Para Sentir

“Só devemos dizer aquilo que o coração pode testificar mediante atos sinceros, porque, de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia.”

Texto extraído do livro BOA NOVA, Lição 10 – O Perdão - Psicografia de Francisco Cândido Xavier, por Humberto de Campos

quarta-feira, 27 de junho de 2012

SEMENTES ETERNAS

O pai e o filho trabalhavam a terra na qual plantavam toda sorte de alimentos, que garantiam a subsistência do pequeno grupo familiar.

O menino contava apenas sete anos e sua responsabilidade era caminhar atrás do genitor, fechando os pequenos buracos que seu pai abria para depositar no solo fértil as sementes.

O pai, orgulhoso, observava o pequeno trabalhador quando esse o surpreendeu com uma pergunta cheia de avidez: Papai, o que eu vou ser quando crescer?

O genitor, recorrendo à sabedoria que a vida lhe havia dado, ajoelhou-se e trouxe a criança para perto de si, dizendo-lhe:

Vê, meu filho, estas sementes que trago comigo. São elas todas iguais?

Prontamente, o menino respondeu: Não, papai, o senhor tem aí sementes de feijão, de milho e de ervilha.

Muito bem! - Exclamou o pai, colocando algumas sementes nas mãos do menino. E, prosseguindo com o raciocínio, perguntou ainda à atenta criança:

O que acontece quando eu planto a semente de milho no chão? O filho respondeu: Ora, papai, vai nascer um pé de milho.

E quando planto a semente de feijão?

Vai nascer um pé de feijão, informou o menino, sorrindo para o pai.

Ficando de pé e erguendo a criança em seus braços, o sábio trabalhador explicou ao rebento: Para cada planta, há apenas uma espécie de semente.

Por isso, para colhermos milho, é necessário que primeiro plantemos a semente do milho. Para que colhamos feijão, é preciso plantar a semente do feijão e assim por diante.

Nossas vidas, prosseguiu o pai, são feitas de um eterno plantar e de um eterno colher: hoje, plantamos as sementes daquilo que vamos colher em nosso futuro. Da mesma forma, colhemos aquilo que plantamos em nosso passado.

Você pode ser tudo aquilo que quiser ser, meu filho, desde que procure plantar as sementes corretas no campo da vida.

Surpresa com a lição que acabara de receber, a criança fez ainda uma última pergunta ao amoroso instrutor: E quais são as sementes corretas, papai?

O pai, fitando o sol poente que, aos poucos, ia se despedindo no horizonte, respondeu ao pequeno:

A semente da caridade, pois que todos somos irmãos, responsáveis, portanto, uns pelos outros.

A semente do perdão que nos faz recordar que todos somos aprendizes, ora acertando, ora errando e, por isso, necessitados, na mesma medida, de perdoarmos e de sermos perdoados.

A semente da esperança que nos dá a certeza de que nossos esforços nunca são vãos.

A semente da fé que traz o Pai Criador para dentro de nossos corações, da mesma forma como todos nós estamos no coração dEle.

E, finalmente, a mais importante de todas: a semente do amor, que nos proporciona luz em nossa caminhada, ainda que, muitas vezes, a noite se adense e a jornada se torne difícil.

Encerrando o singelo, porém nobre ensinamento, ambos se abraçaram e foram em direção à modesta casa que servia de abrigo para a harmoniosa família.

No silêncio dos passos, o pai sabia que a criança que agora se distraía arremessando pedrinhas para longe não havia entendido de todo a profundidade das palavras que acabara de ouvir.

Faltava-lhe ainda a maturidade que só a vida é capaz de fornecer.

Entretanto, com toda simplicidade que lhe era peculiar, o pai estava feliz, pois sabia que ali, no entardecer daquele abençoado dia, uma semente havia sido plantada.

Uma semente capaz de gerar bons frutos por toda a eternidade.

Redação do Momento Espírita. Em 23.06.2012.

Redação do Momento Espírita
http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3477&stat=0

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Filhos

"Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais, no Senhor, porque isto é justo." Paulo. (EFÉSIOS, 6:1.)

