Para Sentir

“Só devemos dizer aquilo que o coração pode testificar mediante atos sinceros, porque, de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia.”

Texto extraído do livro BOA NOVA, Lição 10 – O Perdão - Psicografia de Francisco Cândido Xavier, por Humberto de Campos

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Um gesto importante

Era uma tarde de calor. À beira do lago, Jesus pregava e as pessoas foram a pouco e pouco se aproximando mais.

O interesse era geral. As palavras brotavam daqueles lábios generosos como raios de luz, atingindo as almas.

Uma mulher achegou-se também, trazendo duas crianças pela mão.

Sentou-se e sentou-as ao lado. Sua atenção, de imediato, se fixou na voz doce que lhe chegava, inundando-lhe o Espírito de esperanças.

Era uma mulher do povo, sofrida. Há pouco, enviuvara e, com grande esforço, lutava para se manter e aos dois pequenos. Ninguém que a pudesse socorrer.

Ao ouvir aquelas palavras que falavam de um novo reino, de um Pai amoroso e justo, sentiu o coração apaziguar-se.

Por estar muito atenta às palavras de Jesus, não se deu conta de que os pequenos haviam levantado e se encaminhavam em direção ao lago. Atraídos pelo encanto das águas, passaram a brincar descuidados.

O velho pescador Simão, no entanto, tudo viu. Prestava atenção à pregação mas também às demais necessidades da hora em curso. Por isso, levantou-se e seguiu os dois meninos. Acompanhou-os durante algum tempo.

Em certo momento, dirigiu-lhes a palavra e lhes transmitiu confiança. Tomou os dois nos braços, sentou-se numa pedra e ali ficou com eles.

Terminada a reunião, restituiu ambos ao colo materno, em meio à alegria e sincero reconhecimento.

Inspirado por uma força estranha, o discípulo compreendeu que o júbilo daquela tarde não teria sido total se as duas crianças tivessem perecido no seio das águas, despedaçando ainda mais aquele coração maternal, já tão duramente castigado pela ausência física do marido.

Naquela tarde, com aquele pequeno gesto, Pedro descobrira o prazer de servir, a alegria de ser útil.

* * *

Tal qual na doce palestra do lago de Genesaré, existem sempre momentos de servir. São gestos pequenos, coisas mínimas que passam despercebidas por muitos, mas que fazem uma grande diferença.

Assim é, por exemplo, que, durante uma palestra, podemos olhar para o lado e, descobrindo um idoso em desconforto, oferecer-lhe o lugar que ocupamos.

Mesmo que tenhamos sido daqueles primeiros a chegar, somente para encontrar um lugar melhor. Com certeza, a palavra nobre que nos chegue nos atingirá com maior vigor, pois que nos encontramos abertos ao ensino superior.

Observando uma jovem mãe com dificuldades com seu pequeno, talvez possamos nos oferecer para tranqüiliza-lo, andando um pouco ao ar livre, retornando em seguida para o devolver sereno, quiçá, dormindo, aos braços maternais.

Talvez pensemos que ela deveria ter deixado a criança em casa, contudo não lhe conhecemos os problemas, nem mesmo as dificuldades.

A oportunidade de servir se apresenta em todas as horas, em todos os momentos. Saber ver e se dispor a servir é decisão individual.

* * *

O cristão é o indivíduo que deveria estar sempre disposto a servir.

Conforme o ensino de Jesus que, como Mestre, se dispôs a lavar os pés dos Seus Apóstolos, aquele de nós que desejar ser o maior no Reino dos Céus, deve se tornar o servidor atencioso, o menor dentre todos.

