Para Sentir

“Só devemos dizer aquilo que o coração pode testificar mediante atos sinceros, porque, de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia.”

Texto extraído do livro BOA NOVA, Lição 10 – O Perdão - Psicografia de Francisco Cândido Xavier, por Humberto de Campos

quinta-feira, 29 de março de 2012

DEFENDA-SE

Não converta seus ouvidos num paiol de boatos.
A intriga é uma víbora que se aninhará em sua alma.
Não transforme seus olhos em óculos da maledicência.
As imagens que você corromper viverão corruptas na tela de sua mente.
Não faça de suas mãos lanças para lutar sem proveito.
Use-as na sementeira do bem.
Não menospreze suas faculdades criadoras, centralizando-as nos prazeres fáceis.
Você responderá pelo que fizer delas.
Não condene sua imaginação às excitações permanentes.
Suas criações inferiores atormentarão seu mundo íntimo.
Não conduza seus sentimentos à volúpia de sofrer.
Ensine-os a gozar o prazer de servir.
Não procure o caminho do paraíso, indicando aos outros a estrada para o inferno.
A senda para o Céu será construída dentro de você mesmo.
André Luiz

quarta-feira, 28 de março de 2012

RECUPERAÇÃO

Por Emmanuel

Não bastará desculpar aos que nos ofendem, simples-mente com os lábios. É imprescindível que o nosso coração participe de semelhante atitude.

Não bastará, porém, que o sentimento se associe ao trabalho do perdão. É preciso esquecer todo o mal.

Contudo, não basta, ainda, que olvidemos o assalto, a pedrada, a calúnia, o golpe, a incompreensão ou a ingratidão. É necessário agir com o bem, auxiliando direta ou indiretamente aos que nos feriram...

Através da prece que ajuda em silêncio...

Por intermédio de nova sementeira de fraternidade e simpatia...

Pelas referências amigas ou pelo estímulo edificante...

Através da compreensão.

Por intermédio da boa vontade.

Pela demonstração de entendimento e confiança.

O inimigo, em qualquer caso, é terreno que precisamos recuperar para o plantio de nossa felicidade porvindoura.

A discórdia é espinheiro.

A desarmonia é perturbação.

O ódio é veneno.

A antipatia é delituosa displicência.

Não basta, pois, que nos desvencilhemos daqueles que nos incomodam, através da caridade fácil ou da palavra brilhante. É indispensável saibamos caminhar com eles, incentivando-lhes o soerguimento ou a elevação, a fim de que estejamos efetivamente no desempenho da Vontade do Senhor, onde estivermos.

Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 26 de março de 2012

A QUEM AUXILIAR?

Por Arnold Souza

Meu caro irmão,

Jesus nos fortaleça.

Ainda e sempre, meu amigo, aprendamos a servir aos outros para auxiliar a nós mesmos.

Não te detenhas sobre o exame da chaga, do espinheiro, da cicatriz ou do pântano.

A verdade somente resplandece quando erguida pelas mãos da caridade à maneira de luz divina sobre o pedestal do amor verdadeiro.

Compreendamos e ajudemos.

O rico exige a nossa cooperação por achar-se ameaçado de sombras.

O pobre reclama o nosso concurso fraterno, por encontrar-se à beira da desesperação.

O velho necessita reconforto e carinho.

O jovem carece de conselho e bondade.

O mau espera por nosso entendimento e contribuição para fazer-se melhor.

O bom naturalmente conta com a nossa colaboração de modo e não perder-se sob os charcos da lisonja e da vaidade.

A alegria espera por nossa ajuda, a fim de moderar-se. A tristeza clama por nosso auxílio, de modo a transformar-se em conformação.

A ignorância pede compaixão ativa, de maneira a desobscurecer-se e a ciência exige a nossa cooperação para não desmandar-se.

E nós mesmos, meu irmão, a cada passo, precisamos de tolerância e estímulo, ternura e generosidade.

Por muitos venhamos a avançar na senda do progresso, nunca prescindiremos da gota d’água que nos dessedente, do pão que nos sacie, do lar que nos agasalhe, do amigo que nos compreenda e perdoe.

Que o Cristo seja realmente o Mestre da nossa vida em nosso próprio coração e que na posição de aprendizes d’Ele possamos caminhar para a frente, cada vez mais identificados com o silêncio de Deus e distraídos do barulho dos homens, a fim de que a nossa jornada, em nome do Evangelho, constitua, efetivamente, a sublime sementeira da Luz.

Do livro “Cartas do Coração”. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 23 de março de 2012

EGOÍSMO

Por André Luiz

Em todos os lances da evolução, seremos defrontados pelo egoísmo a entravar-nos o passo.