Se o direito é campo de elevação, aberto a todos os espíritos, o dever é zona de serviço peculiar a todos os seres da Criação.

Não somente os pais humanos estão cercados de obrigações, mas igualmente os filhos, que necessitam vigiar a si mesmos, com singular atenção.

Quase sempre a mocidade sofre de estranhável esquecimento.

Estima criar rumos caprichosos, desdenhando sagradas experiências de quem a precedeu, no desdobramento das realizações terrestres, para voltar, mais tarde, em desânimo, ao ponto de partida, quando o sofrimento ou a madureza dos anos lhe restauram a compreensão.

Os filhos estão marcados por divinos deveres, junto daqueles aos quais foram confiados pelo Supremo Senhor, na senda humana.

É indispensável prestar obediência aos progenitores, dentro do espírito do Cristo, porque semelhante atitude é justa.

Se muitas vezes os pais se furtam à claridade do progresso espiritual, escolhendo o estacionamento em zonas inferiores, nem mesmo nas circunstâncias dessa ordem seria razoável relegá-los ao próprio infortúnio.

Claro está que os filhos não devem descer ao sorvedouro da insensatez ou do crime por atender-lhes aos venenosos caprichos, mas encontrarão sempre o recurso adequado para retribuírem aos benfeitores os inestimáveis dons que lhes devem.

Não nos esqueçamos de que o filho descuidado, ocioso ou perverso é o pai inconsciente de amanhã e o homem inferior que não fruirá a felicidade doméstica.

do livro Vinha de Luz – Psicografia: Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Ed. FEB.

Pais

"E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos,
mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor."  Paulo. (EFÉSIOS, 6:4.)

Assumir compromissos na paternidade e na maternidade constitui engrandecimento do espírito, sempre que o homem e a mulher lhes compreendam o caráter divino.

Infelizmente, o Planeta ainda apresenta enorme percentagem de criaturas malavisadas relativamente a esses sublimes atributos.

Grande número de homens e mulheres procura prazeres envenenados nesse particular.

Os que se localizam, contudo, na perseguição à fantasia ruinosa, vivem ainda longe das verdadeiras noções de humanidade e devem ser colocados à margem de qualquer apreciação.

Urge reconhecer, aliás, que o Evangelho não fala aos embriões da espiritualidade, mas às inteligências e corações que já se mostram suscetíveis de receber-lhe o concurso.

Os pais do mundo, admitidos às assembléias de Jesus, precisam compreender a complexidade e grandeza do trabalho que lhes assiste.

É natural que se interessem pelo mundo, pelos acontecimentos vulgares, todavia, é imprescindível não perder de vista que o lar é o mundo essencial, onde se deve atender aos desígnios divinos, no tocante aos serviços mais importantes que lhes foram conferidos.

Os filhos são as obras preciosas que o Senhor lhes confia às mãos, solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.

Receber encargos desse teor é alcançar nobres títulos de confiança.

Por isso, criar os filhinhos e aperfeiçoa-los não é serviço tão fácil.

A maioria dos pais humanos vivem desviados, através de vários modos, seja nos excessos de ternura ou na demasia de exigência, mas à luz do Evangelho caminharão todos no rumo da era nova, compreendendo que, se para ser pai ou mãe são necessários profundos dotes de amor, à frente dessas qualidades deve brilhar o divino dom do equilíbrio.

Livro: Vinha de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier

Deus não desampara

“E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição e não se arrependeu.” – Apocalipse, 2:21.

Se ao Apocalipse está repleto de símbolos profundos, isso não impede venhamos a examinar-lhe as expressões, compatíveis com o nosso entendimento, extraindo-lhe as lições suscetíveis de ampliar-nos o progresso espiritual.

O versículo mencionado proporciona uma ideia da longanimidade do Altíssimo, na consideração das falhas e defecções dos filhos transgressores.

Muita gente insiste pela rigidez e irrevogabilidade das determinações de origem divina, entretanto, compete-nos reconhecer que os corações inclinados a semelhante interpretação, ainda não conseguem analisar a essência sublime do amor que apaga dívidas escuras e faz nascer novo dia nos horizontes da alma.