E o mundo necessita intensamente de braços dispostos a amparar, ajudar; de ouvidos prontos a ouvir e de bocas desejosas de disseminar palavras de esperança, paz e consolo.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 9 do livro

Boa nova, pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia

de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

Em 29.07.2010.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

CULTO DA GENTILEZA

Evita negligenciar o necessário culto da gentileza, na esfera de ação em que foste chamado a produzir.
A energia para a execução das tarefas não dispensa a gentileza na realização das metas a desenvolver.
Gentileza é, também, expressão de cordialidade e de afeto.
Quando o homem empreende a façanha de fazer-se amar, chega-lhe à mente o valor expressivo da gentileza e da afabilidade, como sendo pórticos pelos quais se adentra na busca de entendimento e de afeição. Logo, no entanto, se apropria da intimidade dos sentimentos do próximo, ignora as comezinhas normas de comportamento fraternal, desdenhando as regras da conduta sadia junto aos corações amigos.
Não acredites que o "tempo-sem-tempo" seja responsável pelos deslizes para com a gentileza na roda dos teus amigos.
Embora seja lícito asseverar-se que não há mais tempo para as pequeninas normas da etiqueta, merece considerar que uma palavra cálida de amizade, um verbete gentil, uma expressão delicada, um gesto de meiguice, um sorriso de ternura, um aceno cordial sempre encontram guarida, mesmo naqueles que parecem impermeáveis às boas maneiras.
A aresta necessariamente lixada adquire contorno agradável e brilhante.
A pedra burilada muda de feição.
A plântula resguardada transforma-se em árvore.
O gesto gentil é um passo para modificar, não poucas vezes, uma inimizade nascente, uma suspeita infundada, uma informação infeliz, uma inspiração negativa e abrir horizontes novos à melhor compreensão e a mais amplo descortino.
Não aguardes, porém, que sejam os outros gentis para contigo. Sejam os teus hábitos no culto da gentileza, uma metodologia de equilíbrio que te imponhas como disciplina de autoburilamento da vontade e do comportamento, numa preparação às Colônias Espirituais para onde transferirás mais tarde residência, onde o respeito e a cordialidade, como a gentileza e o afeto, preponderam em todos os círculos.
Como ninguém tem obrigação de te amar, antes te impuseste o dever de a todos amar, respeita nos ásperos, nos ingratos e nos frios do teu caminho criaturas e corações empedernidos, infelizes, a quem deves doar maior quota de gentileza, pois que ela é também caridade em nome de Deus para o grande mal de que padece a Humanidade, em forma de egoísmo avassalador.

(De “Celeiro de Bênçãos”, de Divaldo P. Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Pai Nosso de Emmanuel

Nosso Pai, que estás em toda parte;
Santificado seja o teu nome, no louvor de todas as criaturas;
Venha a nós o teu reino de amor e sabedoria;
Seja feita a tua vontade, acima dos nossos desejos;
Tanto na terra, quanto nos círculos espirituais;
O pão nosso do corpo da mente dá-nos hoje;
Perdoa as nossas dívidas, ensinando-nos a perdoar nossos devedores com esquecimento de todo mal;
Não permitas que venhamos a cair sob os golpes
da tentação de nossa própria inferioridade;
Livrai-nos do mal que ainda reside em nós mesmos;
Porque só em ti brilha a luz eterna do reino e do poder,
da glória e da paz, da justiça e do amor para sempre!
Assim Seja !

Emmanuel
Psicografia Chico Xavier - Livro. Fonte Viva

quinta-feira, 22 de julho de 2010

UMA VIDA, DUAS VIDAS, UM SORRISO

Foi durante a guerra civil na Espanha. Antoine de Saint Exupery, o autor do Pequeno Príncipe, foi lutar ao lado dos espanhóis que preservavam a democracia.

Certa feita, caiu nas mãos dos adversários. Foi preso e condenado à morte.

Na noite que precedia a sua execução, conta ele que foi despido de todos os seus haveres e jogado em uma cela miserável.

O guarda era muito jovem. Mas era um jovem que, por certo, já assassinara a muitos. Parecia não ter sentimentos. O semblante era frio.

Vigilante, ali estava e tinha ordens para atirar para matar, em caso de fuga.

Exupery tentou uma conversa com o guarda, altas horas da madrugada. Afinal, eram suas últimas horas na face da terra. De início, foi inútil. Contudo, quando o guarda se voltou para ele, ele sorriu.

Era um sorriso que misturava pavor e ansiedade. Mas um sorriso. Sorriu e perguntou de forma tímida:

- Você é pai?

