Emmanuel
Referindo-nos, comumente, à incompreensão, qual se fosse uma praga inextirpável de nossa plantação afetiva.
E deixamos que ela cresça, isolando-nos daqueles com quem fomos chamados a conviver.
Quantas vezes percorremos largos trechos da existência ao modo de viajores abandonados, alegando-a como sendo o motivo da solidão que nos suplicia! No entanto, revisarmos o íntimo da alma, aí surpreenderemos a lógica e a justiça, induzindo-nos ao reexame de todos os problemas desta natureza, ainda mesmo os mais intricados; sobretudo, se já aceitamos Jesus por Mestre, perceberemos, de imediato, o apelo da vida a que assumamos nosso lugar, no quadro das obrigações que a fraternidade nos traça ao caminho, compreendendo, por fim que se os outros não nos compreendem, permitindo que a incompreensão nos alcance, nos podemos compreende-los, iniciando a jornada de esforço para o reencontro da harmonia entre nós.
Para isso, é necessário que o nosso espírito se deixe comandar pelo amor, cabendo-nos aproveitar todas as circunstâncias para levar aos companheiros, vitimados pela tentação do desacordo, as nossas melhores demonstrações de simpatia e cooperação, embora sem violentar condições e situações.
Esqueçamos quaisquer justificativas para ressentimentos e promovamos todos os reajustes possíveis, entre nós e os outros, a fim de que a estrada se enriqueça de mais amplo serviço e de mais sólido entendimento.
Se Jesus tomasse em conta as incompreensões da Humanidade, as nações do Planeta não estariam, ainda hoje, muito longe dos princípios de violência que regem a selva.
E toda vez que a incompreensão nos ameace o trabalho, recordemos que se ele, o Mestre e Senhor nos exortou a amar os próprios inimigos, decerto espera que venhamos a amar, valorizar, abençoar e entender os nossos amigos cada vez mais.
Livro Encontro Marcado - Francisco Cândido Xavier
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