Se entre juízes terrestres existem providencias fraternas, qual seja a da liberdade sob condição, seria o tribunal celeste constituído por inteligências mais duras e inflexíveis?

A Casa do Pai é muito mais generosa que qualquer figuração de magnanimidade apresentada, até agora, no mundo, pelo pensamento religioso. Em seus celeiros abundantes, há empréstimos e moratórias, concessões de tempo e recursos que a mais vigorosa imaginação humana jamais calculará.

O Altíssimo fornece dádivas a todos, e, na atualidade, é aconselhável medite o homem terreno nos recursos que lhe foram concedidos pelo Céu, para arrependimento, buscando renovar-se nos rumos do bem.

Os prisioneiros da concepção de justiça implacável ignoram os poderosos auxílios do Todo-Poderoso, que se manifestam através de mil modos diferentes; contudo, os que procuram a própria iluminação pelo amor universal sabem que Deus dá sempre e que é necessário aprender a receber.

do livro Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Ed. FEB.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Atitudes Benditas

ACORDAR
Decida ter um Bom Dia.
Então, ao abrir os olhos e
espreguiçar o corpo, agradeça
a Deus pela noite de sono e por
ter acordado para um novo dia.
VESTIR
Vista-se, em primeiro lugar, de
bom humor, dê um sorriso agradável
de uma esperança renovada; senão
escolher uma bela e elegante roupa se
a face não estiver condizente.
LAVAR AS MÃOS E O ROSTO
Lavar as mãos e o rosto não é somente
uma atitude de higiene corporal, mas
de higiene espiritual.
Este ato contribui para lavar os olhos
que choraram de tristeza.
Ao lavar o rosto jogue esses sentimentos
que trazem angústia pelo ralo.
FALAR
Quando falar, pronuncie palavras que
abençoe a vida de alguém: se vai repreender
alguém, faça-o com amor e sabedoria; fale o
necessário e somente quando tiver algo bom
a acrescentar.
CALAR
Saber calar é sábio; mas saber calar é divino.
Neste dia, cala-te para não ferir; cala-te para
não julgar; cala-te para não pecar.
O Senhor Deus nos deu dois ouvidos e uma
boca, com o propósito de ouvirmos mais e
falarmos menos.
ERGUER A CABEÇA
Estar triste é normal, mas viver triste não é
atitude daquele que crê em Jesus.
Ergue, agora, a tua cabeça e contemple o céu.
Veja, sinta e alegra-te com esta maravilha que
Deus, hoje, te proporcionou.
Não esqueça, Jesus venceu o Mundo para te
dar vitória.
ESFORÇAR
As pessoas têm sonhos alcançar, planos a
realizar e projetos a concretizar.
Esforça-te em tua caminhada.
POSICIONAR
Tomar uma posição na vida é buscar aquilo
que dá sentido a ela.
Posiciona o teu sonho ou projeto em direção
aquele que pode realizá-lo; posiciona a tua
fé naquele que te ama mais do que imaginas;
posiciona-te perante aquele que te fez, para
receber as bênçãos prometidas.
Posiciona-te aos pés de Jesus Cristo e espera
Nele que, tudo o mais, ele fará.
ORAR
Orar é conversar com Jesus, fale com ele que
está com os ouvidos atentos, os olhos abertos
e as mãos estendidas à oração que fizeres.
Ele é o melhor amigo, que não cansa de te
ouvir; Ele é o pai mais amoroso, que faz o
impossível para te abençoar; Ele é o companheiro
fiel, que Senhor dos céus e da terra, que criou tudo
para te fazer feliz; Ele é o Deus Todo-Poderoso, que
tudo pode, que tudo vê, tudo sabe e nunca te
abandonará.
CRER
Creia que terás um dia abençoado, e terás.
Creia que irás consolar um coração aflito, e
consolarás. Creia que dar é melhor que
receber, e receberás muito mais do que tens
pedido ou imaginado.
Que Deus derrame sobre ti e em todas as
áreas de tua vida a graça e a paz; que tua
semana seja verdadeiramente, rica e
abundantemente abençoada!