A resposta foi dada com um movimento de cabeça, afirmativo.

Eu também, falou o prisioneiro. Só que há uma enorme diferença entre nós dois. Amanhã, a esta hora eu terei sido assassinado. Você voltará para casa e vai abraçar seus filhos.

Meus filhos não têm culpa da minha imprevidência. E, no entanto, não mais os abraçarei no corpo físico. Quando o dia amanhecer, eu morrerei.

Na hora em que você for abraçar o seu filho, fale-lhe de amor. Diga a ele: "amo você. Você é a razão da minha vida." Você é guarda. Você está ganhando dinheiro para manter a sua família, não é?

O guarda continuava parado, imóvel. Parecia um cadáver que respirava.

O prisioneiro concluiu: então, leve a mensagem que eu não poderei dar ao meu filho.

As lágrimas jorraram dos olhos. Ele notou que o guarda também chorava. Parecia ter despertado do seu torpor. Não disse uma única palavra.

Tomou da chave mestra e abriu o cadeado externo. Com uma outra chave abriu a lingüeta. Fez correr o metal enferrujado, abriu a porta da cela, deu-lhe um sinal.

O condenado à morte saiu apressado, depois correu, saindo da fortaleza.

O jovem soldado lhe apontou a direção das montanhas para que ele fugisse, deu-lhe as costas e voltou para dentro.

O carcereiro deu-lhe a vida e com certeza foi condenado por ter permitido que um prisioneiro fugisse.

Antoine de Saint Exupery retornou à França e escreveu uma página inesquecível: Uma vida, duas vidas, um sorriso.

* * *

Tantas vezes podemos sorrir e apresentamos a face fechada, indiferente.

Entretanto, as vozes da imortalidade cantam. Deus canta em todo o universo a glória do amor.

Sejamos nós aqueles que cantemos a doce melodia do amor, em todo lugar, nos corações.

Hoje mais do que ontem, agora mais do que na véspera quebremos todos os impedimentos para amar.

www.momento.com.br

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Aceite as diferenças

Aceita as pessoas, conforme estas se te apresentam.

Este homem prepotente que te desagrada, está enfermo, e talvez não o saiba.

Esse companheiro recalcitrante é infeliz em si mesmo.

Aquele conhecido exigente sofre dos nervos Uns, que parecem orgulhosos, são apenas portadores de conflitos que procuram ocultar.

Outros, que se apresentam indiferentes, experimentam medos terríveis.

A Terra é um grande hospital de almas.

Quem te veja, apenas, superficialmente, não te verá, como analisaste, com acerto.

Concede a liberdade para que cada um seja conforme é e não como pretendes que sejam.

Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco

Pai Nosso do Monsenhor José Silvério Horta

compartilhando uma oração linda que nos traz reflexão independentemente da religião. Desde que haja Fé, a oração nos aproxima do Pai. Que assim seja!

Pai Nosso, que estás nos Céus

Na luz dos sóis infinitos,

Pai de todos os aflitos

Neste mundo de escarcéus.

Santificado, Senhor,

Seja o Teu nome sublime,

Que em todo Universo exprime

Concórdia, ternura e amor.

Venha ao nosso coração,

O teu reino de bondade,

De paz e de claridade

Na estrada redenção.

Cumpre-se o teu mandamento

Que não vacila e nem erra.

Nos Céus, como em toda a Terra

De luta e de sofrimento.

Evita-nos todo o mal,

Dá-nos o pão no caminho,

Feito de luz, no carinho

Do pão espiritual.

Perdoa-nos, meu Senhor,

Os débitos tenebrosos,

De passados escabrosos,

De iniqüidade e de dor.

Auxilia-nos também,

Nos sentimentos cristãos,

A amar aos nossos irmãos

Que vivem longe do bem.

Com a proteção de Jesus

Livra a nossa alma do erro,

Neste mundo de desterro,

Distante da vossa luz.

Que a nossa ideal igreja,

Seja o altar da Caridade,

Onde se faça a vontade

Do vosso amor ...

Assim seja.

Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, ditada pelo Espírito Monsenhor José Silvério Horta, constante do livro "Parnaso de Além-Túmulo,(12ª Ed. - FEB).

REFORMA ÍNTIMA

1. O QUE É A REFORMA ÍNTIMA?   A Reforma Íntima é um processo contínuo de autoconhecimento, de conhecimento da nossa intimidade espiritual, modelando-nos progressivamente na vivência evangélica, em todos os sentidos da nossa existência. É a transformação do homem velho, carregado de tendências e erros seculares, no homem novo, atuante na implantação dos ensinamentos do Divino Mestre, dentro e fora de si.
2. PORQUE A REFORMA ÍNTIMA? Porque é o meio de nos libertarmos das imperfeições e de fazermos objetivamente o trabalho de burilamento dentro de nós,  conduzindo-nos compativelmente com as aspirações que nos levam ao aprimoramento do nosso espírito.
3. PARA QUE A REFORMA ÍNTIMA?  Para transformar o homem e a partir dele, toda a humanidade, ainda tão distante das vivências evangélicas. Urge enfileirarmo-nos ao lado dos batalhadores das últimas horas, pelos nossos testemunhos, respondendo aos apelos do Plano Espiritual e integrando-nos na preparação cíclica do Terceiro Milênio.
4. ONDE FAZER A REFORMA ÍNTIMA?  Primeiramente dentro de nós mesmos, cujas transformações se refletirão depois em todos os campos de nossa existência, no nosso relacionamento com familiares, colegas de trabalho, amigos e inimigos e, ainda, nos meios em que colaborarmos desinteressadamente com serviço ao próximo.
5. QUANDO FAZER A REFORMA  ÍNTIMA?  O  momento é agora e já; não há mais o que esperar. O tempo passa e todos os minutos são preciosos para as conquistas que precisamos fazer no nosso íntimo.
6. COMO FAZER A REFORMA ÍNTIMA?   Ao decidirmos iniciar o trabalho de melhorar a nós mesmos, um dos meios mais efetivos é o ingresso numa Escola de Aprendizes do Evangelho, cujo objetivo central é exatamente esse. Com a orientação dos dirigentes, num regime disciplinar, apoiados pelo próprio grupo e pela cobertura do Plano Espiritual, conseguimos vencer as naturais dificuldades de tão nobre empreendimento, e transpomos as nossas barreiras. Daí em diante o trabalho continua de modo progressivo, porém com mais entusiasmo e maior disposição. Mas, também, até sozinhos podemos fazer nossa Reforma Íntima, desde que nos empenhemos com afinco e denodo, vivendo coerentemente com os ensinamentos de Jesus.

(Do “Manual Prático do Espírita”, de Ney Prieto Peres)

domingo, 18 de julho de 2010

A maldade humana

Não há compreenção, estudo doutrinário, compaixão ou bondade suficientemente grande que me faça aceitar e perdoar certas atitudes “humanas”.

Aqui na vizinhança tem alguém que não deve conhecer o significado de nenhuma dessas palavras acima e confesso que agora nesse instante eu tb não se for pensar nessa criatura infeliz. Nesse momento me esqueço das palavras doutrinárias que li, ouvi e debati nesses anos todos de tentativa de melhorar, e como filha de Deus que sou tenho certeza que Deus há de entender minha revolta e tristeza.

De todos os meus animais de estimação, cada um é especial, tem nome, saúde e todos os cuidados necessários para serem felizes e não amolar ninguem. Todos os gatos que vivem em casa são castrados, ficam dentro na nossa área mas é claro q dão suas voltinhas – voltinhas essas que incomodam algum vizinho que eu não faço idéia quem seja e acho q é sorte a dele que eu não saiba. Um dos meus gatos há algum tempo atras passou de saudável e “roliço” para um amontoado de ossos e quase paralítico e o motivo dele estar assim pode ser sido algum ato violento como chute, paulada, ou sabe Deus o que fez ele ficar assim. Quase não anda, exige cuidados especiais diariamente mas está lá, firme e se fortalecendo e me olha com carinha de “obrigado por cuidar de mim”. E ontem, no meio de uma reunião entre amigos que estávamos em casa, aparece o Aza (meu marido querido) com sua gatinha – a Doçura – dando seus últimos suspiros em seus braços, por causa de envenenamento. Eu prefiria pensar, e meus amigos aqui tentaram amorosamente me convencer que poderia ser picada de algum inseto venenoso mas não sei. Algo me diz que foi maldade pura e absoluta e acho que se o Gordinho não estivesse o frangalho que está, poderia ter sido ele.

