Para Sentir

“Só devemos dizer aquilo que o coração pode testificar mediante atos sinceros, porque, de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia.”

Texto extraído do livro BOA NOVA, Lição 10 – O Perdão - Psicografia de Francisco Cândido Xavier, por Humberto de Campos

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Amor que não acaba

Até que ponto vai a capacidade de amar do ser humano? Quanto tempo dura o amor?

Um poeta da música disse, certa vez, que o amor é eterno enquanto dure.

E todos os desiludidos, os traídos e abandonados têm impressões muito próprias a respeito do amor, onde a tônica principal é de que amor eterno não existe.

Contradizendo tudo isso, alguns fatos, que a mídia televisiva ou impressa nos traz, afirmam que o amor verdadeiro é uma sinfonia inigualável.

Foi com esse sentimento que Chris Medina, um rapaz de vinte e sete anos, se apresentou em um programa de talentos, cantando uma música de sua autoria.

Os versos diziam mais ou menos assim:

“Onde quer que você esteja, estou perto. Em qualquer lugar que você vá, eu estarei lá.

Toda vez que sussurrar meu nome, você verá como mantenho cada promessa. Que tipo de cara eu seria se fosse embora, quando você mais precisasse de mim?

O que são palavras se você realmente não acredita nelas quando as diz?  Se são apenas para os bons momentos, então elas nada são.

Quando há amor, se diz em voz alta e as palavras não vão embora.

Elas vivem mesmo quando partimos.

Eu sei que um anjo foi enviado apenas para mim. Sei que devo estar onde estou. E vou permanecer ao seu lado esta noite.

Nunca partiria quando você mais precisa de mim.

Vou manter meu anjo perto para sempre.”

Ele não conseguiu vencer todas as etapas do concurso, sendo eliminado, em determinada fase, mas sua história levou às lágrimas os jurados e o público presente.

Porque a sua composição retrata exatamente o seu drama e sua decisão pessoal. É uma verdadeira declaração de amor.

Ele estava noivo e há dois anos pediu em casamento Juliana Ramos. A jovem bela, entusiasta. Formavam um casal primoroso.

Dois meses antes do casamento, no dia dois de outubro de 2009, o carro de Juliana foi atingido por um caminhão. Ela quase não sobreviveu.

Uma grave fratura no crânio desfigurou seu rosto e a transformou em uma mulher com muitas limitações físicas.

Foi-se a beleza, a agilidade, o sorriso fácil, as caminhadas, a dança, a alegria de todas as horas.

Ele permaneceu ao lado dela. Leva-a consigo para onde vá. E faz shows para arrecadar fundos para o tratamento de que ela necessita.

E isso ele externaliza cantando e agindo.

* * *

Quando se ama a beleza e ela se vai, o amor acaba. Quando se amam as formas perfeitas, a plástica, as linhas harmônicas do corpo e tudo isso se vai, o amor também se esvai.

Quando se amam aparências e outra realidade se apresenta, o amor acaba.

Quando se ama a transitoriedade, o amor fenece quando as situações se alteram.

Mas, quando se ama a essência, nada diminui o sentimento.

Esse amor é companheiro, solidário, se esmera para que o outro se sinta bem, seja feliz.

A sua é a preocupação de fazer a felicidade do outro.

Amor assim se perpetua no tempo, independente da soma dos anos, da multiplicação das rugas ou da diminuição da agilidade.

É o amor que sabe envelhecer junto e quanto mais passa o tempo, mais se solidifica.

Redação do Momento Espírita, com base em fato. Em 27.02.2012.

Cartas do Coração

Este prefácio de Emmanuel descreve a psicografia como algo de extrema importância e consolo aos q necessitam de amparo; Vou postar este mês alguns trechos de Cartas do Coração, de Chico Xavier por espíritos diversos.

PREFÁCIO

Do correio de outras esferas, chegam presentemente ao mundo variadas mensagens.

São irmão para irmão.

De mães abnegadas para filhos afetuosos.

De filhos amigos aos pais dilacerados de aflição.

De trabalhadores agradecidos a lidadores saudosos.

Páginas de ternura e compreensão, vertidas pela alma dos que partiram para a ressurreição sublime, estimulando ao bem e à verdade.

Apelos à resignação e à paz.

Convites ao aperfeiçoamento.

Boas novas de regozijo e consolação.

Alguns companheiros reuniram as missivas deste volume, consagrando-as à plantação da beneficência.

Notícias do plano espiritual serão transformadas em pão e agasalho, vestimenta e remédio para os necessitados de assistência e reajuste.

