Evita negligenciar o necessário culto da gentileza, na esfera de ação em que foste chamado a produzir.
A energia para a execução das tarefas não dispensa a gentileza na realização das metas a desenvolver.
Gentileza é, também, expressão de cordialidade e de afeto.
Quando o homem empreende a façanha de fazer-se amar, chega-lhe à mente o valor expressivo da gentileza e da afabilidade, como sendo pórticos pelos quais se adentra na busca de entendimento e de afeição. Logo, no entanto, se apropria da intimidade dos sentimentos do próximo, ignora as comezinhas normas de comportamento fraternal, desdenhando as regras da conduta sadia junto aos corações amigos.
Não acredites que o "tempo-sem-tempo" seja responsável pelos deslizes para com a gentileza na roda dos teus amigos.
Embora seja lícito asseverar-se que não há mais tempo para as pequeninas normas da etiqueta, merece considerar que uma palavra cálida de amizade, um verbete gentil, uma expressão delicada, um gesto de meiguice, um sorriso de ternura, um aceno cordial sempre encontram guarida, mesmo naqueles que parecem impermeáveis às boas maneiras.
A aresta necessariamente lixada adquire contorno agradável e brilhante.
A pedra burilada muda de feição.
A plântula resguardada transforma-se em árvore.
O gesto gentil é um passo para modificar, não poucas vezes, uma inimizade nascente, uma suspeita infundada, uma informação infeliz, uma inspiração negativa e abrir horizontes novos à melhor compreensão e a mais amplo descortino.
Não aguardes, porém, que sejam os outros gentis para contigo. Sejam os teus hábitos no culto da gentileza, uma metodologia de equilíbrio que te imponhas como disciplina de autoburilamento da vontade e do comportamento, numa preparação às Colônias Espirituais para onde transferirás mais tarde residência, onde o respeito e a cordialidade, como a gentileza e o afeto, preponderam em todos os círculos.
Como ninguém tem obrigação de te amar, antes te impuseste o dever de a todos amar, respeita nos ásperos, nos ingratos e nos frios do teu caminho criaturas e corações empedernidos, infelizes, a quem deves doar maior quota de gentileza, pois que ela é também caridade em nome de Deus para o grande mal de que padece a Humanidade, em forma de egoísmo avassalador.
(De “Celeiro de Bênçãos”, de Divaldo P. Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis)
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