Pergunto porque tanta maldade? O que um animalzinho pode fazer de tão grave para morrer assim, com as vias aéreas fechadas e agozinando como se fosse condenado por algum crime sem perdão? Como uma pessoa pode ser tão insensível assim, e tenho certeza que essa mesma pessoa que envenena animais indefesos deve ter algum discurso pronto sobre moral, religião ou algo parecido pq a hipocrisia reina em pessoas desse “perfil”.

Essa cena de ontem não vai sair da minha lembrança tão cedo. Foi algo medonho, quase indescritível. Ver quem vc ama segurar seu bichinho e sentir seu último respiro é uma cena que marca na alma como brasa na pele.

Num mundo como o nosso, obviamente que há muita coisa “pior” mas um animalzinho indefeso morrer porque alguém tem ódio dele é tão ruim quanto tantas maldades que vemos pelo mundo a fora, pq é maldade pura e ponto. É como roubar uma moeda de 5 centavos ou roubar um milhão. É roubo. Maldade é maldade.

Uma Doçura de Estrelinha

doçura Carinha de gata que vem de desenho animado, meiga que ao olhar diz “MIU” e passa com sua cauda de guarda-chuva com charme que só os bichanos conseguem…. nosso amor é pra sempre. A Doçura agora faz graça com os gatinhos no céu, e aqui é muita saudade. 

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Deleta!

Até os computadores mais completos e potentes, aqueles com um "HD" espaçoso e enorme, uma hora precisam de uma limpeza nos dados gravados. Então, paramos para analisar o que guardamos, as informações que acumulamos na memória do micro.
De imediato deletamos um monte de coisa inútil, coisas que nem mesmo nós sabemos porque está ali.
Músicas que não gostamos e gravamos, vídeos horrorosos que nos mandaram e guardamos, fotos que não retratam nada da nossa vida e guardamos, textos absurdos que nos enviaram e sabe lá porque arquivamos, e vamos deletando... e a capacidade do nosso "HD" vai voltando ao normal, o computador fica mais leve e muito mais rápido.
Se no computador que cuidamos diariamente, guardamos tantas tranqueiras até quase explodir, imagine dentro de nós mesmos, no nosso "HD/Cérebro"?
Quantos sentimentos "ruins e negativos" perdidos?
Quantas energias e recomendações dos outros que estão em nós?
Quantos desejos recalcados, presos na memória?
Quantos "vídeos" (cenas) do passado que não foram apagados?
E quando você menos espera vem aquela imagem na sua cabeça, e o corpo todo sente, assim como o "computador", ficamos mais lentos, por vezes até paralisamos...
Nós não temos uma tecla DELETE simples como a do micro, mas temos a capacidade de remover o que não nos serve, através da troca de experiências!
Trocamos amores frustrados por um amor realizado, trocamos "falsos amigos", por uma amizade verdadeira, trocamos um desgosto por uma alegria, trocamos a saudade pelo reencontro, trocamos a ausência pelo preenchimento de nós mesmos, trocamos a nossa fraqueza pela força da fé.
Neste momento, experimente trocar a dúvida que há em você, pela certeza de que você tem tudo para ser feliz, troque o rosto cheio de mágoas pelo sorriso, a preocupação pela determinação, a dor pelo amor, a culpa pelo perdão, e para deletar tudo o que não lhe serve mais, aperte a tecla da alegria e limpe a sua alma.