(desconheço autoria).
Obs: caso alguém quem saiba quem é o
autor(a), desse texto avise-me para que
possa dar os devidos créditos.

Cura

" E curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: - É chegado a vós o reino de Deus.  – Jesus - (Lucas, 10:9)

Realmente Jesus curou muitos enfermos e recomendou-os, de modo especial, aos discípulos. Todavia, o Médico Celestial não se esqueceu de requisitar ao Reino Divino quantos se restauram nas deficiências humanas.

Não nos interessa apenas a regeneração do veículo em que nos expressamos, mas, acima de tudo, o corretivo espiritual.

Que o homem comum se liberte da enfermidade, mas é imprescindível que entenda o valor da saúde. Existe, porém tanta dificuldade para compreendermos a lição oculta da moléstia no corpo, quanta se verifica em assimilarmos o apelo ao trabalho santificante que nos é endereçado pelo equilíbrio orgânico.

Permitiria o Senhor a constituição da harmonia celular apenas para que a vontade viciada viesse golpeá-la e quebrá-la em detrimento do espírito ?

O enfermo pretenderá o reajustamento das energias vitais, entretanto, cabe-lhe conhecer a prudência e o valor dos elementos colocado à sua disposição na experiência edificante da Terra.

Há criaturas doentes que lastimam a retenção no leito e choram aflitas, não porque desejem renovar concepções acerca dos sagrados fundamentos da vida, mas por se sentirem impossibilitados de prolongar os próprios desatinos.

É sempre útil curar os enfermos, quando haja permissão de ordem superior para isto, contudo, em face de semelhante concessão do Altíssimo, é razoável que o interessado na bênção reconsidere as questões que lhe dizem respeito, compreendendo que raiou para seu espírito um novo dia no caminho redentor.

do livro Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Ed. FEB.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Cura do ódio

“Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça” – Paulo. (romanos, 12:20.)

O homem, geralmente, quando decidido ao serviço do bem, encontra fileiras de adversários gratuitos por onde passe, qual ocorre à claridade invariavelmente assediada pelo antagonismo das sombras.

As vezes, porém, seja por equívocos do passado ou por incompreensões do presente, é defrontado por inimigos mais fortes que se transformam em constante ameaça à sua tranquilidade. Contar com inimigo desse jaez é padecer dolorosa enfermidade no íntimo, quando a criatura ainda não se afeiçoou a experiências vivas no Evangelho.

Quase sempre, o aprendiz de boa-vontade desenvolve o máximo das próprias forças a favor da reconciliação; no entanto, o mais amplo esforço parece baldado. A impenetrabilidade caracteriza o coração do outro e os melhores gestos de Amor passam por ele despercebidos.

Contra essa situação, todavia, o Livro Divino oferece receita salutar. Não convém agravar atritos, desenvolver discussões e muito menos desfazer-se a criatura bem-intencionada em gestos bajulatórios. espere-se pela oportunidade de manifestar o bem.

Desde o minuto em que o ofendido esquece a dissensão e volta ao Amor, o serviço de Jesus é reatado; entretanto, a visão do ofensor é mais tardia e, em muitas ocasiões, somente compreende a nova luz, quando essa se lhe converte em vantagem ao círculo pessoal.

Um discípulo sincero do Cristo liberta-se facilmente dos laços inferiores, mas o antagonista de ontem pode persistir muito tempo, no endurecimento do coração. Eis o motivo pelo qual dar-lhe todo o bem, no momento oportuno, é amontoar o fogo renovador sobre a sua cabeça, curando-lhe o ódio cheio de expressões infernais.

do livro Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Ed. FEB.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Combate interior

“Tendo o mesmo combate que já em mim tendes visto e agora ouvis estar em mim.” - Paulo. (Filipenses, 1:30).