Que as páginas deste livro se convertam em socorro para os nossos irmãos menos felizes do caminho, oferecendo, simultaneamente, luz e conforto, renovação e alegria ao leitor amigo, são os nossos votos. Esperando, pois, que o Senhor nos ajude a alcançar os nossos objetivos, entregamos, prazeirosamente, aos nossos companheiros de ideal estas cartas do coração para o coração.

Emmanuel

(Pedro Leopoldo , 14 de julho de 1952) Do livro “Cartas do Coração”. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Variações sobre a caridade

Caridade que anuncia os próprios méritos é serviço ameaçado pela vaidade.

Caridade que auxilia para furtar-se às obrigações do trabalho é inclinação à preguiça.

Caridade que se expressa para dominar o pensamento e a conduta dos outros é tirania de espírito.

Caridade que pede remuneração é fonte poluída pelo fel da exigência.

Caridade que ampara com o objetivo de mostrar-se superior é fruto isolado em espinheiros do orgulho.

Caridade que dá para receber é bondade com propósitos subalternos.

Caridade limitada aos familiares e amigos é tisnada de paixão.

Caridade que socorre e não perdoa é uma porta de ouro para a introdução à crueldade.

Caridade com repetidas lamentações é caminho para o desânimo.

Caridade que beneficia desesperando é inquietação e impaciência.

A caridade legitima jamais aparece concorrendo aos tributos da gratidão, nunca reclama, não se ensoberbece, não persegue, não se lastima, não odeia e nunca desencoraja a ninguém.

Se desejamos caminhar em companhia da divina virtude, cultivemo-la, em silêncio, no coração, à maneira do Herói do Amor Infinito que, para revelar-nos a caridade pura, entregou-se, confiante, à Vontade de Deus, pela morte na cruz.

Do livro Indulgência, de Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Editora Instituto de Difusão Espírita - IDE

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Pela Boca

Aquilo que sai da boca - diz-nos o Evangelho - precisa merecer-nos tratamento especial.

As viandas com que o homem, muitas vezes, ameaça a própria saúde, prejudicam apenas a ele mesmo, quando a frase contundente ou o grito de cólera podem alcançar toda uma assembléia de corações, determinando enfermidade e desequilíbrio.

É pela boca que vazamos da alma desprevenida os tóxicos da maledicência e é ainda por ela que arrojamos de nosso desespero os espinhos da discórdia que levantam trincheiras sombrias, entre irmãos chamados por Jesus à sementeira do amor.

É da boca que saltam de nosso sentimento mal conduzido as serpentes invisíveis da calúnia, envenenando a vida por onde passam e é ainda por intermédio dela que operamos o exame insensato das consciências alheias, apressando julgamentos da esfera exclusiva d'Aquele Justo Juiz que preferiu a morte na cruz para não condenar-nos em toda a extensão de nossas fraquezas.

Mas, também é pela boca que exteriorizamos a ternura e a compreensão que restauram e fortalecem e é ainda por ela que externamos a fraternidade que nos imanta uns aos outros, à frente da Lei.

É pela boca que aprendemos a auxiliar aos nossos semelhantes e é ainda por ela que clamamos para o Céu, suplicando socorro e misericórdia.

Vejamos, assim, o que fazemos da palavra para que a palavra não nos destrua.

Mobilizemos nossos valores verbalisticos na exaltação do bem, com esquecimento de todo o mal.

A língua revela o conteúdo do coração.

Saibamos, então, modular nossa voz na bênção da serenidade e elevar nossa frase sobre o pedestal do amor que nos cabe estender ao próximo.

Caridade que não sabe começar pela boca dificilmente se expressará com segurança, através das mãos.

Entronizemos o verbo respeitoso e digno em nosso campo intimo e estruturemos nossa frase no santo estimulo ao melhor que possuímos, para que possamos receber dos outros o melhor que possuem e estaremos com Jesus, construindo pela nossa conversação os sólidos alicerces de nossa alegria e de nossa paz.

Vale-te das bênçãos do olvido temporário e dos valores potenciais de cada dia, trabalhando em favor da própria elevação, porque, mais tarde, a memória ser-te-á restaurada no santuário interno e abençoarás a dor e a luta de agora por preciosos recursos de reajuste, concórdia e sublimação.

Do livro Indulgência, de Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Editora Instituto de Difusão Espírita - IDE

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Ver

A visão não é exclusivamente dos olhos.

Refletir é ver com a consciência.

Imaginar é ver com o sentimento.

Calcular é ver com o raciocínio.