É sombra em nosso sentimento em forma de vaidade e tóxico em nosso raciocínio na feição de orgulho.

É veneno em nosso coração sob a máscara do crime e fogo em nossa alma, sob a capa agressiva da revolta.

É incêndio em nosso peito, sob a tempestade da cólera e gelo em nossas mãos, sob a inércia da preguiça.

Aparece em todas as fases do dia, ora sob a faixa do desculpismo de variados matizes, ora sob os mil modos com que apresentamos a nossa deserção da luta santificante.

Desvairado apego ao nosso "eu", o egoísmo, sem dúvida, é treva da ignorância ocultando-nos o caminho real de nossos deveres à frente da imortalidade sublime.

Se desejamos efetivamente alcançar a bendita claridade da ascensão, abandonemo-lo aos resíduos da estrada e, fugindo ao circulo estreito de nossa personalidade, através da ação constante no bem, consagremo-nos à Vontade do Senhor - única fórmula de libertação que nos conduzirá à felicidade verdadeira.

Cultivemos a boa vontade, a compreensão e a simpatia. E, aprendendo a servir sem descansar, seguiremos do vale escuro da ignorância para os cimos da vida, onde nos esperam as alegrias eternas da sabedoria e do amor.

Do livro “Cartas do Coração”. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

COMO QUER O SENHOR

Por Agar  

Esqueçamos nossos desejos, muitas vezes perniciosos e perturbadores, a fim de que a luta edificante se processe, como quer o Senhor, à distância de nossa inoportuna interferência.

Surge a noite tenebrosa, mas para que novo dia apareça no firmamento.

Ruge a tempestade, mas para que a atmosfera se purifique.

Caem marteladas sobre a pedra, mas para que a pedra se transforme em utilidade e beleza.

Formam-se nuvens no céu, mas para que a chuva nos alimente e beneficie.

As águas do aluvião se represam, além do rio, dando lugar a pântanos infelizes, mas para que a terra seja adubada e enriquecida.

Manifesta-se a doença no corpo, mas para curar as extravagâncias de nossa alma imprevidente.

Busquemos a vontade do Senhor, aprendendo a não perturbá-la.

A ignorância e a miséria, a maldade e a incompreensão vos visitam a porta, a fim de que pratiquemos o bem, segundo os ditames da Providência Divina.

Não menosprezes a tua oportunidade de ajudar e cooperar.

Atender às obrigações da reta consciência é nosso dever mais simples.

Servir sempre é a nossa gloriosa destinação.

Apaguem-se, pois, os pruridos de nossa personalidade incompleta e deseducada, a fim de que o mundo caminhe e a fim de que a nossa estrada se desdobre como quer o Senhor.

Do livro “Cartas do Coração”. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 21 de março de 2012

O CELESTE DESAFIO

Por Meimei

É fácil aplaudir o bem e exaltá-la nos minutos felizes do mundo.

Quem não saberá partilhar a ventura do amigo e embriagar-se de júbilo na companhia de um coração amado?

Mas transformar o adversário em irmão, convertendo a treva em luz e o ódio em amor, constitui serviço sacrificial que somente os espíritos valorosos e heróicos conseguem realizar.

É, por isso, que a exemplificação do Cristo é celestial desafio à nossa alma.

Podendo resplandecer, apagou-se ao olhar dos homens.

Com infinitos recursos de mandar, preferiu obedecer.

Dispondo de imensas legiões de trabalhadores, consagrou-se, ele mesmo, ao serviço comum.

Rei divino, fez-se escravo, lavando os pés dos próprios discípulos.

Justo Juiz, quando acusado indevidamente, ao invés de reclamar e justificar-se, escolheu o silêncio por norma de ação.

Senhor da Vida Eterna, julgou mais acertado imolar-se na cruz, submetendo-se às sombras da morte, que disputar com os homens que Ele se propunha ajudar e salvar.

Procuremos, assim, acompanhar o Senhor, embora as aflições do caminho estreito, porque somente aprendendo e trabalhando, amando e servindo é que seguiremos no roteiro de ascensão que Jesus nos legou.

Do livro “Cartas do Coração”. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 20 de março de 2012

Cuidando do corpo

Nota: Ótima mensagem a respeito dos cuidados que deveríamos ter com nosso corpo. É verdade que nos dias de hj é de fato difícil manter a serenidade necessaria para que tudo flua tranquilamente em nosso templo, mas devemos tentar sempre e assim, quem sabe, alcançamos o tão sonhado equilíbrio!