Grave o amor!
(Paulo Roberto Gaefke)

terça-feira, 6 de julho de 2010

APARÊNCIAS

A árvore que produz maus frutos não é boa, e a árvore que produz bons frutos não é má; porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto. Não se colhem figos dos espinheiros e não se cortam cachos de sobre as sarças..." (Lc 6, 43 - 44)

              Fugimos constantemente de nossos sentimentos interiores por não confiarmos em nosso poder pessoal de transformação e, dessa forma, forjamos um "disfarce" para sermos apresentados perante os outros.

                Anulamos qualquer emoção que julgamos ser inconveniente dizendo para nós mesmos: "eu nunca sinto raiva", "nunca guardo mágoa de ninguém", vestindo assim, uma aparência de falsa humildade e compreensão.

                Máscaras fazem parte de nossa existência, porque todos nós não somos totalmente bons ou totalmente maus e não podemos fugir de nossas lutas internas. Temos que confrontá-las, porque somente assim é que desbloquearemos nossos conflitos que são as causas que nos mantêm prisioneiros frente à vida.

                Devemos nos analisar como realmente somos.

                Nossos problemas íntimos, se resolvidos com maturidade, responsabilidade e aceitação são ferramentas facilitadoras para construirmos alicerces mais vigorosos e adquirirmos um maior nível de lucidez e crescimento.

                Nunca, porém, mantê-los escondidos de nós próprios, como se fossem coisas hediondas, e sim, aceitarmos essas emoções que emergem do nosso lado escuro, para que possamos nos ver como somos realmente.

                Por não admitirmos que evoluir é experimentar choques existenciais e promover um constante estado de transformação interior é que, às vezes, deixamos que os outros decidam quem realmente nós somos, colocando-nos, então, num estado de enorme impotência perante nossas vidas.

                A maneira de como os outros nos percebem tem grande influência sobre nós mesmos. Amigos opressores, religiosos fanáticos, pais dominadores e cônjuges inflexíveis podem ter exercido muita influência sobre nossas aptidões e até sobre nossa personalidade.

                Portanto, não nos façamos de superiores, aparentando comportamentos de "perfeição apressada": isso não nos fará bem psiquicamente e nem ao menos nos dará chance de fazermos autoburilamento.

                Deixemos de falsas aparências e analisemos nossas emoções e sentimentos, burilando-os e canalizando nossas energias, fazendo delas uma catarse dos fluxos negativos e transmutando-as a fim de integrá-las adequadamente.

                Aceitar nossa porção amarga é o primeiro passo para a transformação, e nunca fugirmos para novo local,  emprego ou novos afetos, porque isso não nos curará do sabor indesejável, mas somente nos transportará a um novo quadro exterior. Os nossos conflitos não conhecem as divisas da Geografia e, se não encarados de frente e resolvidos, eles nos acompanharão e estarão conosco onde quer que estejamos na Terra.

                Para que possamos fazer alquimia das correntes energéticas que circulam em nossa alma, façamos auto-observação e auto-análise de nossa vida interior, sem jamais negá-las a nós mesmos.

                Lembremo-nos que, por mais que se esforcem as más árvores para parecerem boas, mesmo assim elas não produzirão bons frutos. Também os homens serão reconhecidos, não pelos aparentes "frutos", não por manifestarem atos e atitudes mascarados de virtudes, mas sim, por serem criaturas resolvidas interiormente e conscientes de como funciona seu mundo emocional.

Somente pessoas providas dessa atitude estarão aptas a serem árvores produtoras de frutos realmente bons.

                             (De “Renovando Atitudes”, de Francisco do Espírito Santo Neto – Espírito Hammed)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Companheiros e Caminhos

sarah_key1 Quando te dispuseres a reclamar contra certos traços psicológicos daqueles que o Senhor te confiou ao ministério familiar, medita nas diversidade das criações que compõem a Natureza.
Cada estrela se destaca por determinada expressão.
Cada planta mostra finalidade particular.
A rosa e a violeta são diferentes, conquanto ambas sejam flores.
Os caminhos do mundo guardam linhas diversas entre si.
Também nós, as criaturas de Deus somos seres que se identificam pela semelhança, mas não somos rigorosamente iguais.
Conforme os princípios de causa e efeito, que nos traçam a lei da reencarnação, cada qual de nós traz consigo a soma de tudo o que já fez de si, com a obrigação de subtrair os males que tenhamos colecionado até a completa extinção, multiplicando os bens que já possuamos, para dividi-los com os outros, na construção da felicidade geral.
Não queira transformar os entes queridos sob o martelo da força.
Ninguém precisa apagar a luz do vizinho, para iluminar a própria casa.