Recordar é ver com a memória.

Por isso mesmo, a visão é propriedade vasta e complexa do espírito que se amplia e se enriquece, constantemente, à medida que poderes e emoções se nos desenvolvem e aperfeiçoam.

Quem deseje realizar aquisições psíquicas de clarividência, com proveito, nos celeiros da vida, ilumine o próprio coração, a fim de que o entendimento em se exteriorizando, através de nossos sentidos, nos regenere o mundo interior, reajustando-nos o idealismo e equilibrando-nos os desejos, na direção do Bem Infinito.

Quem procura o "lado melhor" dos acontecimentos, a "parte mais nobre das pessoas" e a "expressão mais útil das cousas" está conquistando preciosos acréscimos da visão espiritual.

Enquanto nos confiamos às paixões perturbadoras, tateando nas trevas do egoísmo ou do ódio, varando o gelo da indiferença, atravessando o incêndio da incompreensão e do desvario ou vencendo os pântanos do desregramento e da intemperança, não poderemos senão ver superficialmente os problemas inquietantes e dolorosos que à Terra se ajustam.

Façamos luz no espírito e conseguiremos descobrir os horizontes da própria imortalidade.

Todos enxergam alguma cousa na vida comum, entretanto, raros sabem ver.

Ajustemo-nos aos princípios do Vidente Divino, que soube contemplar as necessidades humanas, com amor e perdão, do alto da Cruz, e, por certo, começaremos, desde agora, a penetrar na claridade sublime de nossa própria ressurreição.

Do livro Indulgência, de Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Editora Instituto de Difusão Espírita - IDE

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Inimigo Real

Geralmente, todos os nossos adversários, no fundo, são nossos instrutores.

À maneira do martelo que, tangendo a pedra, acaba aperfeiçoando-lhe os contornos ou salientando-lhe a beleza, aquele que se coloca em oposição à nossa maneira de crer, sentir ou pensar, freqüentemente é fator de estímulo à elevação de nossos dotes pessoais.

O invejoso, invariavelmente, ensina-nos a prudência, o despeitado nos induz ao aprimoramento próprio. O caluniador nas auxilia a marchar no caminho reto e o perseguidor gratuito nos auxilia a perseverar no bem.

Assim, então, se um inimigo poderoso devemos identificar junto de nós, na estrada do mundo - inimiga que nos arma as piores ciladas e nos constrange a cair nas mais escuras armadilhas do remorso e da dor - esse é o nosso próprio Eu, adversário terrível de nossa verdadeira felicidade, sempre imantado à concha de sombras em que se refugia, sob as paredes da indiferença.

Combatamos a nós mesmos cada dia, em nome do bem que abraçamos.

Não vale afirmar sem exemplo, nem sonhar sem trabalho.

Adquirir conhecimentos superiores para adorá-los com o incenso de nosso personalismo é transformar a vida em êxtase delituoso, quando a Terra nos pede rendimento de esforço para a obra do Bem Infinito.

Guerreemos o inimigo que se oculta, armado de astúcias mil na fortaleza de nossa animalidade multissecular, dando caça às suas manifestações de inferioridade, com os dissolventes da compreensão, do trabalho, da bondade e do amor e asfixiando-lhe o ignominioso comando, que tantas vezes nos tem arrojado aos despenhadeiros do crime das reparações dolorosas, ouçamos, nas torres de nossa alma, a voz do Cristo, o único mentor capaz de conduzir-nos à bênção íntima da imperecível libertação.

Do livro Indulgência, de Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Editora Instituto de Difusão Espírita - IDE

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Inimigo Real

Geralmente, todos os nossos adversários, no fundo, são nossos instrutores.

À maneira do martelo que, tangendo a pedra, acaba aperfeiçoando-lhe os contornos ou salientando-lhe a beleza, aquele que se coloca em oposição à nossa maneira de crer, sentir ou pensar, freqüentemente é fator de estímulo à elevação de nossos dotes pessoais.

O invejoso, invariavelmente, ensina-nos a prudência, o despeitado nos induz ao aprimoramento próprio. O caluniador nas auxilia a marchar no caminho reto e o perseguidor gratuito nos auxilia a perseverar no bem.

Assim, então, se um inimigo poderoso devemos identificar junto de nós, na estrada do mundo - inimiga que nos arma as piores ciladas e nos constrange a cair nas mais escuras armadilhas do remorso e da dor - esse é o nosso próprio Eu, adversário terrível de nossa verdadeira felicidade, sempre imantado à concha de sombras em que se refugia, sob as paredes da indiferença.