Em plena juventude, Paulo terçou armas contra as circunstâncias comuns, de modo a consolidar posição para impor-se no futuro da raça. Pelejou por sobrepujar a inteligência de muitos jovens que lhe foram contemporâneos, deixou colegas e companheiros distanciados. Discutiu com doutores da Lei e venceu-os. Entregou-se à conquista de situação material invejável e conseguiu-a. Combateu por evidenciar-se no tribunal mais alto de Jerusalém e sobrepôs-se a velhos orientadores do povo escolhido. Resolveu perseguir aqueles que interpretava por inimigos da ordem estabelecida e multiplicou adversários em toda parte. Feriu, atormentou, complicou situações de amigos respeitáveis, sentenciou pessoas inocentes a inquietações inomináveis, guerreou pecadores e santos, justos e injustos...

Surgiu, contudo, um momento em que o Senhor lhe convoca o espírito a outro gênero de batalha – o combate consigo mesmo.

Chegada essa hora, Paulo de Tarso cala-se e escuta...

Quebra-se-lhe a espada nas mãos para sempre.

Não tem braços para hostilizar e sim para ajudar e servir.

Caminha, modificado, em sentido inverso. Ao invés de humilhar os outros, dobra a própria cerviz.

Sofre e aperfeiçoa-se no silêncio, com a mesma disposição de trabalho que o caracterizava nos tempos de cegueira.

É apedrejado, açoitado, preso, incompreendido muitas vezes, mas prossegue sempre, ao encontro da Divina Renovação.

Se ainda não combates contigo mesmo, dia virá em que serás chamado a semelhante serviço. Ora e vigia, prepara-te e afeiçoa o coração à humildade e à paciência. Lembra-te, meu irmão, de que nem mesmo Paulo, agraciado pela visita pessoal de Jesus, conseguiu escapar.

do livro Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Ed. FEB.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Aprendamos o quanto antes

“Como, pois, recebeste o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele.” – Paulo. (Colossenses, 2:6).

Entre os que se referem a Jesus Cristo podemos identificar duas grandes correntes diversas entre si: a dos que o conhecem por informações e a dos que lhe receberam os benefícios. Os primeiros recolheram notícias do Mestre nos livros ou nas alheias exortações, entretanto caminham para a situação dos segundos que já lhe receberam as bênçãos. A estes últimos, com mais propriedade, dever-se-á falar do Evangelho.

Como encontramos o Senhor, na passagem pelo mundo? Às vezes, sua divina presença se manifesta numa solução difícil de problema humano, no restabelecimento da saúde do corpo, no retorno de um ente amado, na espontânea renovação da estrada comum para que nova luz se faça no raciocínio.

Há muita gente informada com respeito a Jesus e inúmeras pessoas que já lhe absorveram a salvadora caridade.

É indispensável, contudo, que os beneficiários do Cristo, tanto quanto experimentam alegria na dádiva, sintam igual prazer no trabalho e no testemunho da fé.

Não bastará fartarmo-nos de bênçãos. É necessário colaborarmos, por nossa vez, no serviço do Evangelho, atendendo-lhe o programa santificador.

Muitas recapitulações fastidiosas e muita atividade inútil podem ser peculiares aos espíritos meramente informados; todavia, nós, que já recebemos infinitamente da Misericórdia do Senhor, aprendamos, quanto antes, a adaptação pessoal aos seus sublimes desígnios.

do livro Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Ed. FEB.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Ansiedade

"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem o cuidado de vós."  -  I Pedro, 5:7.

As ansiedades armam muitos crimes e jamais edificam algo de útil na Terra.

Invariavelmente, o homem precipitado conta com todas as probabilidades contra si.

Opondo-se às inquietações angustiosas, falam as lições de paciência da Natureza, em todos os setores do caminho humano.

Se o homem nascesse para andar ansioso, seria dizer que veio ao mundo, não na categoria de trabalhador em tarefa santificante, mas por desesperado sem remissão.

Se a criatura refletisse mais sensatamente, reconheceria o conteúdo de serviço que os momentos de cada dia lhe podem oferecer e saberia vigiar, com acentuado valor, os patrimônios próprios.