*Emmanuel / Francisco Candido Xavier*

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A ARTE DE CULTIVAR VIRTUDES

sarah_key9 Um avô e seu neto, caminhando pelo quintal, ora se agachando aqui, ora ali, em animada conversação, não é cena muito comum nos dias atuais.
O garoto, de 4 anos de idade, aprendia a cultivar e a cuidar das plantas com o exemplo do seu avô, que tinha tempo para o netinho sempre que este o visitava.
Era por isso que o pequeno Nícolas acariciava as mudinhas que havia plantado e dizia: "quem planta colhe, né vovô”?
Mas o avô não é habilidoso apenas no cultivo de plantas, é hábil também na arte de cultivar virtudes.
Entre uma conversa e outra, entre a carícia numa flor e uma erva daninha que arrancava, ele ia cultivando virtudes naquele coração infantil.
Ia ensinando que para obter frutos saborosos e flores perfumadas é preciso cuidado, dedicação, atenção e conhecimento.
E que, acima de tudo, é preciso semear, pois sem semeadura não há colheita.
O cuidado do pequeno Nícolas pelas plantas era fruto do ensinamento que recebeu desde pequenino, pois nem sempre foi assim.
Quando começou a engatinhar, suas mãozinhas eram ligeiras em arrancar tudo
o que via pela frente, como qualquer bebê que quer conhecer o mundo pela raiz...
E, se não tivesse por perto alguém que lhe ensinasse a respeitar a natureza, talvez até hoje seu comportamento fosse o mesmo, como muitas crianças da sua idade ou até maiores.
Importante observar que as melhores e mais sólidas lições as crianças aprendem no dia-a-dia, com os exemplos que observam nos adultos.
É mais pela observação dos atos, do que pelos conselhos, que os pequenos vão formando seus caracteres.
Se a criança cresce em meio ao desleixo, ao descuido, às mentiras, ao desrespeito, vendo os adultos se agredindo mutuamente, ela aprenderá essas lições.
Assim, se temos a intenção de passar nobres ensinamentos a alguém, se faz necessário que prestemos muita atenção ao nosso modo de vida, às nossas ações diárias.
Como todo bom jardineiro, os educadores devem ser bons cultivadores de virtudes e valores.
Devem observar com cuidado as tendências dos filhos e procurar semear na alma infantil as sementes das quais surgem as virtudes, ao tempo em que as preservam das ervas-daninhas, das pragas, da seca e das enchentes. Sem esquecer o adubo do amor.
A alma da criança que cresce sem esses cuidados básicos por parte dos adultos, geralmente se torna campo tomado pelas ervas más dos vícios de toda ordem.
E, de todas as ervas más, as mais perigosas são o orgulho e o egoísmo, pois são as que dão origem às demais.
Por isso a importância dos cuidados desde cedo. E para se ter êxito nessa missão de jardineiro de almas, é preciso atenção, dedicação, persistência, determinação.
O campo espiritual exige sempre o empenho do amor do jardineiro para que possa produzir bons resultados.
E o empenho do amor muitas vezes exige alta dose de renúncia e de coragem.
Coragem de renunciar aos próprios vícios para dar exemplos dignos de serem seguidos.
Os jardins da alma infantil são férteis e receptivos aos ensinamentos que percebem nas ações dos adultos.
Por essa razão vale a pena dedicar tempo no cultivo das virtudes, antes que as sementes de ervas-daninhas sejam ali jogadas, nasçam e abafem a boa semente.
Pense nisso!
Para que você seja um bom cultivador de almas, é preciso que tenha em sua sementeira interior as mudinhas das virtudes.
Somente quem possui pode oferecer. Somente quem planta, pode colher.
Pense nisso, e seja um cultivador de virtudes.

Autor Desconhecido