Combatamos a nós mesmos cada dia, em nome do bem que abraçamos.

Não vale afirmar sem exemplo, nem sonhar sem trabalho.

Adquirir conhecimentos superiores para adorá-los com o incenso de nosso personalismo é transformar a vida em êxtase delituoso, quando a Terra nos pede rendimento de esforço para a obra do Bem Infinito.

Guerreemos o inimigo que se oculta, armado de astúcias mil na fortaleza de nossa animalidade multissecular, dando caça às suas manifestações de inferioridade, com os dissolventes da compreensão, do trabalho, da bondade e do amor e asfixiando-lhe o ignominioso comando, que tantas vezes nos tem arrojado aos despenhadeiros do crime das reparações dolorosas, ouçamos, nas torres de nossa alma, a voz do Cristo, o único mentor capaz de conduzir-nos à bênção íntima da imperecível libertação.

Do livro Indulgência, de Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Editora Instituto de Difusão Espírita - IDE

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Plantas e almas

As almas, no fundo, são semelhantes às plantas no campo imenso da vida.

Repara, desse modo, o que produzes.

Corações isolados na sensibilidade egoística, receando dissabores no relacionamento com o próximo, parecem cardos amargosos na terra seca.

Verbos maledicentes que encontram motivo para a critica destruidora, nos menores acontecimentos de cada dia, simbolizam a urtiga brava, sempre disposta a ferir.

Inteligências ruidosas na reiterada exposição de nobres ideais que nunca realizam, lembram arbustos ricos de folhagem, que jamais se confiam à frutescência.

Companheiros ociosos e entediados da luta humana, em fuga das elevadas obrigações que o mundo lhes assinala, oferecem pontos de contato com o cipó absorvente que, enlaçado a outras plantas, lhes suga a vitalidade e lhes furta a existência.

Almas em sofrimento constante que sabem cultivar a fé e a esperança, ofertando a quem passa os melhores testemunhos de amor e coragem são roseiras abençoadas, produzindo flores de paz e alegria, sabre os espinheiros terrestres.

Espíritos generosos e amigos, que buscam a intimidade com a luz da compreensão e do serviço, apresentam similaridade com as copas opulentas, sempre habilitadas a socorrer quem lhe procura o regaço acolhedor, com a sombra refrigerante ou com o fruto nutriente.

Irmãos prestimosos parecem valiosas plantas medicinais, cuja essência consegue curar inquietações e feridas.

Espíritos benevolentes e sábios, no apoio incessante à Humanidade, surgem por troncos veneráveis, de que o homem retira a madeira de lei para o lar que lhe serve de berço e templo, escola e moradia.

Observa o que fazes.

Por tuas demonstrações e exemplos no recanto em que o Senhor te situou, o mundo conhecer-te-á, de perto, e abençoará ou corrigirá tua vida.

Do livro Indulgência, de Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Editora Instituto de Difusão Espírita - IDE

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Indulgência

Este mês escolhi alguns trechos do livro INDULGÊNCIA de Chico Xavier e Emmanuel para edificante leitura. A seguir sábias palavras de Emmanuel q abrem os capítulos q inspiram a nos tornarmos melhores. Fiquem com Deus.

Amigo Leitor.

A indulgência é a outra face da caridade; vejamos.

Emmanuel

Uberaba, 20 de janeiro de 1989.

Indulgência

Concedeu-te o Senhor:

O berço em que nasceste,

O ar em que respiras.

O lar que te abençoa.

O sol que te ilumina.

O corpo em que estagias.

O passo equilibrado,

A escola que te auxilia.

A lição que te acolhe.

O amigo que te ampara.

O pão que te alimenta

A fonte que te acalma.

A ação que te renova.

A fé que te sustenta.

O afeto que te nutre.

A flor que te consola.

A estrela que te inspira.

A idéia e o sentimento.

A bondade e a alegria.

O trabalho e o repouso.

A oração e a esperança...

Ante a Eterna Indulgência

Com que o Céu te acompanha,

Sê também complacente

E usa a misericórdia

Para que a Paz Divina Permaneça contigo,

À maneira de luz

Que te guarde hoje e sempre.

Ainda que tudo te pareça na atualidade terrestre, sombra e derrota, cadeia e desalento, ergue a Deus o teu coração em forma de prece e roga-lhe forças para fazer luz e confiança onde a treva e o desespero dominam, porque se ontem foi o tempo de nossa morte na queda, hoje é o dia de nossa abençoada ressurreição.

Do livro Indulgência, de Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel, Editora Instituto de Difusão Espírita - IDE