Deepak Chopra é médico formado na Índia, com especialização em Endocrinologia nos Estados Unidos, onde está radicado desde a década de setenta.

Filósofo de reputação internacional, já escreveu mais de três dezenas de livros, sendo um dos mais respeitados pensadores da atualidade.

A respeito do ser humano saudável, ele escreveu: Somos as únicas criaturas na face da Terra capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos!

Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificadas por eles.

Um surto de depressão pode arrasar nosso sistema imunológico.

Apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente.

A alegria e a realização nos mantêm saudáveis e prolongam a vida.

A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse.

Nossas células estão constantemente processando as experiências e metabolizando-as, de acordo com nossos pontos de vista pessoais.

Quando nos deprimimos por causa da perda de um emprego, projetamos tristeza por toda parte no corpo. A produção de neurotransmissores, por parte do cérebro, se reduz. Baixa o nível de hormônios. O ciclo de sono é interrompido.

As plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos. Os receptores neuropeptídicos, na superfície externa das células da pele, se tornam distorcidos.

E, até nossas lágrimas passam a conter traços químicos diferentes das lágrimas de alegria.

Contudo, nosso perfil bioquímico é alterado, quando nos encontramos em nova posição.

A ansiedade por causa de um exame acaba passando, assim como a depressão por causa de um emprego perdido.

Assim, se desejamos saber como está nosso corpo hoje, basta que nos recordemos do que pensamos ontem.

Se desejamos saber como estará nosso corpo amanhã, será suficiente que examinemos nossos pensamentos hoje.

Abrir nosso coração para a alegria, às coisas positivas é medida salutar. Se desejamos gozar de saúde física, principiemos a mudar nossa maneira de pensar.

Não foi por outro motivo que o Celeste Médico das nossas almas, conhecedor profundo de todas as leis que regem nosso planeta, foi pródigo em exortações como:

Não vos inquieteis, dizendo: "Que comeremos" ou "Que beberemos", ou "Que vestiremos"?

Pois estas coisas os gentios buscam. De fato, vosso Pai Celestial sabe que necessitais de todas estas coisas.

Portanto, não vos inquieteis com o amanhã, pois o amanhã se inquietará consigo mesmo! Basta a cada dia o seu mal. Com isso, recomendava que não nos deixássemos abraçar pela ansiedade.

E mais: Andai como filhos da luz.

Ora, os filhos da luz iluminam, vibram positivamente, porque luz tem a ver com tudo de bom.

Pensemos nisso e cultivemos saúde física. Afinal, necessitamos de um corpo saudável para bem atender os compromissos que nos cabem.

Que se diria de quem não cuidasse de seu instrumento de trabalho?

Redação do Momento Espírita, com dizeres do texto Mutantes, de

Deepak Chopra e dos versículos 31, 32 e 34 do cap. 6 do Evangelho de Mateus. Em 19.03.2012.

segunda-feira, 19 de março de 2012

NO GRANDE CAMINHO

Por Meimei

Somos viajares que chegam de longe...

Reagrupados no templo da família ou no campo social, achamo-nos, à frente uns dos outros, com sagrados imperativos no reajuste.

Disfarça-nos o manto da carne, mas as circunstâncias reaproximam-nos.

E, irresistivelmente, somos convocados a recapitular velhas experiências que nos pareciam definitivamente encerradas.

Laços de afeição e ódio encadeiam-nos, de novo, nos interesses mútuos e, quase sempre, incêndios devastadores nos agitam a alma, atingindo-nos os recônditos do ser, competindo-nos à revisão de nossos próprios valores.

Que seria de nós, sem o bálsamo da tolerância e sem o alimento da fraternidade?

Só o esquecimento do mal consegue pacificar o terreno revolto de nosso espírito, possibilitando novas plantações.

Só a compreensão é capaz de realizar o milagre de nossa resistência na subida escabrosa.

Assim, pois, não nos esqueçamos do perdão que apaga todas as culpas, incentivando o bem que nos renova o ser, convertendo-nos, enfim, em verdadeiros instrumentos da Divina Vontade do Mestre e Senhor.

Do livro “Cartas do Coração”. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 16 de março de 2012

SEM DINHEIRO

Por Olivia

Não esperes pelo dinheiro a fim de auxiliar.

Tens contigo tesouros de carinho e fraternidade que mal consegues perceber.

Onde permanece o ouro suscetível de comprar a amizade pura e fiel?

Que jóia haverá mais brilhante que a da frase estimulante e salvadora?

Que fortuna conseguirá adquirir a simpatia dos braços amigos que ajudam e servem?

