(…) - Sabe, minha filha, todos nós somos protegidos por Deus muito untes de supormos que esteja se ocupando com nossas dificuldades.
Sempre que nos conectamos ao Pai para pedir, devemos nos lembrar que Ele já fez o que era necessário para nos ajudar a superar os problemas de que precisarmos para o amadurecimento e evolução de nosso Espírito.
Assim, Leonor, se estamos precisando sair da ociosidade, da preguiça, muitas vezes necessitamos de problemas que nos incomodem a fim de que, fustigados pelas adversidades da vida, nos compenetremos da necessidade de ir em busca de trabalho honesto.
Claro que ao preguiçoso, o trabalho parece mais um castigo e, dessa forma, é muito compreensível que a oração desse indivíduo seja aquela que solicite a manutenção de seus antigos privilégios, liberando-o da obrigação de trabalhar. No entanto, Deus não pode atender a tais pedidos que, justamente, comprometeriam toda a capacidade de superar a si mesmo. Somente lutando contra as necessidades, aprendendo a ser útil na produção de coisas ou bens e no desenvolvimento de sua inteligência e sua capacidade de aprender que esse indivíduo preguiçoso progredirá.
Então, Deus garantiu a ele a lucidez do pensamento, a força das pernas, a capacidade do organismo, os recursos da alma, recursos que o ajudem a colocar tudo isso em ação e obter o que seja o mínimo necessário para viver.
E isso acontece com cada um de nós. Além de tais amparos diretos, Deus nos envia entidades amigas que nos inspirem bons pensamentos, boas decisões e coragem para a luta que se aproxima.
Se o preguiçoso, então, desiste de ser relapso, de ser acomodado em suas antigas práticas, acatando a necessidade de superar seu ócio e ganhar o pão de cada dia através do trabalho, ele próprio descobrirá um novo mundo, onde haverá muitas coisas lindas esperando por aquele que sair de si mesmo e se transformar em um agente do Amor Verdadeiro, em vez de ser, tão somente, um roedor das estruturas da vida.
Leonor ouvia atenta e curiosa, imaginando como a bondade de Deus era muito mais ampla do que poderia imaginar. (…)
(trecho do capítulo 11 do livro Esculpindo o Próprio Destino, de André Luiz Ruiz pelo espírito Lucius)
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