Indubitavelmente que as paisagens se modificarão, incessantemente, compelindo-nos a enfrentar surpresas desagradáveis, decorrentes de nossa atitude inadequada, na alegria ou na dor; contudo, representa impositivo da lei a nossa obrigação de prosseguir diariamente, na direção do bem.

A ansiedade tentará violentar corações generosos, porque as estradas terrenas desdobram muitos ângulos obscuros e problemas de solução difícil; entretanto, não nos esqueçamos da receita de Pedro.

Lança as inquietudes sobre as tuas esperanças em Nosso Pai Celestial, porque o Divino Amor cogita do bem-estar de todos nós.

Justo é desejar, firmemente, a vitória da luz, buscar a paz com perseverança, disciplinar-se para a união com os planos superiores, insistir por sintonizar-se com as esferas mais altas. Não olvides, porém, que a ansiedade precede sempre a ação de cair.

do livro Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Ed. FEB.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Amor Fraternal

"Permaneça o amor fraternal."

Paulo (Hebreus, 13:1).

As afeições familiares, os laços consanguíneos, as simpatias naturais podem ser manifestações muitos santas da alma, quando a criatura as eleva no altar do sentimento superior, contudo, é razoável que o espírito não venha a cair sob o peso das inclinações próprias.

O equilíbrio é a posição ideal.

Por demasia de cuidado, inúmeros pais prejudicam os filhos.

Por excesso de preocupações, muitos cônjuges descem às cavernas do desespero, defrontados pelos insaciáveis monstros do ciúme que lhes aniquilam a felicidade.

Em razão da invigilância, belas amizades terminam em abismo de sombra.

O apelo evangélico, por isto mesmo, reveste-se de imensa importância.

A fraternidade pura é o mais sublime dos sistemas de relações entre as almas.

O homem que se sente filho de Deus e sincero irmão das criaturas não é vítima dos fantasmas do despeito, da inveja, da ambição, da desconfiança. Os que se amam fraternalmente alegram-se com o júbilo dos companheiros; sentem-se felizes com a ventura que lhes visita os semelhantes.

Afeições violentas, comumente conhecidas na Terra, passam vulcânicas e inúteis.

Na teia das reencarnações, os títulos afetivos modificam-se constantemente. É que o amor fraternal, sublime e puro, representando o objetivo supremo do esforço de compreensão, é a luz imperecível que sobreviverá no caminho eterno.

do livro Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Ed. FEB.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Agradecer

Emmanuel

“E sede agradecidos.” – Paulo. (Colossenses, 3:15).

É curioso verificar que a multidão dos aprendizes está sempre interessada em receber graças, entretanto, é raro encontrar alguém com a disposição de ministrá-las.

Os recursos espirituais, todavia, em sua movimentação comum, deveriam obedecer ao mesmo sistema aplicado à providências de ordem material.

No capítulo das bênçãos da alma, não se deve receber e gastar, insensatamente, mas recorrer ao critério da prudência e da retidão, para que as possibilidades não sejam absorvidas pela desordem e pela injustiça.

É por isso que, em suas instruções aos cristãos de Colosses, recomenda o apóstolo que sejamos agradecidos.

Entre os discípulos sinceros, não se justifica o velho hábito de manifestar reconhecimento em frases bombásticas e laudatórias. Na comunidade dos trabalhadores fieis a Jesus, agradecer significa aplicar proveitosamente as dádivas recebidas, tanto ao próximo, quanto a si mesmo.

Para os pais amorosos, o melhor agradecimento dos filhos consiste na elevada compreensão do trabalho e da vida, de que oferecem testemunho.

Manifestando gratidão ao Cristo, os apóstolos lhe foram leais até ao último sacrifício; Paulo de Tarso recebe o apelo do Mestre e, em sinal de alegria e de amor, serve à Causa Divina, através de sofrimentos inomináveis, por mais de trinta anos sucessivos.

Agradecer não será tão somente problema de palavras brilhantes; é sentir a grandeza dos gestos, a luz dos benefícios, a generosidade da confiança e corresponder, espontaneamente, estendendo aos outros os tesouros da vida.

do livro Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Ed. FEB.