Que moedas existirão sublimes e providenciais como os gestos de boa vontade e cooperação em nossa luta?

Não te esqueças do sorriso amigo com que podes imitar o raio de sol.

Há corações frios e escuros como as juras esquecidas da Terra e almas surgem, feridas e desoladas, que abandonariam prazeirosamente todos os cofres recheados de dinheiro do mundo para se confiarem simplesmente à ventura do entendimento e da harmonia com algum coração transviado e infeliz, nos velhos precipícios da ilusão!...

Não condiciones tua caridade ao peso de tua bolsa.

Muitas vezes a dádiva material desajuda na hora mais negra de quem padece e chora na carne, mas estejamos convencidos de que o amor auxilia sempre, porque no amor vibra, em cada instante, a luz de nossa esperança com a sementeira divina de nossa redenção.

Do livro “Cartas do Coração”. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 14 de março de 2012

SEMPRE ADIANTE

Por Emmanuel

“Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também escravo”. II Pedro, 2:9

O espírito encarnado, a fim de alcançar os altos objetivos da vida, precisa reconhecer sua condição de aprendiz, extraindo o proveito de cada experiência, sem escravizar-se.

O dinheiro ou a necessidade material, a doença e a saúde do corpo são condições educativas de imenso valor para os que saibam aproveitar o ensejo de elevação em sua essência legítima.

Infelizmente, porém, de maneira geral, a criatura apenas reconhece semelhantes verdades quando se abeira da transformação pela morte do corpo terrestre.

Raras pessoas transitam de uma situação para outra com a dignidade devida. Comumente, se um rico é transferido a lugar de escassez, dá-se a tão extremas lamentações que acaba vencido, como servo miserável da mendicância; se o pobre é conduzido a elevada posição financeira, não raro se transforma em ordenador insensato, escravizando-se à extravagância e à tirania.

É imprescindível muito cuidado para que as posições transitórias não paralisem os vôos da alma.

Guarda a retidão de consciência e atira-te ao trabalho edificante; então, a teus olhos, toda situação representará oportunidade de atingir o “mais alto” e o “mais além”.

Do livro “Cartas do Coração”. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 12 de março de 2012

O FARDO

Por Emmanuel

“Cada qual levará a sua própria carga”. Paulo. (Gálatas, 6:5).

Quando a ilusão o fizer sentir o peso do próprio sofrimento, como sendo opressivo e injusto, recorde que você não segue sozinho no grande roteiro.

Cada qual tolera a carga que lhe pertence.

Fardos existem de todos os tamanhos e feitios.

A responsabilidade do legislador.

A tortura do sacerdote.

A expectativa do coração materno.

A criança sem ninguém sofre seu pavor.

A indigência do enfermo desamparado.

O pavor da criança sem ninguém.

As chagas do corpo abatido.

Aprenda a entender o serviço e a luta dos semelhantes para que não te suponhas vítima ou herói num campo onde todos somos irmãos uns dos outros, mutuamente identificados pelas mesmas dificuldades, pelas mesmas dores e pelos mesmos sonhos.

Suporte com valor o fardo de tuas obrigações valorosamente e caminha.

Do acervo de pedra bruta nasce o ouro puro.

Do cascalho pesado emerge o diamante.

Do fardo que transportamos de boa vontade procedem as lições de que necessitamos para a vida maior.

Dirás, talvez impulsivamente: -“E o ímpio vitorioso, o mau coroado de respeito, e o gozador indiferente? Carregarão por ventura, alguma carga nos ombros?”.

Responderemos, no entanto, que provavelmente, viveram sob encargos mais pesados que os nossos, de vez que a impunidade não existe.

Se o suor alaga sua fronte e se a lágrima lhe visita o coração, é que a tua carga já se faz menos densa, convertendo-se, gradativamente, em luz para a sua ascensão.

Ainda que não possas marchar livremente com o teu fardo, avança com ele para a frente, mesmo que seja um milímetro por dia...

Lembra-te do madeiro afrontoso que dobrou os ombros doridos do Mestre. Sob os braços duros no lenho infamante, jaziam ocultas asas divinas da ressurreição para a divina imortalidade.

Do livro “Cartas do Coração”. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 9 de março de 2012

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

Por André Luiz

Não discuta. Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

Não critique. Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

Não reclame. Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

Não condene. Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

Não exija. Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

Não fuja. Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

Não se precipite. Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

Não tema. Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

Não se engane. Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

Não se entristeça. Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

Do livro “Cartas do Coração”. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 7 de março de 2012

DAI E DAR-SE-VOS Á

Por Emmanuel

“Dai e dar-se-vos-á”. Jesus – Lucas, 6:98

A idéia geralmente recolhida no ensinamento do “dai e dar-se-vos-á” é quase tão somente aquela que se reporta à caridade vulgar, às portas do Céu. Materializando algum benefício, sente-se o aprendiz na posição de credor das bênçãos divinas, candidatando-se à auréola de santidade, simplesmente porque haja cumprido algumas obrigações de solidariedade humana.

