina.
Não menosprezes a tua oportunidade de ajudar e cooperar.
Atender às obrigações da reta consciência é nosso dever mais simples.
Servir sempre é a nossa gloriosa destinação.
Apaguem-se, pois, os pruridos de nossa personalidade incompleta e deseducada, a fim de que o mundo caminhe e a fim de que a nossa estrada se desdobre como quer o Senhor.
Do livro “Cartas do Coração”. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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