A afirmativa do Mestre, porém, expressa uma lei clara e precisa, a exteriorizar-se em efeitos tangíveis, cada dia.

Dai simpatia e dar-se-vos-á amizade.

Dai gentileza e dar-se-vos-á carinho.

Dai apreço e dar-se-vos-á respeito.

Dai secura e dar-se-vos-á dureza.

Dai espinhos e dar-se-vos-á espinheiro.

Dai estímulo ao bem e dar-se-vos-á alegria.

Dai entendimento e dar-se-vos-á confiança.

Dai esforço e dar-se-vos-á realização.

Dai cooperação e dar-se-vos-á auxílio.

Dai fraternidade e dar-se-vos-á amor.

Ninguém precisa desencarnar para encontrar a lei da retribuição.

Semelhante princípio funciona invariável em nossos passos habituais.

As horas no tempo são como as vagas no mar.

Fluxo e refluxo.

Ação e reação.

Retornará sempre a nós o que dermos de nós.

Se encontrais algo de anormal em vossa experiência comum, efetuai uma revisão das próprias atitudes.

Se alguma coisa vos contraria e desgosta, observai a vossa contribuição para o mundo e para as criaturas.

Indagamos de nós mesmos: – “que faço”, “como faço”, “por que faço”?

Recordemos que a vida está subordinada a leis que não engaremos.

Plantai e colhereis. Dai e dar-se-vos-á.

Do livro “Cartas do Coração”. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier..

segunda-feira, 5 de março de 2012

APRENDAMOS COM JESUS

Por Meimei

Pela ressurreição, a cruz é abençoado martírio.

Pela paz sublime da morte, as angústias da existência carnal são olvidadas.

Pelo ouro que transportam, as pedras se fazem preciosas.

Pela restituição da saúde, as chagas inspiram respeito.

Pelas flores, os acúleos, ainda que pontiagudos e venenosos, devem ser perdoados.

Pela dor, santificaremos o amor.

Pela renúncia, realizaremos a verdadeira conquista.

Há problemas e posições que não se modificam facilmente quando não sabemos ceder.

Aprendamos com o Cristo, que se confiou ao madeiro do estremo sacrifício como quem tudo perdia para finalmente tudo possuir na senda dos séculos. N'Ele, o nosso Mestre e Senhor, temos a diretriz, o conselho e o ensinamento.

Do livro “Cartas do Coração”. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Reflexões

por Adelaide Coutinho

De todas as dedicações terrestres, a mais sublime é aquela que, nasce do devotamento maternal.

Acompanhamos nossos filhos, por uma disposição indevassável de Deus, entre flores ou espinhos, entre luzes ou charcos, para darmos, em favor deles, o próprio coração.

Não existem dois tesouros no campo da alma.

Quem prefere as fantasias douradas da carne, cedo acorda aqui, em dolorosa e indefinível pobreza!

A fonte da graça espiritual é propriedade daqueles que, desde o mundo, se unem ao Senhor.

Nem sempre, enquanto nos demoramos no mundo, sabemos aproveitar a riqueza da fé!

Supomos que a religião é uma idéia que deve permanecer escravizada aos nossos caprichos e exigências, esperando que as suas forças representativas gravitem ao lado de nossos desejos.

Basta, porem, um passo além do túmulo, para compreendermos a verdade.

Se não lapidamos o coração, sobrevém para nós a tormenta.

São os votos mal cumpridos, as promessas olvidadas, as tarefas ao abandono, os compromissos relegados ao esquecimento e a ânsia doentia de colher sem plantar e de auferir lucros sem esforço, na grande jornada em que junto de nossos amigos e adversários, tanto poderíamos realizar em nosso proveito!

Bendigamos a luta!...

Sem ela – a energia viva que nos orienta para cima – que seria de nossas imperfeições? Que seria do ferro bruto sem o fogo da forja incandescente?

Ajudemo-nos uns aos outros com paciência.

Aqui reconhecemos, que mais vale sofrer e servir sem descanso, que regalar-se a alma no mundo, na expectativa injustificável de permanência num céu que devemos trabalhar, ainda muito, para merecer.

Do livro “Cartas do Coração”. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.